Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Mar08

Vitorino Nemésio # Verbo e Abismo

eva

.
Já da vaga vocálica dependo
Como a alga que a onda leva à areia:
Mas eu mesmo, que a digo, mal entendo
A voz que clama a minha vida e a enleia.

Se intervenho no som gratuito, ofendo
Seu sentido secreto e íntima cheia:
Transtornado por ela, emendo, emendo,
E é ela que me absorve e senhoreia.

Verbo ao abismo idêntico, toado
Sobre os traços de fogo que precedem
A presença de Deus no monte irado,

Ao teu sopro de amor as vozes cedem
O que a morte decifra e restitui
Ao espírito liberto do que fui.
.

.
In “O Verbo e a Morte”
1959, Livraria Morais Editora
.
.
Disse  Fernando Pessoa :  o poeta vale aquilo que vale o seu melhor poema !
.
.
23
Mar08

Vitorino Nemésio # Relações de Incerteza

eva
.
...................I

É esse o desejado coração,
A paz de folhas em branco?
Mas abro a palma da mão
E é como se fosse manco.
Tudo pergunto em decúbito,
Como um ensaio de morto:
Sinto-me vão de súbito,
Navio longe do porto.
Talvez, mudando o ritmo à vela, expanda
As moléculas ácidas que me tolhem.
A minha vida não anda.
Chove. As aves recolhem.
O céu é um cogumelo radioactivo,
O mar petróleo sem peixes.
Homem, eu, de ti cativo,
Só te peço que me deixes!
Guarda-me em pó, electrifica-me,
Trata-me a equação provável:
Sou o teu gás de sonho – quantifica-me,
Homem, mais que o fumo, instável.
No dia, no dia (digo)
Entrópico, falaremos:
Espera-nos a morte
Na última bolha fria
Da caldeira estoirada,
No positrão oriundo de um urânio exaurido,
Com orbe, coração e o dizê-lo – perdido.
.
........................II
.
Em todo o caso, em todo o caso,
Ainda um talvez,
Como em Boltzmann e Gibbs a vastos formalismos:
Uma poeira astral era uma vez
E foi-se pelo y dos abismos.
Mas logo outra galáxia calculada
O vermelho longínquo condensou.
Eu digo por hipótese: Do nada,
Deus, que é cálculo e amor, tudo tirou.
Que eu, se pudesse, ao giz pedia apenas,
Além da cal mortuária, o α carbónico
De um homem novo:
O meu filho electrónico,
Aliviado das minhas penas.
Mas, pra milagre tal, que é dele, o ovo?

.
in "Limite de Idade"
Estúdios Cor, 1972
.
.
Disse  Rabidranath Tagore :  cada criança que nasce traz consigo a mensagem de que Deus ainda não perdeu a fé no homem ! 
.
.
(α = alfa. Primeira letra dos alfabetos grego e siríaco.     Usa-se para designar o princípio, o início)
.
.
16
Mar08

