. Ninguém é tanto nem tão p...
. Solidão
. Velhice
. Às vezes
. SER
. Porquê
. Um bonito e grande amor p...
. Índice onomástico deste blog
. Índice do blog Caminhos de Eva
. Gosto de visitar
. Aldeia
. Amigos de Aristides e Angelina Sousa Mendes
. Now
. Vanuza Pantaleão/Obra literária
. Mediateca
. Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes
. Museus do Mundo - Google Art Project
. Pordata - Base de Dados de Portugal Contemporâneo
. Notícias
. Ciência Fácil
. Fábrica - Centro Ciência Viva
. Imprensa Escrita
. Vida
. Núcleo Interactivo de Astronomia
- i, ai, ai!
- Que foi?
- Foi - que vou embora!
- P’ra onde, pode saber-se?
- Vou embora e pronto, ora!
- Ok…
- Só isso?
- Não disseste que ias embora e - pronto?!
- Sim, sim, mas esperava alguma coisa mais, como por exemplo: que não conseguias viver sem mim… sei lá… algo assim.
- Ah! Como nos filmes e novelas?
- Pois… talvez, sei lá!
- Bom, não sabes lá muito, não! Aconselho a que olhes bem à tua volta e entendas todo o bem que tens. Tens casa, roupa e cama lavada, comida fresca na mesa, tudo limpo à tua volta…
- Mas estou só… sem conversas… sem ninguém para falar de…
- Mas do quê queres tu falar agora, se nunca diriges a palavra a ninguém durante as visitas que tens, e que vão sendo cada vez mais distantes, lá isso…
- Vês…?! É mesmo disso que falo.
- Mas tu é que forçaste a esse isolamento. Todos se quiseram aproximar, convidaram para jogares, conversares, que sei eu mais o quê…!
- Eu não gostei de nada, apenas queria estar só. Essas conversas não me interessavam.
- Olha, sabes que mais?! Temos que conseguir entender os outros, as suas preocupações, fraquezas e boas intenções. Dessa compreensão nasce harmonia, companhia e carinho, dedicação ao próximo…
- Será, será!
- Mas não será tarde para tentares agora tu aproximares-te dos outros…
olidão, multidão
Quem gosta de qual?
Quem sente bem-estar no quê?
Isolamento de si
Sociabilidade de si
Onde estar?
Onde ser?
Se tudo o que somos
É o que temos em nós…
ve, salve, bom dia, boas…
Como está? Que diz?
Estão todos bem? ‘Tá-se bem? Oi… humm?
São tudo modos de cumprimentar, mais antigos, mais delicados, mais snobs ou mais saloios.
O que importa é a intenção que os move – cumprimento, sociabilização com o próximo.
Viver em sociedade, grupo ou família é sobreviver entre outros, sem isolamento.
Solidão? Solidão é outra…
Solidão tem a ver com isolamento íntimo, não com isolamento social.
Pode haver solidão de um no meio da multidão.
Quem sente solidão deve tentar entender o porquê dessa sensação.
Se é por supremacia, vontade de poder, de querer sentir-se glorificado dentre os outros. Ou, pelo contrário, solidão de pensar ser de somenos que os outros.
Ninguém é tanto nem tão pouco.
Somos todos seres em evolução e é bom ter a noção correcta do nível evolutivo que temos, assim como frutificarmo-nos usando esse conhecimento para nosso bem e expandir para o bem doutrem.
- á viste que solidão e solidariedade começam pelas mesmas letras?
- E depois?
- E depois, na realidade a solidão é uma faceta mental.
- Essa é boa!
- Pois é, porque ninguém está sozinho, mesmo que pareça, mesmo que não veja nem perceba ninguém.
- Lembras-te de dizer cada coisa!
- É isto que te digo – ninguém está sozinho!
- Explica como é que não está só quem não tem ninguém ao pé de si, ou quem se sente sozinho entre a multidão, como dizia o poeta?
- É o que te digo – ninguém está sozinho! Nós somos energia, tudo à nossa volta é energia, umas energias têm formas que percebemos, outras não.
- Ah! Então estamos acompanhados de energias…
- Menos ou mais sublimadas, menos ou mais benéficas, menos ou mais perceptíveis.
- Olha, vou indo, que essas tuas teorias são tuas e não minhas.
- Ledo engano, estas teorias não são nem minhas nem tuas nem de ninguém. Mas existem mesmo assim, quer as queiras ignorar ou entender.
- Já fui embora!
- Adeus! Ou seja, até logo!
- ou eu! Estás sozinho? Sentes-te bem? Vamos pois!
Vamos ao jardim e andar um pouco a pé. Faz desentorpecer as pernas.
