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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

16
Dez10

A força da esperança

eva

e já vi aqueles louva-a-deus? Nem sei o que são!

Ah, aqueles insectos! E para que servem? Digo, que utilidade têm na natureza?

Porque tudo é útil na natureza, pois não é?

Então para que servem?

Para nos inspirarmos? Essa agora!

Neste mundo de hoje não há contemplações!

Quem disse? Digo eu, dizemos todos? Não ouviste falar da crise?

Da financeira ou da económica?

Nada disso, da nossa crise, de nós, da nossa falha de esperança.

Esperança, sim! Ainda ontem vi um filme que retratava precisamente a força da esperança.

Pois claro que não é só para manter vivo um ser nas piores circunstâncias. Deverá servir para ser um móbil de progresso e sucesso. Algo que nos sustenta e faz sonhar…

Não, não esses sonhos de riqueza. Os sonhos de maravilhas e do maravilhoso que existe…

Algures? Pois, será algures, mas existe! E todos poderemos ser maravilhosos, um dia!

Não, não por um dia, mas a partir de um dia!

 

10
Dez10

Pesares… alegrias…

eva

esares… alegrias… são assim os anos que vamos vivendo… a época é de recessão…

- Recessão? Para quem?

- Bem…

- Olha aqui o jornal e diz-me o que lês e o que vês?

- Hã? Não é a mesma coisa?

- Que ideia absurda! Adeusinho, até amanhã para acabarmos o trabalho.

- Ok. Certo, certíssimo!

- Uma língua tão bela quanto rica como é a portuguesa e os nacionais deixam-se permear tão facilmente por outras influências.

- Quem falou? Ah, sim! Então… são apenas variantes para alegrar os dias que vão passando tão macambúzios, ora!

- Dias pesados só podem ser aligeirados por nós mesmos, senão sobrevém uma crise, esta sim, difícil de ultrapassar, além de dispendiosa em termos de tempo, porventura mais útil, ou de vida e dinheiro em medicinas de diversa índole.

- Pronto, já fiz um sorriso, apesar de não o sentir minimamente.

- Paciência, porque depois de esboçado algum mérito terá.

- Já sei – temos que começar por um princípio e depois continuar nem que seja por acção da inércia.

- Tal e qual. Já ouviste hoje o chilrear dos pássaros?

- Com este frio e eles ainda cantam?

- É uma pena se não os ouves, sobretudo se tens bons ouvidos para usar, não é?

- Humm…

 

01
Nov10

Sorte

eva

- stá ali, ali em frente, não vês? Pois, aquele ali é um tipo cheio de sorte. Não, literalmente cheio de sorte, ganhou prémios chorudos e tudo! Pois, esse mesmo!

- E que fez a todo o dinheiro? Não tem propriamente um ar feliz!

- E quem te disse que o dinheiro ganho assim, de uma vez, e sem dívidas nem nada para pagar, faz bem, felicidade, etc?

- Acho que é caso assente – quem tem dinheiro é feliz…

- Pois este não foi nada. Conforme o ganhou ao jogo, ao jogo o apostou e perdeu.

- E depois, qual é então o problema? Se não precisa dele e ganhou fácil, facilmente o perdeu. Ainda por cima perdeu-o como gosta, a jogar.

- Pois, pois! O problema foi que apostou muito mais do que devia e perdeu esse dinheiro último mais outros que não eram para ser tocados e que implicavam outras pessoas. O dinheiro estragou-lhe a vida e agora que precisa mesmo dele para pagar despesas de saúde já não tem onde o ir buscar.

- Então o melhor é ser pobre?

- Pobre? O melhor é ser rico de pensamentos construtivos e provedores de bons sentimentos e moral, da formação de uma boa família. Aí, quando o dinheiro vem é bem aplicado, sensatamente distribuído e muitas vezes aumentado substancialmente. O problema não está no dinheiro, está em quem o usa e de que maneira o aplica.

- Então o dinheiro não é nada?

- O dinheiro é algo que podemos manusear se o temos ou adquirir por diversos modos, aplicando-o conforme o nosso desenvolvimento pessoal.

 

16
Set10

Violinos

eva

- osto tanto de ouvir os violinos.

- Eu não, parecem sempre que estão a ranger sons.

- A ranger sons?