Vitorino Nemésio # Romance de Xangô

eva
.
Lá em Matatu Pequeno
Uma cortina de cassa
Velava o Pègi de Anísia,
Iahorixá da Bahia.
Já aquedes e alabês
Enchem o casto terreiro
De bustos de bronze adustos
E corpetinhos de crivo.
Um cheiro a canela e a cravo
Paira, dos verdes de Oxóssi
Ao branco e azul de Nãnã:
Que teremos candomblé
Até romper a manhã.
Rum, rúmpi, lé já perfilam
Suas cordas de atabaques.
Um mugido de zebu
Vibra nas peles de carneiro,
Agasalha as velhas negras
Em saiote de sinhá,
E os dentes dos negros púberes
Em etéreas melancias
Destilam saliva e sumo.
A noite de oiro tornou
Meu rosto negro de fumo.
Ouvi um timbre de cobre:
É o xerê de Xangô.
Dàzinha, que o peito encobre,
Branca e vermelha, chegou.
É negra. Seu rosto duro
Parece o duplo machado
Que lhe talha os alvos ossos
Sob o véu da pele de sombra.
Terrível, firme, rodada,
A Filha do Raio assombra.
Dàzinha, quando iàô,
A sua lã de ovelhinha
Nas mãos de Anísia deixou.
Seu cabelo vira arame
De que tira os braceletes
Para dançar a Xangô.
Deixem-na! Deixem-na! Sobe
Nas fitas-de-cor do tecto
O relento das gargantas,
O casto aulido nagô.
Dàzinha, com os pés em leque
E as aspas das mãos nas ancas,
Como grávida de um deus,
Tenebrosa, começou.
Primeiro, peneira cravos
Na roda da sua saia;
Depois queima um seio vivo
Na chama do movimento;
Faz do outro seio cego
A carapaça do cágado
Grato a Xangô. E um galinho,
Com crista de fogo, cheira
A fogo no seu focinho.
Dança, dura e verdadeira,
Dàzinha no candomblé.
Xangô gosta de amalá:
E da terra do terreiro
(Batido, ressoa o chão)
Dàzinha, a ponta de pé,
Dançando, amassa pirão.
Sua aromas em seu busto
Perfumando o caruru:
É um anjo de azeviche
Que salta de canguru.
E eu, atônito, estrangeiro,
Sentindo um agbé nas veias,
Vejo tudo rosa e beje,
Encolhe-me ao seu girar:
Está jogando a Cabra-Cega;
Dança – e parece voar!
Não que tenha nada de ave,
Salvo de galo nagô,
Nem peninha meiguiceira
Seu corpo pesado alou.
Mas, porque dança esvoaçando
Como ave de trilho pobre,
Vejo-a avestruz de Nigéria
Nos braceletes de cobre.
Ao seu calcanhar de pau
O chão do terreiro é oco;
O deus bebe-lhe o suor
Mais doce que água de coco.
Pára, tonta, possuída,
Muge sagrada, escorrendo
Fúrias de Xangô dançadas,
Leões do Sudão morrendo.
Vejo tudo negro e beje;
Nas toalhas encharcadas,
Como quem embala fruta,
Chica seus seios protege.
Então, velando-lhe o rosto,
Como o do deus, falquejado,
O sacrifício e o desgosto
Arfam no peito suado.
Outra vez dança Dàzinha
O rito do fogo breve,
A lança da guerra preta
E o pilão da escravaria:
Pavlova, com véus e dedos,
Mais fundo não dançaria.
Até que, tendo prostrado
Su'alma de anéis e fugas
Em vénia à Iá do Alaqueto,
Seu corpo de ébano fica
Definitivo e quieto.
Outra vez Xangô a abrasa
Na viração da Bahia;
O diadema do caçoilo
Em sua fronte luzia.
As negras, fechando os olhos,
Comem pavios inteiros
Acesos no seu dançar;
E então, passando o caçoilo,
Alta, nutrida de lume,
Dàzinha vem me abraçar.
Não é coisa do outro mundo
Nem convite ao mestiçar:
É o «ritual muito limpo»
(Diz Pessoa) do deitar.
Passa-me os braços nas costas,
Tremenda, digna e direita;
Duas vezes seu pescoço
Toca o meu, pra mo sagrar,
Como quando à noite deita
O seu minino a ninar:
E lá vai, mais pura ainda,
Arder, arder e dançar.
.
Oiçam agora! Não levem
Mais brancos ao candomblé!
Fechem a barra à Bahia,
Ponham Lévy-Bruhl no Index,
Queimem o Museu do Homem,
Esqueçam tudo: Pavlova
De pernas coregrafadas,
Hermes, a Antropologia,
A Psicanálise, Froboenius,
Gobineau, a Etnografia,
As religiões comparadas ...
Mas, pelo amor de Deus, não levem
Mais brancos ao candomblé!
.
Dàzinha, Xangô virada,
Sendo negra, o Fogo é!
.
.
in "Violão de Morro... e 9 Romances da Bahia"
.
.
Disse   Malcom Forbes :  o objectivo da educação é transformar uma mente vazia numa mente aberta !
.
.
09
Mar08