Leva gabardina porque pode chover.
Há muito tempo que não saíamos os dois a passear, não é?
O tempo já não corre, voa!
E confesso que tenho saudades da nossa meninice, em que íamos os dois, irmãos vestidos de igual, para a escola.
Ainda era longe, mas encontrávamos tanta gente conhecida que parecia um instantinho.
Agora todos estão em suas casas ou vão de carro com os vidros e portas fechados.
Incrível como a segurança é tão insegura.
Ora cá estamos no cafezinho da esquina e…
Já?... Vamos, está bem. Vamos voltar.
Foi bom o passeio? Foi cansativo? Isso é porque deixaste de caminhar e agora cansas mais depressa.
Tudo requer exercício, senão paralisa-se.
É assim com tudo. Toca a exercitar o que é bom e gratificante para a saúde e pode ser que nunca falte.
Fico, fico contigo a ler-te um livro o resto da tarde.
- inguém está sozinho!
- Pois eu sinto-me só.
- É impressão! Sensação de estar separado dos demais ou por depressão ou por diferença de ideologias.
- Hã?
- Sim, é bom aceitar a vida qual ela se apresenta.
- Hã?
- Devemos lutar pelo melhor que podemos fazer, estudar e melhorar nossa vida.
- Sim, com certeza.
- A solidão é apenas ilusão.
- Hã? Não é não. Estou sozinho aqui porque o carro avariou e não consigo encontrar ajuda.
- Ah! Já podia ter dito que era essa solidão.
- Hã?
- Evitaria tanto discurso.
- Ah! Isso sim. Poderia ter logo ajudado e telefonar para um reboque ou oficina directamente. Mas, pronto, gosta de falar, de dizer coisas constantemente não é?
- Pois é, é. Sabe porquê?
- Para eu mesmo não sentir a solidão?
- Ah! Sim, sim. Tal e qual!
ra aqui está o bolo de aniversário com as velinhas todas.
Felizes os que têm fome e comida para comer. É bom sinal, é sinal que está tudo bem. Sabe-se de tanta gente que passa fome na solidão, e desolação, de suas casas, quando têm casa…
Sabe-se de tanta pobreza que não aparece, mais aquela que aparece nas notícias. Mais as notícias de crimes e horrores…
Ao nosso lado, ou lá longe, parece que já não deveria haver este tipo de situações no 3º milénio conhecido da humanidade cristã.
Cristianismo, como é óbvio, é mais lato que o catolicismo ou outra religião, ou corrente cristã.
Quantos cristãos há então? Porque cristianismo é seguir, ou continuar, em si próprio os ensinamentos e a prática destes, a exemplo de Jesus, o Cristo.
Onde estarão todos os cristãos que deveriam existir, pelo menos aqueles que se contam pelas religiões cristãs?
- São muitos?
iz-me com quem andas e dir-te-ei quem és!
- É um ditado muito velho e verdadeiro até certo ponto. Ou seja, os grupos que acompanhamos, ou que nos acompanham, acabam por nos identificar perante uma sociedade instituída.
- Não é só isso. Mentalmente também há afinidades, ou seja, pensam todos de modo semelhante e fazem, ou têm, atitudes igualmente semelhantes.
- Isso não é bem assim, porque em grupo pensam e agem de um modo que, sozinhos, nem tentam e muitas vezes nem sequer tal lhes ocorre.
- Parece que há como que uma nuvem de comportamento que os envolve quando se juntam e que se desfaz quando não estão juntos.
- Talvez seja por isso que tentam estar juntos a maior parte do tempo.
- Talvez. Na realidade os outros acabam por formar uma ideia igual de todos eles, estejam junto ou separados.
- De qualquer modo, todos se inter-influenciam. Mas, muitos estão lá por terem medo de estar sozinhos.
- Medo? Ou por não gostarem, simplesmente?
- Tanto faz, porque a razão é a mesma – o desconforto de estar só.
- Que pena, porque na solidão crescemos em nós mesmos e é em solidão que alcançamos, primeiramente, a paz íntima!
- No entanto, nos grupos há sempre quem mal e quem bem influencie os outros. É necessário estar muito atento para não pensar, ou fazer, em conformidade com o grupo, aquilo que não temos afinidade para fazer quando estamos sozinhos, como indivíduos.
- Evidente que o grupo não pode ser a desculpa, mas falar é muito mais fácil que conseguir chegar aí.
ue bom é ter companhia! Às vezes a solidão é atroz…
Assim a noite não é tão escura, nem o dia é tão longo.
Passo muito tempo sentado, vendo pelas janelas os outros de um lado para o outro… a vida a pulsar lá fora.
