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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

11
Jul09

Portas

eva

Portas que batem de mansinho. Portas que batem bruscamente e com ruído.
Os cães ladram de seguida e em coro, pelo sobressalto.
O homem da ambulância grita e gesticula como se ninguém o ouvisse.
Tudo o que deveria estar em silêncio grita ou faz ruído.
Tudo o que poderia ser barulhento está silencioso, como que espreitando.
As coisas parecem estar trocadas da normalidade a que nos habituaram.
Ou então sou eu que estou na inversa de mim – no espelho de mim própria.
Tais situações são úteis para poderem ser analisadas tanto no contexto do ridículo possível, como da situação habitual e já normalizada.
Fácil se torna, então, encontrar a justeza da situação mais adequada.
Fora do contexto do hábito adquirido, as coisas – mesmo as rotineiras – podem apresentar ainda uma coloração, ou energia, variada e dão-nos outro entendimento.
- Um novo entendimento das coisas!
- Das coisas e de nós. Se não entendimento novo, pelo menos alterado ou renovado por correcção.
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Salvador Dali - A metamorfose de Narciso
Imagem retirada da net
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Disse  Paul Valéry:  Se tudo fosse claro, tudo nos pareceria inútil !
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26
Jun08

Porquês sem resposta

eva

Como pássaros eles sobem de celas escuras e lúgubres para a terra seca e iluminada pelo sol.
Outros saem de grutas nas serras que ladeiam o vale.
Todos semicerram os olhos por causa da luz forte do sol.
Deve ser quase o meio do dia porque não se notam as sombras.
Só há arbustos e uma ou outra árvore.
A paisagem é deserta.
Mas o dia parece ser de festa.
Estão com ar de quem esperava por esta hora. Ansiosos, viram-se todos para o fundo do vale.
E, pois, lá vêm aqueles outros… forma-se, à medida que avançam, uma espécie de estrada meio prateada na planície bege de terra seca… e são muitos.
Uns trazem embrulhos que parecem farnel de comida e outros trazem roupas – frescas de Verão e limpíssimas.
Juntam-se todos, aos abraços e gritinhos de alegria.
Muitas mulheres choram e, oh!, tantos homens deixam cair lágrimas mesmo sem soltar um som.
O tempo é de alcançar a verdade – porque eles não chegaram a ser acusados de nada a não ser de estarem vivos e, a maioria, por trabalharem honestamente naquele sítio.
Tantos porquês sem resposta.
Mas há outros que foram levados para ali porque eram familiares próximos dos primeiros ou simplesmente porque eram de idade jovem e alguém os escolheu por esse interesse.
Porquê?
Só um poder divino o saberá na sua Infinita Sabedoria!
Agora estão livres e por isso é tempo de gozar essa liberdade.

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Imagem retirada da net

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Disse  Paul Valéry:  O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser ! .
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06
Mai08

Outras realidades

eva
Pessoas que nos lembram outras.
Outras de há centenas, milénios de anos antes de hoje.
Ou será que foi só ontem que vimos, e noutras circunstâncias, aquela senhora?
Uma senhora simpática e sorridente, mas tão (tão!) parecida com a outra...
Outra em que o sorriso era uma arma política e de poder.
Outra que, quando nos falava podia, se quisesse, decidir da nossa vida ou morte.
Os fatos e o meio social não têm nada a ver – uns até lembram épocas de história antiga.
Mas não, não pode ser a mesma pessoa (ou... mesmo assim – pode ser?)
E hoje, ao olhar para ela, apesar de ser uma cópia da outra, o sorriso parece mais fraco e não transmite esse poder de vida e morte sobre os outros.
Até os gestos parecem mais imediatos e menos calculados...
– Estás a delirar outra vez?
– Mas que mania... Eu não deliro! Pelo menos sem febre... Estás a ver aquela senhora ali? Sabes dizer-me se tem uma túnica ou se é um fato saia-casaco?
– Aquela? Que disparate! Tem calças e camisola!
– Ohhh!
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Imagem retirada da net 
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Disse  Paul Valéry :  Os pequenos factos inexplicados contêm sempre algo com que deitar abaixo todas as explicações dos grandes factos !
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