- i, ‘tou a regar as plantas, queres ajudar?

- P’ra quê, já ‘tás fazendo isso!

- Ora, pelo convívio e para dividir as tarefas!

- Nada, não! Vou indo.

- P’ra onde?

- P’ra lado algum definitivo. Vou, conforme o vento…

- Disparate, esse! Devemos tomar as rédeas…

- Não sou vaqueiro, nem nada disso.

- Ohhh!

- Pois não, mesmo! Vou vivendo cada dia como vem o dia. Nunca ouviste o sábio dizer: se não fizeres nada, tudo será feito!

- Mas… em que conjuntura é isso?!

- Na minha, qual é a dúvida?!

- Humm… talvez… talvez… quem sabe… muitos são os caminhos que elevam à luz.

- À luz e ao passeio. Vou indo!

bjetivos e horizontes

Mais e mais límpidos

Claros e nítidos

Cada um faz o seu

Senão instala-se uma depressão

De falha de ideais

Pois são eles que nos movem

São nossa inércia

Nossa força e dinâmica

Os ideais impelem-nos

A voos inusitados.

Em qualquer privação

Em qualquer desamparo

Os ideais que tracemos

São nossa estrada

São nossa força anímica

São os nossos

Objetivos e horizontes

Transformando nossa vida

De modo a percorrê-la

Mais e mais límpida

Clara e nítida.

-  vida é uma luta!

- Não é nada! A vida é um caminho!

- Ah! E nós os caminhantes?

- Exatamente.

- Caminho de quê, para onde?

- O nosso caminho, e somos os caminhantes desvirtuando ou virtuando o nosso progresso por variedade infinita de meios e de modo eterno.

- Se assim fosse, tudo valeria a pena o esforço…

- E vale! A questão a colocar é simplesmente o que queremos ser e traçado este objetivo caminhar nessa linha, mais rápido ou mais lentamente conforme as forças e as vicissitudes.

- Achas tu!

- Exato, é o que eu acho que é a vida, tão simples como isso.

- E isso ajuda-te?

- Em cada dificuldade, em cada facilidade, a cada momento – sem dúvida!

- Ok, a cada um a sua medida…

- Nem mais!