Vitorino Nemésio # Corsário das ilhas (cap. X)

eva

A CIDADE DO CANAL
.
11 de Outubro de 1951
.
.
Prometi uma vez retratar as sete cidades ou burgos em que vivi por mais tempo, e afinal não passei de umas duas. Tendo começado pela terra onde nasci, esqueci-me por lá em minudências saudosas.
Os naturais dos sítios são como os criminosos: voltam ao lugar do delito. Não que eu subscreva àquilo do poeta que diz, que «sempre o pior mal é ter nascido». O mal ou a culpa de Adão remiu-a Cristo com sangue – e Ele próprio se lustrou nas águas do baptismo, ainda que o Santo Espírito o tenha gerado sem mácula. Fora disso, não há mal algum em vir. Se o mal existe independente da consciência que o apreende e do coração que lhe dá campo, tal como o bem impassível, os homens de carne e osso os vivem e padecem – pois que o bem-proceder nasce de paixão levantada. Sem suor do rosto, sem alento e outros sinais de existência, como queixar-nos da vida? Isto de Mundo é irrecusável. Só há perdão para a repulsa do Mundo no anelo da Santa Cidade.
Ora, as minhas cidades não seriam santas, decerto, – que nem Jerusalém nem Roma me couberam, – mas eram as melhores que dar-se podiam a um vivo desenraizado. O mais importante nas memórias de homem um pouco peregrino é esse ponto dorido que o coração acusa quando se lembra do transplante. Partir, arrancar de um lugar, é pagar o preço da viagem, que sempre nos sai da pele. Morei em terras estranhas por largos lapsos de tempo e, apesar de as deixar para voltar às nossas, estremecia sempre. Vamo-nos semeando pelo mundo como um punhado de trigo que só numa única leira daria seara que se visse. E estes semeadores salteados, custa-lhes muito a ceifar... «Terra quanta vejas» – é o lema do morar e possuir.
Os pés de barro que tornam o recordar vulnerável são o «eu fiz», «eu aconteci», forçosos na recordação. Mas já me desenganei; – pois, como oficial de escrever e de falar, tenho de me agarrar ao pronome antipático e ostensivo: «eu», «eu» a torto e a direito... Como o bom carpinteiro não larga a plaina da mão, o escritor, mais que a pena ou o teclado da máquina de escrever, não pode largar o «eu». «Que me arrancan mi yo!» gostava Unanumo de gritar, creio que com Michelet. A primeira pessoa do plural, aliás, também não fica bem a quem não apascente ovelhas de redil humano. Oh ! o emprego dos pronomes: a eterna história de O Velho, o Rapaz e o Burro...
Mas dizia eu que o arranque do sítio onde vivemos resume o pó da jornada, fá-lo tragado e sufocante como nenhuma outra curva do caminho. Lembro as pequenas torres das igrejas e da Câmara da Praia, na ilha Terceira, que, deixadas ao alto da Boa Vista, me pareciam sepultar nos seus alicerces de tufo as casas dos meus e dos vizinhos, a escola, as ruas do trânsito e da gandaia, o cais e o areal dos sonhos. Eu chegava a Angra e, pouco a pouco, outras torres, – maiores e tão duramente históricas, que duas delas, as da igreja do Castelo, campeavam entre torreões que haviam sido estrangeiros, assestando bocas de fogo sobre os naturais da ilha inermes, – começavam a organizar em torno de mim a intimidade, a confiança, e dali a bem pouco o apego. Alguns anos bastaram para me naturalizar ali. E confesso até, que, apesar de ter feito o meu transplante num palmo redondo de ilha, nunca uma aclimação me custou mais do que essa.
As raízes então violentadas eram as mais tenazes, as primeiras. Depois, lentamente, a planta humana vai-se acostumando a que o destino, que é jardineiro, a «disponha», – e acaba por ter o seu sistema de implante como que em estado de alarme. Umas gotas de água de rega chegam para lhe tornar algum viço.
Mas dói, custa sempre... Recordo-me mesmo de que a minha segunda transplantação, a de uma ilha para outra, foi que me deu o tema para reviver a terceira, – então já um salto grave, quase transoceânico, das ilhas para estas nossas portuguesas paragens, a que nós, os ilhéus, chamamos «o Continente», de um ponto de vista telúrico que deve ter seu sentido em etnopsicologia. E é curioso que a evocação da largada decisiva tenha surgido noutro transe crucial de filho pródigo: a minha primeira fixação no estrangeiro.
A sempre-mesma visão da terra deixada, em panorama, parecia levar, com o apartamento, a carne do saudoso aderida ! Era outra vez toda a planta arrancada que se retraía e sentia murchar pouco a pouco. Algo assim como estas modestas largadas deve ser o passo do rio de Caronte. A uma perspectiva negra, de eclipse e de fim de mundo, sucederá, mediante a transição adequada, a adesão gradual à perspectiva nova que nos vai convidando e absorvendo. Não custa estar... ser objecto de censo demográfico, de recolher e de alvorada, de almoço, de sesta e ceia. O que dói é tornarmo-nos de repente sujeitos do mundo concluso e ausente, juízes na própria causa subitamente processada ali diante de nós... naquelas casas do amor e do hábito que fogem... que se aninham ao longe e é em nós que se comprimem.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
.
.
excerto do capítulo X  in  "Corsário das Ilhas", Bertrand, 1956
.
.
Disse  Jules Renard :  escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido ! 
.
.
02
Mar08

