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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

26
Out09

Os medos

eva

Os medos, os pavores e horrores que temos tolhem as nossas acções e pensares.
A nossa forma de pensar, de elaborar os pensamentos, transforma-se a pouco e pouco minando a estrutura mental sub-repticiamente.
Os pensamentos formulados com este substrato negativo por base, começam a tolher a personalidade que passa a ser medrosa e fugidia em vez de corajosa e cheia de esperança de que há sempre um futuro luminoso à nossa espera.
Esperança estruturada e movida pela fé que impele o ser na sua evolução, como uma ventania que o arrebata para o elevar, mesmo que já não tenha forças para isso.
A fé move montanhas e move tudo o que estiver a impedir o caminho da evolução a cada indivíduo.
O impossível é perfeitamente possível e até pode tornar-se uma banalidade.
Em contrapartida, as mentes transtornadas vêem montanhas de pesadelos que não os deixam mover, quanto mais sair das suas dificuldades.
As mentes acabrunhadas pelo medo têm tendência para acumular cada vez mais medos, gerados a partir do primeiro, a uma velocidade incontrolável e o indivíduo, geralmente, já não consegue aliviar essa carga por si.
Por vezes, nessa necessidade de alívio e de ar novo, o ser alheia-se da realidade, do seu dia e das noites, das suas responsabilidades, enfim.
Por fim alheia-se de tudo o que gosta e faz sentido na sua vida, de todos os que ama, e vive então como num satélite sem estar em lugar nenhum, nem com pessoa alguma que verdadeiramente lhe importe.
O desespero pode tomar conta dessa mente já adoentada e então dá-se o desgaste maior.
Deixar-se levar pela confiança que os problemas são para ser ultrapassados, com paciência e benevolência, e não são montanhas de desgaste nervoso ou permitir-se pensar que tudo tem uma boa solução e se, por acaso, não está ainda à vista, poderá ver-se a solução adequado no tempo justo da resolução.
E saber, sentindo bem dentro de si, do seu coração e da sua mente, que tudo tem um modo certo e um tempo justo para se resolver de modo positivo. Isto é, tudo pode servir para ampliar e favorecer o progresso e elevação do ser se, em vez do medo, dedicar o amor que tem dentro de si à benevolência por tudo e todos que ainda não conseguem ser melhores do que são.
O amor afugenta o medo e acarinha o ser que o sente, ampliando as suas qualidades e potencialidades até ao infinito de si próprio.
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Imagem retirada da net
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Disse  Alexandre O'Neill:  Ah  o  medo  vai  ter  tudo  tudo  (Penso  no  que  o  medo  vai  ter  e  tenho  medo  que  é  justamente  o  que  o  medo  quer)  !
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19
Jul09

Alexandre O'Neill # O Tejo corre no Tejo

eva
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Tu que passas por mim tão indiferente
no teu correr vazio de sentido,
na memória que sobes lentamente,
do mar para a nascente,
és o curso do tempo já vivido.

.....Não, Tejo,
.....não és tu que em mim te vês,
.....– sou eu que em ti me vejo!


Por isso, à tua beira se demora
aquele que a saudade ainda trespassa,
repetindo a lição, que não decora,
de ser, aqui e agora,
só um homem a olhar para o que passa.

.....Não, Tejo,
.....não és tu que em mim te vês,
.....– sou eu que em ti me vejo!


Um voo desferido é uma gaivota,
não é o voo da imaginação;
gritos não são agoiros, são a lota...
Vá, não faças batota,
deixa ficar as coisas onde estão...

.....Não, Tejo,
.....não és tu que em mim te vês,
.....– sou eu que em ti me vejo!


Tejo desta canção, que o teu correr
não seja o meu pretexto de saudade.
Saudade tenho sim, mas de perder,
sem as poder deter,
as águas vivas da realidade!

.....Não, Tejo,
.....não és tu que em mim te vês,
.....– sou eu que em ti me vejo!
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in "Feira Cabisbaixa" de Alexandre O'Neill 
 
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Disse  Alexandre O'Neill:  Imaginar, primeiro, é ver. Imaginar é conhecer, portanto, agir !
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02
Nov08

Alexandre O'Neill # Amigo ; Divertimento com Sinais Ortográficos

eva
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Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo»,
 
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
 
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
 
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
 
«Amigo» é a solidão derrotada!
 
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
 
 
 
 
DIVERTIMENTO COM SINAIS ORTOGRÁFICOS
 

 

          ()
 
 
Quem nos dera bem juntos
Sem grandes apartes metidos entre nós!
 
 
 
                     ^
Dou guarida e afecto
A vogal que procure um tecto 

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de Alexandre O'Neill
in “Poesias Completas” 


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Disse  León Daudí:  Um bom amigo é alguém para quem não temos segredos e que, apesar de tudo, nos aprecia !
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