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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

06
Dez12

Doçura no viver

eva

elicidade

Faz raízes oh! Tão fundas

Que às vezes parecem

Desaparecer

Da lembrança

Capacidade de seguir

Seja como for…

Mas quando algo

De doçura acontece

Rápido como um raio

A memória vai buscar…

Recordar

O bem que houve

Um dia, um instante

E lágrimas puras

Assomam

Todo o ser vibra

Renovadamente

Poderá acontecer

Doçura

No viver…

27
Abr12

Entardecer no jardim

eva

- om dia – boa tarde!

- Hã?

- Estamos a meio do tempo entre a manhã e a tarde, por isso eu digo os dois.

- Ok. Como já almocei, fiquemos no boa tarde para si também.

- Obrigado e adeus.

- Hã? Obrigado? Adeus?

- Obrigado pelos votos de uma boa tarde e adeus porque vou já seguindo.

- Seguindo p’ra onde?

- Para o jardim. Gosto do entardecer no jardim. Em boa verdade, gosto do dia inteiro no jardim. Sinto-me bem no meio dos grupos de avós-netos, dos namorados e dos velhos. Fico quieto, observando a vida a desenrolar-se outra vez diante de mim.

- Nunca tinha percebido o jardim para isso. Para mim, ele é o atalho de casa para o trabalho e vice-versa.

- Pois é assim para muitos, é. Para mim é quietude, bem-estar e recordações.

- São sempre boas recordações?

- Nem sempre, eu seleciono as que mais me agradam.

- E as outras?

- As outras relevo imediatamente e procuro a seguinte do meu agrado.

- Escolhe-as como páginas de um livro…

- Exatamente.

- E gosta dos dias assim?

- Gosto muito, tanto que penso seria bom fosse assim até ao fim da minha vida. Já estou velho para maratonas de desejos e ambições. Mas estou novo em folha para recordar e usufruir da natureza como amiga.

- Adeus e, então, até amanhã!

- Até amanhã.

14
Fev12

Memórias e recordações

eva

s anos de vida vão sendo preenchidos com memórias e recordações.

Com experiências, principalmente. Porque estas aliam teoria e prática, põem em campo o que somos face a vicissitudes, como face a harmonias.

Provamos o nosso equilíbrio perante os mais diversos ambientes energéticos.

Tudo é energia em variadíssimas formas e sem formas visíveis, percetíveis.

Viver de recordações pode ser tão desastroso como benéfico, físico e mentalmente.

Tudo depende do grau de equilíbrio entre o gosto das recordações e as exigências diárias.

Por vezes as recordações mantêm-nos firmes, outras vezes arrasam-nos, e outras levam-nos em voos de ilusões.

Usemos as experiências para alimentar nossa sabedoria.

22
Jul11

Sentir-se bem consigo mesmo

eva

- hegaste!

- Nem por isso, tenho que voltar atrás. Esqueci algumas coisas que preciso para trabalhar.

- Que pena!

- Volto já e se calhar em melhores condições.

- Humm…

- Digo isto porque estou cansado, demasiado cansado para isto ser saudável.

- Será depressão?

- Mais parece excesso de trabalho, por isso digo que voltar atrás e regressar com mais calma, se calhar, acaba por ser mais profícuo. Aproveito para tratar de tudo o que seja urgente, urgentíssimo, e depois volto mais tarde.

- Creio que é importante a pessoa sentir-se bem consigo mesmo, seja física seja mentalmente.

- Também creio que é necessário aquele sentir de que fizemos o melhor que nos era possível fazer naquelas circunstâncias específicas.

- É bom isso, sim. Sem dúvida que esse sentimento dá paz interior, à parte de qualquer resultado.

- Exactamente. E agora?

- Agora podemos dar um passeio a pé, lentamente, através desta magnífica paisagem.

- E que saudades tinha eu disto aqui…

- Mantém um lugar caloroso no coração, não é?

