Intenções
e boas intenções podemos estar todos e as asneiras serem mais que muitas!
É incrível como situações tão simples se complicam!
Às vezes sofre-se até à exaustão… e muito mais pelos outros que por nós próprios, sobretudo se emerge um sentimento de culpa por, de algum modo, podermos ter sido nós a conduzi-los a esta ou tal situação de sofrimento.
Quantas vezes pensamos que estamos a agir de modo correcto e, em vez disso, estamos a infligir, indirectamente, sofrimentos impensáveis.
- Mas se não foram cogitados, e nem sequer planeados, a culpa não existe.
- Ignorância, diz a lei, não é desculpa.
- Isso é na lei dos homens que preza a conveniência. Perante a Lei Divina tal não pode suceder, senão deixaria de ser justa e divina. Pois como poderia alguém ser julgado pelas consequências de algo que não empreendeu?
- Porque deveria ter pensado melhor e tomado a responsabilidade que deveria pelos que estão a seu cargo?
- Às vezes só se fosse super-homem e conseguisse adivinhar pensamentos tão baixos que, aliás, nem lhe passam pela cabeça. Vivemos num submundo de emoções, sentimentos e pensamentos. Somos o que apenas ainda somos. E se, certas atitudes, sequer assomassem o pensamento de alguém mais saudável de ideais, esse alguém seria tão reles como aqueles de quem se horroriza. Ou não será isto?
- Acho que sim, que tens razão. Há atitudes impensáveis e arrepiantes – sim, com certeza que sim! E que o facto de nos arrepiarem quererá significar que não seríamos capazes de tais actos, quanto mais de conduzirmos alguém para eles, para sofrerem assim. No entanto onde se situa a inadvertência? Estará isenta de culpa? Completamente isenta?
- Somos seres pensantes, não somos seres adivinhos de todas as consequências que existem, ainda menos se as respectivas causas não existem em nosso ideário…