- Verdade que só gosto de os ouvir com outro instrumento. Violoncelos, guitarras ou piano, por exemplo.

- Se calhar depende de quão capazes são de tocar os violinos ou das peças musicais que ouves tocar.

- Também é verdade! Estou a lembrar-me que dos novos, ou que dos actuais violinistas, até gosto muito. Tocam de modo mais alegre, oh! não sei explicar, mas não oiço o tal ranger que te falava há pouco.

- Bem, não parece ser um problema de ouvido nem de educação musical, antes de gosto pessoal.

- E então, não tem valor por isso?

- Tem todo o valor e faz muita diferença, sem dúvida. Diferença para todos – os que ouvem e te rodeiam e os que tocam.

- Pois, pois!

 

06
Set10

A dupla corpo-mente

eva

- ou ao ginásio, vens também?

- É boa! Fazer o quê?

- Exercício, que mais!?

- Não achas que já mexo o suficiente por dia?

- Pois não! Porque fazes, e fazes muitas vezes, exactamente os mesmos movimentos, trabalhando sempre os mesmos músculos e a mesma parte do corpo.

- E então? Não vais dizer que era melhor estar parado e quieto, ou vais?

- Não, mas as partes que nunca são potenciadas podem vir a enfraquecer em relação às demais.

- Ou seja?

- Perde-se o balanço equilibrado do corpo-mente.

- Agora já vai na mente?

- Agora e sempre é a mente quem manda e a dupla corpo-mente é simplesmente preciosa ao equilíbrio pessoal.

- Ora, aí está finalmente algo em que concordamos nesta conversa...

 

27
Mar10

Tudo é possível

eva

odo o tempo em que nos conhecemos, somos tal qual nos observamos.

Vamos dirigindo as nossas acções perante os acontecimentos e a sua transformação, como por entre os pingos da chuva.

Vamo-nos orientando conforme o humor e conforme a moral que vai falando mais alto.

Vamo-nos transformando também, e enformando no que actualmente somos.

- Pára! Estou mais que confusa com esse somos–chuva‒acontecimentos… Assim não percebo nada. Mais terra-a-terra, por favor!

- Então, é isso tal e qual!

- Isso – o quê?

- Somos o que queremos ser!

- Não, não! Somos o que podemos ser, e tanto podemos piorar quanto melhorar. Quantos são alegres e felizes e seguidamente atravessam desilusões e amarguras a ponto de atingirem o nível de não suportar mais.

- Estás a falar de dramas?

- Não, estou a referir-me a dramalhões que só quem passa por eles poderá falar. Mas, geralmente, até a fala se torna difícil e, se o pensamento ainda está minimamente ok, o que se pretende é esquecer a situação mais grave e projectar uma fuga para conseguir intervalar as situações que daí podem advir e que terão que ser enfrentadas. Por isso - somos o que podemos ser, com o melhor de nós e todas as forças que conseguimos reunir!

- Mas tanto podemos estar negativos quanto a tudo, como melhorar a olhos vistos…

- Tudo é sempre possível através dos nossos criteriosos minutos, dias, décadas e tudo o que vamos vivendo. Já o poeta dizia que tudo é composto de mudança!

 

21
Out09

Outros nós de nós

eva

Sinto falta de mim… às vezes pareço outra pessoa… outro alguém que não conheço bem… que pode ser bem mesquinha… ou muito melhor que eu…
- Somos muitos eus em nós.
- Somos várias personalidades num só indivíduo?
- Não exactamente, somos todas as nuances possíveis das nossas emoções, sentimentos, raciocínios e reacções lógicas em cada situação que enfrentamos.
- Somos tudo nós mesmos…?
- Na grande maioria das vezes somos a diferença entre o que estamos habituados a sentir, os sofrimentos muito marcados por que passámos e o que achamos que deveríamos sentir.
- Em suma – somos os nossos traumas e as nossas ambições.
- Por nós mesmos – somos os nossos desejos de nós mesmos.
- Mas então, se percebemos a diferença do que ainda somos e o que gostaríamos de já ser, então também nos poderemos modificar e um dia atingir o que desejaríamos ser agora?
- Evidentemente, mas até lá dá-se uma luta entre os nossos eus que, se não for moderada pelo tempo e pela paciência, pode desencadear em desequilíbrio.
- Estás a falar em loucura?
- Tanto pode ser desequilíbrio físico – e então desencadeiam-se doenças de ordem diversa – como desequilíbrios psíquicos.
- Então… que fazer?- Ter a paciência e a abnegação de ir sempre tentando auto-educação, seguindo sempre a linha que delineamos para o nosso futuro. Sem parar, mas também sem correr quando apenas se pode andar e ver bem onde se põem os pés…