- Um lugar muito próprio e que nada nem ninguém pode tirar. Uma recordação preciosa para mim, daquelas que nos aguentam nos piores momentos e nos acarinham sempre por toda a vida. Talvez até além desta vida fiquem estas boas recordações connosco…

13
Abr10

Viver a vida

eva

m dia destes passei por uma escola primária e ouvi os gritinhos e risos das crianças nas suas brincadeiras de recreio, ou intervalo, como agora se diz.

Pareceu-me uma eternidade o relembrar o tempo em que também fui assim.

Nem me parecia ser da minha vida, a minha infância pareceu-me irreal – completamente.

Depois horrorizei-me, pois como podia suceder tal coisa, se minha infância foi feliz e tão cheia de boas recordações?!

Mas continuava longe… longe…

A vida dá tanta volta, parece que pode destruir tudo o que melhor existe de nós.

Por outro lado, também se pode colocar a hipótese de ter sido eu a relaxar as boas lembranças, dirigindo a minha atenção para os problemas que vão surgindo e suas possíveis soluções…

Olhando para trás, não foi apenas na infância que aconteceram alegrias. Pela vida fora houve muitas ocasiões de felicidade.

E, ainda hoje, a felicidade me rodeia, sobretudo se lhe der forças para tal.

Por isso, talvez a infância e os outros tempos de felicidade tenham ficado longe porque não lhes dei atenção suficiente para os ter sempre à mão nas minhas memórias mais frequentes…

Talvez ainda consiga inverter a posição das coisas e pensar mais no melhor e menos no pior, ou no mais problemático, de cada dia...

Talvez consiga ainda dar mais força à felicidade do que ao resto que vai aparecendo…

Talvez a minha família mais íntima e eu mereçamos mais oportunidades de desfrutar, com toda a energia que lhe possa dar, a vida que temos.

Talvez possamos todos sorrir mais, gritar, mesmo, de alegria genuína.

Ou seja, ser capaz de manter a alegria simples da infância nas coisas simples e que estão em nosso redor.

Ser capaz de ver e sentir todas essas pequeninas coisas boas que perfazem igualmente a nossa vida.

- Ora, mas isso é viver a vida!

 

17
Nov09

Das recordações

eva

Festas – são tão bonitas quanto alegres e benfazejas.
São convívio, e cansaço e… sinal de coisa boa na nossa vida. Sejamos nós os festejados, ou convidados ou os empregados das ocasiões festivas.
As festas de que falamos não são obrigatórias para ninguém e, ainda menos, sacrifício ou martírio de alguns para gozo de outros.
Hoje publica-se, de vários modos, o teor de certas festas que mais não são que ocasiões de vícios, transacções comerciais de objectos e pessoas.
A escravidão humana está aí mais florescente e arrogante que antes, quando era legal.
E todos sabem, e todos calam, em culpas tão subdivididas que chegam a ser justificadas, e mais que desculpadas, porque se tornaram modos de vida institucionalizados.
Porém, nas festas, como em tudo, há o lado negativo e o lado positivo e o que queremos aqui realçar é o positivo, o das festas para todos os presentes partilharem tempos agradáveis e possíveis de se tornarem boas – inesquecíveis – recordações.
Porque chega a idade, o tempo individual, em que as recordações são o que mantém alguém vivo.

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Fotografia do Arquivo Histórico da BMW
Imagem retirada da net
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Disse  Mário Quintana:  O tempo não pára, só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo !
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23
Jul07