Que bom que estás aqui, que vens adormecer para o meu colo e me aqueces.
Que bom sentir o teu pêlo sedoso nas minhas mãos.
Que bom sentir que sou útil, que gostas que te faça festinhas, que te dê aquela comida que tanto gostas de lamber nos bigodes, mas que a mim cheira tão esquisito.
Que bom é sentir uma companhia que partilhe a minha casa, os meus momentos.
Que bom é falar contigo e apesar de não me responderes com palavras, acho que consigo perceber as tuas respostas de gato conhecedor dos assuntos que te falo.
Que bom é sentir este relacionar de vidas, este pulsar de vivências.
Que bom é ter uma companhia, preocuparmo-nos por outrem que não o próprio. Que bom é este doar de nós mesmos.
Que importa se não és pessoa. Essas não têm tempo para um velho como eu que já não tem capacidade para trabalhar, ou ser útil aos outros.
Que bom é olhar para os teus olhos meigos que nada pedem e que bom é deixares-te estar ao pé de mim.
Que bom é sentir a tua calma tão semelhante à minha quietude, por não me poder mexer como dantes.
Que bom é sentir que não empato o teu dia mas, pelo contrário, te ajudo a desfrutar as horas. Se calhar tanto como tu a mim.
Que bom partilhar sentimentos e emoções outra vez.
Sinto-me vivo, mas doutro modo, e vivo novamente para a vida!
Natal e compras, ou comprinhas…
Depende da bolsa, depende da vontade e da proximidade dos entes familiares.
O Natal que tanto pode ser dia de amargura e tristeza, de solidão ou de festa e das caras alegres de crianças.
O Natal que se vai preparando com alguma antecedência ou que não se prepara e se ignora na igualdade dos dias, que apenas são para se passar passando, arrastando nas horas…
Há dias chegou-me um mail que mostrava adultos e crianças dormitando em plena rua, em ambiente de guerra-guerrilha, e a legenda dizia que enquanto alguns dormiam em camas quentes outros poderiam desejar não acordar da poeira da rua.
As desigualdades são maiores ou menores a cada ano?
Que fazemos, individualmente, para que todos melhorem?
- Eu, como não sei que fazer, rezo. Rezo por todos esses e rezo todos os dias e, até, a cada vez que vejo algum mais desfavorecido.
- Mas, muitas vezes foram eles mesmos que procuraram esse tipo de vida e não querem ser ajudados.
- Todos queremos ser ajudados, a questão é que por vezes o estado presente já escondeu, bem fundo, a esperança da felicidade e a negação de ajuda é a defesa que se encontra para não cair ainda mais fundo. Porque muitas vezes foi através de uma pretensa ajuda que se ficou sem nada. Nada de nada!
- Isso é idealismo e ficção! Cada um tem o que escolhe…
- Cada um tem o que pode ter e, por vezes, já não tem fôlego para a esperança, apenas para reunir forças e viver o seu dia-a-dia, noite-a-noite, e estas são cada vez mais longas.
- E que dizes dos que deixam tudo, casa, família, filhos… por vício, por um ideal…
- E filhos e netos que já não conhecerão de perto… Digo-te que são escolhas que fazem, por vezes, na melhor das intenções.
- Na melhor das intenções para eles!
- Continua a ser uma escolha por boa intenção e o resultado é-lhe reservado e aos familiares que o acompanham. As melhores escolhas podem ter resultados horríveis ou maravilhosos, no presente ou no futuro.
- Ou seja, tudo é possível de ser justificado por boas intenções!
- Ou seja, não devemos acusar e, quando julgarmos, seja algo e não alguém. E se for alguém que seja o próprio e não o alheio.
.
.
.
.
.
. Índice onomástico deste blog
. Índice do blog Caminhos de Eva
. Gosto de visitar
. Aldeia
. Amigos de Aristides e Angelina Sousa Mendes
. Now
. Vanuza Pantaleão/Obra literária
. Mediateca
. Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes
. Museus do Mundo - Google Art Project
. Pordata - Base de Dados de Portugal Contemporâneo
. Notícias
. Ciência Fácil
. Fábrica - Centro Ciência Viva
. Imprensa Escrita
. Vida
. Núcleo Interactivo de Astronomia
. A Casa do Passal - Cabana...
. Aristides de Sousa Mendes...
. Maria João Brito de Sousa...
. Sophia de Mello Breyner A...
. Jalal Rumi # A evolução d...
. Cecília Meireles # A arte...
. Cecília Meireles # Cântic...
. Teilhard de Chardin # O M...
. Natália Correia # Ó Véspe...