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Toca o telefone mas quem está a conduzir não deve atender enquanto não instalar o sistema mãos-livres.
E afinal até era importante, mas pronto, já passou a oportunidade. Paciência!
- Onde a foste buscar?
- O quê ou quem?
- À paciência!
- Estou a reeducar-me e essa era uma falha grave.
- Já não é?
- Ahh! Enfim, vai sendo menos falha e mais progresso, mas acho que ninguém nota… Agora, estou a tentar focar as luzes. Ora são amarelas, ora brancas, ora castanhas. Vão rodopiando até se instalarem nos lugares certos. Desses pontos lançam brilhos em círculos ou rectas.
- Grande coisa! São lasers.
- Não são, não. E por isso é que são diferentes, sobretudo quando iluminam as pessoas.
- Oh!
- Oh, não! Não percebes que as iluminam por fora e por dentro. Ficam, digamos, transparentes.
- Isso não é possível.
- Ai é, sim senhor. Lá porque não as percebes…
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Disse Ortega y Gasset: Surpreender-se, estranhar, é começar a entender !
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Um mar enorme à frente. Ou seja, um oceano!
A água entretanto abre, como se fosse uma porta, e no meio do azul cinza aquático, a dita porta abre um corredor largo e róseo – ou rosa com pinceladas azuis claras – e vamos, então, por aí.
Esse corredor leva à superfície onde as gaivotas passam e vão-nos içando a todos. Na viagem, pelos ares, em céu bem azul, as gaivotas são agora águias amistosas.
Cuidado que elas são carnívoras – diz alguém. Mas elas olham de modo meigo e confiamos nelas.
O seu voo é longínquo e quando chegámos, a aterragem foi à moda dos aviões nas pistas de aeroporto.
Estão outros à nossa espera para nos dar as boas vindas e guiar imediatamente para o vale do curso.
Outros mais estão sentados de pernas cruzadas, ou conforme podem. Encontramos alguns conhecidos e lá ficámos.
Estávamos num vale rodeado por serranias, de forma quase redonda, de terra vermelha e seca, como num deserto.
A vegetação é pouca mas há, logo ali, um lago lindíssimo.
- E, afinal, todos brilhámos iluminados pela luz do Sol poente, ou dos ensinamentos que iam sendo assimilados.
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Muitos rostos ansiosos se mostravam e muitos outros, numa multidão, esperavam quietos que alguém aparecesse junto da fileira cerrada de guardas.
Ela veio com um panelão de sopa – legumes cortados como caldo verde fino e ovos escalfados.
Ele trazia do seu pão e uma faca para o ir cortando em fatias.
Mas observando a multidão, cada vez maior, perceberam que os ovos seriam só para as crianças e os mais debilitados e que o pão seria em fatias mais finas, ou em pequenas porções, para chegar para todos.
Muito ordeiramente, da multidão, foram pegando na tigela e na fatia que lhes cabia em sorte.
Chegaram então outros junto aos guardas – uma que tem uma quinta trouxe mais ovos, outro mais legumes, outro chouriço e outra massa. Enfim, até parecia uma sopa-de-pedra e os ovos, agora, já davam para todos.
Para os que estavam mais longe arranjavam-se sandes com o pão e os ovos.
Para os que vinham em farrapos, ou até em tronco nu, arranjaram xailes de lã fina e macia.
Havia consolação em quem se alimentava e em quem dava do que tinha.
A felicidade pode ser por coisas tão simples como apenas as necessárias para sobreviver.
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Corredores e corredores. E corredores e mais corredores.
Seguiram juntos formando um bloco compacto.
Os cortinados esvoaçavam das portas abertas.
A luminosidade era verde-esmeralda e muito agradável.
Os corredores, se bem que longos, eram fáceis e agradáveis de percorrer.
De repente o grupo abranda e acaba por parar.
A pessoa que está no meio chora, chora copiosamente.
Os outros tentam perceber o que é para ajudar. Nada, só chora…
Redobram os cuidados porque mesmo sem falarem, todos percebem que aquela formatura e aquele sítio lhe lembrava algo muito antigo e recordações muito penosas.
Vão tentando explicar que já tinha acontecido a todos algo semelhante e que essas lembranças eram simplesmente para isso mesmo – lembrar.
Tão-somente lembrar no sentido contrário ao esquecer.
Não era para ficar a chorar-se, nem sequer para reconstruir as lembranças.
Era para lembrar e não mais fazer os erros de outrora.
Erros e situações dramáticas eram para não ser repetidas, nem sequer por lembrança reconstituída.
Deveria fazer das lembranças uns marcos de informação – boa ou má – mas simplesmente sinais.
- Isso deve ser difícil e muito mais fácil dizer que fazer.
- Pois, sem dúvida. Mas o caminho de cada um faz-se a caminhar, não a ficar parado.
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Disse Ortega y Gasset: O importante é a lembrança dos erros, que nos permite não cometer sempre os mesmos. O verdadeiro tesouro do homem são os seus erros, a larga experiência vital decantada por milénios, gota a gota !
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Imagem retirada da net
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