Pequenos agrados

eva
23 de julho de 2007

Umas canções suaves e melodiosas tocam na aparelhagem – já não se diz “na rádio”.
E são canções modernas! - porque hoje há de tudo na música.
Os conjuntos tanto tocam o impossível como os acordes mais melodiosos e sublimes que se possam ouvir.
Os estilos do passado estão mais ou menos “ao molho” e são tratados por uma coisa chamada sintetizador.
Este faz-me sempre lembrar a comparação feita por um conhecido tenor sobre a capacidade da tecnologia moderna transformar o ladrar dum cão numa voz humana afinada.
Inclino-me a concordar que, hoje em dia, quase tudo é possível.
Mas, voltando à música suave referida no princípio, é daquelas que têm a capacidade de nos remeter a sonhos ou recordações do passado.
Sobretudo as boas recordações. E hoje, num dia ventoso, de chuva e algo agreste, é um bom dia para sonhar no aconchego do sofá.
Pequenos agrados de alguns, como o acrescentar uma leitura despreocupada e o mais agradável possível.
Já agora, mais um pequeno vício – uma caixinha de bombons (e cuidado com o chocolate aquecido ao sol).
E pronto, aí estão dias, como este, complementados com momentos de agrado tão simples – sós ou em companhia, e em qualquer lugar.
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19
Jul07

Hábitos

eva
19 de julho de 2007

Tempo chuvoso e húmido e logo sobe no ar o cheiro da lenha a queimar. Depois vem o cheiro dos chouriços e de pão quente. Ou de um caldo de legumes. Ah, também o café!
Por qualquer razão, o tempo chuvoso apela à comida assim como o tempo quente chama as bebidas – refrescos, fruta, leite, iogurte ou… do que se quiser.
São apelos instintivos relacionados com as tradições da infância de cada um.
Todos temos, mais ou menos vivas, estas lembranças.
Hoje, no meio de um jogo de damas, dois homens conversavam que não sabiam o porquê - ou que não se lembravam – da razão porque haviam deixado de jogar damas, logo a seguir à tropa. Um deles até entrara em campeonatos e, de repente, deixou de jogar.
Veio o casamento, os filhos, a família, e pronto… nada de tempo, nem de parceiros… e o jogo de damas ficou arrumado. Uma pena porque, à semelhança do xadrez, é um jogo que anima a mente.
Agora, em idade mais avançada, volta a poder jogar porque tempo é o que tem de sobejo.
A verdade é que os bons hábitos são para cuidar e, se possível, fazer como ele agora fez ao ajudar a florescer bons hábitos noutras pessoas, alegrando as tardes chuvosas no jogo útil e na cavaqueira amena.
Conseguiram ultrapassar as mágoas e os tempos idos com a família, com outras recordações boas.
- Olha aí pela cortina… não é o sol a brilhar outra vez?
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14
Jul07

Recordações

eva
14 de julho de 2007

Dorme e chora. Por instinto, ou reacção do corpo, faz a rotina do dia e deita-se para dormir, à noite.
Todos os hábitos, arreigados em muitos anos de vida, são agora extremamente úteis para assegurar a sobrevivência enquanto a cabeça não recupera da tristeza profunda.
Ele procura a solidão e até o escuro em vez da luz, o espaço fechado de um quarto em vez do jardim a céu aberto de que tanto gostava.
Hoje consegui levá-lo para esse jardim e que ficasse sentado num dos bancos que lá estão.
Mas continua apático, com a solidão instalada, lá dentro, funda, a transformar-se em pedra.
O andar ficou trôpego de uma hora para a outra e tudo o faz tropeçar.
Contudo, apesar dos olhos estarem sempre enevoados e os obstáculos serem simples sombras, desvia-se deles cautelosamente – sejam portas, pilares, mesas ou pessoas.
Penso que temos também direito a estar tristes e ter um tempo nosso para amar a nossa tristeza.
Mas não devemos deixar a tristeza tomar conta da nossa vida. Só de algum tempo da nossa vida.
Devemos manter acesa a esperança de voltar a querer o sol e as flores, e tudo mais nítido à nossa volta.
Além de que os dias continuam a suceder-se, à espera da nossa alegria, para lhes fazer companhia… assim que puder ser.
E que seja bom outra vez.
As recordações deverão reunir-se como um braçado de flores e reaparecer a cada estímulo.
Simplesmente assim… como boas recordações a embelezarem os dias.
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