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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

03
Mai11

Perfume de Primavera

eva

omos pouco. Somos muito

Somos muitos

O céu azul da Primavera. Os pássaros chilreando

As flores abrindo e perfumando

Alegria de viver que o calor vai ajudando

As dores parecem aliviar perante tanta beleza

Os problemas parecem esbater-se em tanto colorido novo

A Primavera é um hino à natureza bela

Aos renasceres de cada espécie

Um convite à resolução de conflitos

À solução de problemas

Ao sonho de que tudo se resolve quando acordarmos

A esperança floresce assim…

Como que sozinha, por inércia

E por inércia fazemos igual ao dia seguinte

Igual não! Paramos um pouco para desfrutar

Os novos aromas que as manhãs têm

E desejamos firmemente

Que a nossa vida também alcance

Esse perfume em viver.

 

24
Fev11

O paraíso somos nós

eva

final tenho andado toda a vida à procura e era eu.

O paraíso que queria estava em mim.

O bem-estar que queria sentir era eu mesmo que o podia sentir.

A felicidade podia senti-la em qualquer altura, a todo instante.

E contudo… não a conseguia alcançar.

Mesmo entendendo tanta coisa, nada me era útil.

Apenas o vazio continuava.

O horror, o pânico e o pavor eram tremores físicos bem sentidos.

A jovialidade, a esperança, o optimismo, ficavam cada vez mais encobertas.

Alegria, risos, paz, deveriam ter-se escondido muito bem porque não conseguia achá-los em lado algum.

Era a secura! Secura na boca, na pele, nos órgãos, no corpo…

Secura nos pensamentos.

E a luz continuava lá, lá muito ao longe, como num horizonte alto.

Como a mostrar que era possível e real. Que, apesar de tudo, ela continuaria ali.

Exactamente no mesmo sítio, acontecesse o que acontecesse a escuridão nunca seria total.

O corpo oco não era real, mas ela – luz – era, porque permanecia.

No dia que pudesse e quisesse ela iluminaria mais e mais.

Iluminaria sem limites a mim ou a quem a quisesse sentir.

Era só dar-lhe atenção!

Mais atenção que a todo o resto.

Fazer que ela existisse completamente em nós mesmos.

Deixar sair o sofrimento à rua. Varrê-lo todo junto e lavá-lo com muita água limpa.

A água das lágrimas iria também com todo esse sofrimento.

Então a tal luz de longe viria aquecer.

E como na natureza, dessa base estrumada e molhada, o ser renasceria.

Um renascer lindo, límpido e brilhante.

Porque o sofrimento já tinha sido despejado e tudo o que viesse iria ser como uma paragem de comboio.

Paragens obrigatórias umas, outras nem por isso, dependeriam da coragem e do cansaço.

O ser, nessa altura, sabe que no fim do campo há um jardim em que as flores e a beleza são pessoais e dependem do amor que cada um ainda terá para doar.

- Ena! Tantas flores para quê se apenas tens um niquinho de terra?

- Vamos ver quantas nascerão lá! Vai ser o meu jardim, o exterior e o interior em simultâneo.

- Mas é impossível nascerem todas, vai ser um desperdício, vais ver.

- Tu é que vais ver, e perceber, o quanto temos que trabalhar para conseguir obter algo de útil. É mais ou menos equivalente ao percurso da azeitona para o azeite.

- Hã?

 

29
Nov09

Cecília Meireles # Cântico IV (Tu tens um medo)

eva
.
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

.


de Cecília Meireles
in "Cânticos"
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Disse  Cecília Meireles:  Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida !
.

 

16
Jun08

Existência

eva
À porta está uma sombra escura que pede autorização para entrar.
Vem de longe, não de distância geográfica mas de distância temporal. De há muitos milénios…
Diz que chegou a ocasião, nem esperada nem desejada, mas necessária para alteração do curso da sua existência.
Explica algo de si. O suficiente para justificar o pretender seguir um novo caminho.
E vai embora, desta vez com novos guias, para a tal nova empreitada de si.
A casa ganha luz nova, em conformidade com o dia que nasce e ela percebe novos ensinamentos.
Novos trilhos, novo desbravar de caminho ou como diz o poeta “faz-se o caminho ao andar”.
E vêem-se episódios do passado e do presente que provocam estranheza e apreensão mas também, e se calhar o mais importante, provocam novo entendimento das coisas e da vida.
Ou, melhor será dizer, da existência.
- Afinal, o que é o existir?
- Ora, que pergunta… Escolhe: existir será estar ou será seguir?
Olha mais além e diz-me se vês aquela luz, como um holofote, ali, na linha do horizonte entre a terra, o mar e o céu…
.
.
.
Máscara azteca da Morte e Reencarnação
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Disse  Goethe:  O mais importante da vida não é saberes onde estás, mas sim para onde vais !
.
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05
Mai07

Recomeço

eva
5 de maio de 2007

Temos por aqui um céu azul lindo e um dia quente.
As andorinhas, atarefadíssimas, fazem ninhos e toda a natureza floresce em todas as cores e tons.
Todos os pássaros e animais preparam os seus ninhos e tocas ou a continuação da espécie.
Tudo parece cantar e embelezar as nossas vidas.
Ao ligarmos a televisão tudo muda e vemos desgraças, guerras, fome, etc., por esse mundo fora.
Como é possível tudo florir e cantar nuns sítios e haver tanta desgraça e desolação noutros?
De que serve a inteligência humana se não aprende com a simplicidade da natureza, renascendo sempre em todas as oportunidades que encontra?
Onde levará tanto ódio e interesses meramente pessoais?
Se fosse útil, enviava encomendas e pacotes desta natureza primaveril, pelo correio.
Resta-me enviar desejos de bem aventurança, com todas as forças do meu coração.
E esperar que chegue a todo o lado onde não haja esta alegria da primavera, na esperança de ajudar a um bom recomeço.

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