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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

19
Jul10

Quando o servidor está pronto

eva

ons… vozes lá fora… vozes cá dentro… onde?

Intuição… intuições… que são?

Instinto é reacção vital para preservação do corpo, da vida, da família, dos bens…

Intuição é comunicação com sabedoria.

Sabedoria de outros por nós ou de nós mesmos.

Intuímos, então, sobre a vida que temos e sobre tudo o que pretendemos.

Uns ligam importância à intuição, outros ignoram-na prepotente ou incredulamente.

Uns sentem-na em plena força e pujança, outros dizem que não a sentem porque não a reconhecem.

Para a reconhecer é preciso reaprender a sentir intimamente o corpo, os órgãos, a forma de elaborar os pensamentos, é preciso parar a corrida do quotidiano.

Sobretudo, é preciso saber esperar no silêncio interior de si para que ela reapareça.

Primeiro volta só para espreitar. Depois, ainda timidamente, aflora à vista desarmada com uma pequena sensação leve e boa.

Então, se há espaço mental para sobreviver, a intuição volta paulatinamente.

Ou seja, seguindo um dito antigo, quando o servidor está pronto o serviço aparece

 

23
Jul09

Desapego

eva

Ela estava mal. Ia pelos ares e as tonturas eram muitas.
Tonturas pela preocupação de tudo o que a prendia.
Tonturas pelas necessidades dos outros que queria defender.
Tonturas pelas vontades de outros.
Tonturas porque não podia ir para tão longe e deixar para trás aqueles que lhe parecia precisarem dela.
Bem os ouvia, naquelas vozes ao longe e que, ao mesmo tempo, lhe seguravam nas mãos dianteiras, ali mesmo.
Bem os ouvia dizer para largar tudo, para não se preocupar mais.
Mas não podia, não conseguia! Tudo tão lindo… mas o seu olhar volvia atrás.
Tudo tão maravilhosos mas… e os outros, não poderia ir buscá-los e trazê-los para ali?
A todos? Aos que necessitavam de descanso e aos que não os deixavam em paz? A todos sem distinção?
Como fazer então? Como sentir assim esse desapego?
A mãe veio ajudá-la e ela então aquietou. E dormiu deitada nas pétalas das rosas amarelas como uma abelhinha.
- Tal qual era!
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Gustav Klimt - Mãe e filho
Imagem retirada da net
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Disse Victor Hugo: Os braços de uma mãe são feitos de ternura e neles os filhos dormem serenamente !
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30
Mai09

Desentendimentos

eva

Confusões e mal-entendidos. Amuos e desentendimentos graves.
- Oiço vozes!
- Não vejo ninguém!
- Não são dessas vozes. São as da minha cabeça. São as que me explicam o que devo fazer e dizem o que há-de vir.
- E tu ligas importância ou vais tratar-te?
- Tento analisá-las e só as atendo no que acho acertado. Também são vozes diferentes. Umas dizem um género de coisas, outras falam de outros assuntos. Mas, às vezes, é difícil fazê-las calar e tornam-se cansativas.
- Porquê? Não é como desligar ou ligar um botão? Não é só tomar um calmante ou ir dormir e esperar que passe?
- Nada disso, são até inoportunas. Posso estar a falar com alguém e começar um zumbido que não me deixa ouvir nada do que esse está a falar. Ou então oiço observações sobre ele.
- E não te cansa?
- Deixa a cabeça de rastos, pois!
- Que fazes nesses casos?
- A atitude é sempre o tratamento dessa informação. Primeiro analisa-se o teor e a voz das mensagens. Depois, conforme o sentido é pejorativo ou para ridicularizar, ou outro de género negativo, assim deve ser a transferência dessa informação para o sentido contrário. Porém, se o teor é construtivo podem envidar-se esforços para seguir as atitudes preconizadas, sempre depois de analisadas com cuidado.
- Afinal, isso é como a voz da consciência dos desenhos animados ou filmes que se vêem por aí?
- Semelhante, se quisermos colocar assim a questão.
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Pinóquio e a Fada Azul
Imagem retirada da net
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Disse Albert Einstein: É bem possível que por detrás das nossas percepções mentais, se ocultem mundos inteiros, dos quais não temos noção !
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07
Jan09

Loucura

eva

Confia… confia… – segredava uma voz suave.
Foi o suficiente! Ele já não confiou mais.
Estava a sentir-se entorpecido e leve ao mesmo tempo.
Ainda não tinha definido de si para si o que estava a sentir, nem se era agradável ou desagradável.
Mas aquela voz, essa, é que não podia estar na sua cabeça.
Porque ali na sala da sua casa – não estava ninguém a não ser ele.
Na rua, nem vivalma e os vizinhos do lado ainda não tinham voltado das férias de Inverno.
Que era aquilo? Sonhava ou alucinava?
Foi, com muito esforço, desentorpecendo aos poucos e conseguiu, então, abrir os olhos.
Pensara correcto – tudo continuava vazio e deserto. Nada lhe poderia ter falado assim.
Fechou novamente os olhos e tentou rememorar o que sentira minutos antes.
Novamente ouviu, mas duas vozes conversavam e comentavam que ele tinha ido embora porque elas – vozes – lho tinham permitido.
As vozes continuavam dizendo que estava livre porque elas o deixaram. E seguiram-se muitas gargalhadas histéricas.
Percebeu, entretanto, que as vozes eram de um casal e que a voz feminina perguntou, ainda, à voz masculina - se tinha feito tudo bem, como ele tinha mandado?
A resposta foi afirmativa e que mesmo fora do seu alcance, ele voltaria quando quisessem.
- E foi assim Dr. – estou louco? Eu pensei logo em Deus, porque só Ele tem a Misericórdia Divina que liberta!

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de Margarete Bagshaw
Imagem retirada da net

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Disse  Clarence Edwin Ayres:  Um pouco de imprecisão poupa um monte de explicações !

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19
Nov07

Vozes

eva
- Estão a chamar pelo meu nome, não ouves?
- Não. Deve ser impressão tua.
- Olha, outra vez! E são várias vozes, não ouves?
- Não, continuo sem ouvir nada!
- Pois eu continuo a ouvir chamarem-me, mas já fui à porta e não vi ninguém.
- E eu digo-te que não é nada. São vozes na tua cabeça.
- Que disparate! Agora a minha cabeça ouve o que os teus ouvidos surdos não ouvem.
- Essa é boa!
- E lá estão outra vez a chamar.
- Sabes que mais? Vou-me embora! Imagina… quero ajudar e ainda me chama surda!
- Isso não é nada comparado com o insinuares que sou maluca.
- Adeus, que hoje não dá para falar contigo.
- Olá! Surpreeeesa! Então não nos ouviram? Tal era a conversa! Ao tempo que estamos a chamar, mas só agora percebemos que estávamos à porta duma casa errada. Mas já aqui estamos.
- Hoje? Mas… ainda falta mais de um mês para o Natal!
- Sim, sim. Mas tivemos que nos precaver das greves. Lembram-se que, no ano passado, o Natal foi no aeroporto?
- Bem, assim é mais calmo, é! Adeusinho. E olha, afinal a tua cabeça estava boa e eu é que estava surda. Desculpa!
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 .
Linguagem gestual
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