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Imagem retirada da net
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Disse  Aldous Huxley:  O degrau da escada não foi inventado para repousar, mas apenas para sustentar o pé o tempo necessário para que o homem coloque o outro pé um pouco mais alto !
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26
Mar09

Realização profissional

eva

Uma avenida larga, ladeada por edifícios altos e branquíssimos.
Somos ínfimos perante a sua grandiosidade.
Apetece voar para alcançar as janelas do alto. São majestosos na altura e no estilo das fachadas, de traços simples e, até, austeras.
São construções de linhas direitas, sem abóbadas ou quaisquer formas redondas – esquadrias perfeitas.
As portas são igualmente altas e de forma rectangular. Todas as medidas são equilibradas, nem desmesuradamente altas nem largas.
Pequenos ali – só nós!
Parecemos um grupo de peregrinos com guias que não nos deixam perder no que, afinal, é uma cidade de cultura e trabalho esmerado.
As conversas resumem-se a falar do que é útil para entreajuda e para objectivos finais.
O tempo para as tarefas, ali, deve valer ouro, porque não há desperdício.
Todos os momentos são cotejados e aproveitados.
Não! Não é nenhuma prisão. É vontade de trabalhar o melhor possível e de conhecer o trabalho que se faz ou irá ser feito.
- Então é realização profissional sem competição?
- Será realização profissional e pessoal, pois nota-se bem o gosto pelo saber e dar o melhor de si, de modo constante.
- Onde é isso?
- Não consigo explicar mas, às vezes, é possível chegar-se lá num instante…
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Imagem retirada da net
 
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Disse  Simon Vinkenoog:  O que sou não passa de uma preparação do que serei !
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16
Mai08

Soluções

eva
Necessidades, todos temos. Apenas umas são mais necessárias que outras.
E há outras que são novas, porque sucedâneas das primeiras.
Quero dizer, às vezes compramos coisas necessárias que, ao serem usadas, mostram a necessidade de outras, que não tínhamos notado – porque condizem melhor, porque dão jeito para formar conjunto...
Que umas soluções apontam outras, que deveriam ser tratadas de igual modo.
Isto é válido também para o desleixo. Quando deixamos as coisas degradarem-se, não faz diferença que em vez de algumas apenas, sejam mais e mais.
Porque, no contexto, já não se notam e como dão ainda mais trabalho – deixam-se.
Como é sabido o relaxe implica preguiça.
- Ou seja, tudo é como a bola de neve. Só que umas no sentido negativo, outras no sentido positivo.
- Sim mas a grande diferença é que, no negativo, a bola engrossa sozinha – sem qualquer esforço – é só deixar actuar a preguiça e ela chega num instante à apatia completa.
Mas quando se trata de construir ou reconstruir, aí o esforço é sempre uma constante. Talvez, até, cada vez maior. O que se consegue é “a pulso”.
Tem uma vantagem imediata: é o não querer desistir para não perder o que esforçadamente se conseguiu antes.

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Imagem retirada da net
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Disse  Bryan Forbes :  O pior nunca acontecerá àqueles que, invariavelmente, fazem o melhor que podem !
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08
Jul07

Jorge Luís Borges # James Joyce

eva
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Num dia do homem estão os dias
do tempo, desde aquele inconcebível
dia inicial do tempo, em que um terrível
Deus prefixou os dias e agonias,
até esse outro em que o ubíquo rio
do tempo terreal retorne à fonte
do Eterno, e que se apague no presente
o ontem, o futuro, o que ora é meu.
Entre a alba e a noite se situa a história
universal. Assim, de noite vejo
a meus pés os caminhos do hebreu,
Cartago aniquilada, Inferno e Glória.
Dá-me, Senhor, coragem e alegria
para escalar o pico deste dia.

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in "Nova Antologia Pessoal"
de Jorge Luís Borges
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Aquilo que pensas ser o cume é apenas mais um degrau - Séneca

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