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ntão, então? Vamos indo! O autocarro não espera.
- Autocarro? Onde está?
- Ali mesmo, senhora. Ali estacionado – não o vê?
- Agora já, mas de autocarro só tem o tamanho!
- É quanto basta, senhora. De resto leva-nos onde quisermos ir.
- Ah! sim?
- Onde quer ir, senhora?
- Eu quero ir para casa, nem sei onde estou nem o que estou fazendo aqui.
- Foi aqui chamada e por isso aqui está a fazer o que lhe disseram para fazer.
- Chamada? Eu? Por quem?
- Por aqueles ali, vê-os? Estão a rir e a divertir-se com isto tudo, com todos vocês.
- Todos nós, quem?
- Todos estes, não os vê? Não tem disciplina, pois não senhora?
- Eu? Mas como é que chamaram, se não ouvi nada? Só se foi em sonhos!
- Sonhos? Mente, disciplina mental, sono, sensibilidade… faz ideia do que isso seja?
- Não, e não me parece que queira saber!
- Vamos para sua casa, então! Já chegámos!
- Mas… como é possível? … nem chegou a um instante!