á estamos – presente!
No outro dia vi um programa na televisão, em que participava uma amiga nossa e que tratava do valor da companhia de pequenos animais que nos acompanham nos piores e melhores tempos das nossas vivências.
Às tantas, dizia esta nossa amiga que todos os entes queridos foram abandonando a casa de família atrás da sua própria felicidade – aquela que todos temos direito de procurar – contudo, sem querer olhar para trás, para os problemas que se foram acumulando e para ela mesma que ali ficou.
Os animais, os que lhe faziam companhia, esses ficaram; fosse pelo que fosse – ficaram! E ajudaram-na chegando ao entendimento mútuo, aquele que ultrapassa as barreiras mentais do raciocínio, do próprio linguajar de cada um, de cada espécie…
Os que restaram, naquela casa, todos eles atingiram a linguagem universal do Amor…
Porém… não somos de ferro e, por vezes, não aguentamos mais a pressão que se abate sobre nós. Então, o instinto de sobrevivência sobrevém e temos necessidade de deitar abaixo as barreiras que nos tapam.
É o grito de liberdade que soa no íntimo de cada um e que é saudável seguir.
Com o Tempo que tudo mitiga, aniquila e transforma, será possível, a todos os intervenientes e em todas as situações, refazer intimidades mesmo que sejam noutro lugar, noutro espaço, com outro conjunto de seres em redor, ou com os mesmos no mesmo sítio, promovendo um recomeço mais equilibrado, mais sabedor das próprias necessidades e das necessidades dos outros.
Tudo o que se vive, tudo o que se sofre, tudo o que nos alegra serão experiências válidas e conhecimentos úteis sempre que os soubermos bem sentir e valorizar.
Nunca é tarde para um gesto fraterno, para uma iniciativa amiga e é especialmente bom quando olhamos com olho observador o nosso passado e sabemos que dos erros promovemos o perdão da conjuntura – por nós, pelos outros e pelas situações traumáticas criadas – seja pessoalmente, seja em bons pensamentos enviados à distância com a força da sinceridade pela felicidade de cada um, incluindo a nossa.
Porque não podemos dar perdão a outrem se não o tivermos por nós mesmos, pois como partilhar o que não se tem?
Afinal, não dizem os sábios que todos temos que atingir a meta da linguagem universal do Amor, da paz e da harmonia universal?