tão bom ser religioso! Ter a quem pedir, a quem confiar as nossas mais prementes aflições e necessidades…
Mas nem sempre somos tão lestos para agradecer a esse quem.
Alguns há que nunca se lembram de formular tal agradecimento sequer.
Mas a qualquer um, em qualquer repartição ou lugar onde nem sequer nos tenham atendido como deveriam – agradecemos – e, quanto mais importante creiamos essa pessoa, mais efusivo é o nosso agradecimento.
…??
A maioria é assim… para pedir – belíssimos pedintes!
E, como em tudo, há a maioria e a minoria.
A minoria tenta fazer o melhor que pode, tenta ser o melhor que consegue e nem sempre apela à religião.
Porque, nesta minoria, também há os que são religiosos, que agradecem ajuda possível e louvam a Deus pelos resultados.
Há os que sabem soletrar cada palavra das orações que rezam, porque já as analisaram e aprovaram o seu significado.
Há os que percorrem lugares santos com humildade…
Enfim, há de tudo… para todos os gostos e tradições…
Resta sempre uma espécie de fé, em si próprio, a comum da rua ou a esmerada em conventos e altares, a que é mais ou menos cega ou a criteriosa, a caprichosa ou a racionalizada.
E ainda há outra Fé, como há outro Amor, como há todas as virtudes em estado sublimado e excelso que estão acessíveis a qualquer um porque pertencem ao íntimo de cada indivíduo e não dependem de mais nada que dele mesmo.
Ou seja, dependem do seu esforço em encontrá-las, promover-lhes o florescer e fazê-las vibrar nessa amplitude maior ou celestial em que o ser projecta o Ser.