Maria João Brito de Sousa # Um Fantasma no Pinheiro de Natal
Era o corpo-presente de uma ausência!
Perfeitamente nítido na sala,
E vestido a rigor... traje de gala
Num lençol de alva e pura transparência.
Mas lá que era fantasma... ah, isso era!
Do alto do pinheiro de Natal,
Olhou-me e acenou. Não me fez mal.
Disse-me: - Noutro Natal! Eu fico à espera...
Sorri-lhe também eu, disse-lhe adeus,
Sumiu-se por caminhos muito seus
E eu ali fiquei, muito orgulhosa...
Fora um presente que era só p`ra mim
Pois mais ninguém na casa o viu assim
Naquela noite gélida, invernosa.
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