Vitorino Nemésio # O Bicho Harmonioso (dois poemas)

eva
.
Em Março, os textos de Domingo serão dedicados a Vitorino Nemésio.
.
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de Dezembro de 1901 na Praia da Vitória, ilha Terceira, e faleceu em Lisboa a 20 de Fevereiro de 1978.
Aluno pouco brilhante (ou bastante incompreendido pelos professores), reprovou um ano e concluiu o curso geral dos liceus com a nota de dez valores.
No entanto, o seu primeiro livro de poesia, Canto Matinal, foi publicado em 1916 e o primeiro livro de ficção, Paço do Milhafre, em 1924.
Licencia-se em Filologia Românica em 1931 na Faculdade de Letras de Lisboa, onde fica a leccionar e onde fará o doutoramento em Letras em 1934.David Mourão-Ferreira diz o seguinte de Nemésio: «Não é fácil esboçar o perfil de Mestre Vitorino Nemésio, já pela incessante mobilidade do modelo, já pela extrema variedade e pela invulgar sobreposição dos traços que o caracterizam. … … Mas a dificuldade do retrato não deriva apenas da diversidade, da complexidade e da acumulação de imagens do retratado: deriva também da força íntima de cada uma delas, da exuberância do talento (porque não dizer genialidade?) com que se têm afirmado, em Vitorino Nemésio, o poeta e o professor, o ficcionista e o crítico, o cronista, o biógrafo, o historiador e o filósofo da cultura. … … não vejo, aliás, mais ninguém, que depois nos falasse igualmente do pensamento de Husserl e da teoria dos quanta, da filosofia de Heidegger e do código genético… De súbito, porém, podíamos vê-lo ainda pegar da sua viola para nos tocar um trecho de Albéniz ou uma canção tradicional da Ilha Terceira… Mas enganar-se-á redondamente quem suspeitar – diante de tal profusão de aptidões, de talentos, de apetências e de recursos naturais – que porventura exista, em Vitorino Nemésio, o quer que seja de um diletante. O seu caso, pelo contrário, é o de uma personalidade de tipo fáustico, para quem o mundo do conhecimento não tem limites.»
.
.
.
........................A CONCHA
.
A minha casa é concha. Como os bichos,
Segreguei-a de mim com paciência :
Fachada de marés, a sonho e lixos ;
O horta e os muros – só areia e ausência.
.
Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se as vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos.
.
E telhados de vidro, e escadarias
Frágeis, cobertas de hera – oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.
.
A minha casa... Mas é outra a história :
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
.
.
..O FALECIDO POETA
.
Os mortos tinham perdido
Todos os costumes de vivos,
Perfeitamente defuntos.
Este – não era esquecido ;
Aquele – falava de assuntos
Muito diferentes, do céu...
E um, que era distraído,
Só tinha ao lado, apodrecido,
Um bocado do chapéu ;
…Mas é porque não estava completamente falecido.
.
Era, aliás, o único
Que, pela posição,
Guardava a ideia de recta ;
E, como tinha estudado história,
Havia um buraco púnico
No fundo da sua memória.
Os outros mortos chamavam-lhe – o Falecido Poeta.
.
E na verdade havia
Na sua cabeça descascada
O essencial da Poesia :
Um céu de osso,
Sem uma única estrela ;
Uma lua de cal e um sol de barro grosso ;
E, por cima, uma noite de sete palmos
Debaixo de uma aurora amarela.
Os outros mortos viviam sem dia nem noite – calmos
.
Ora, uma vez que o Semi-Vivo teimou
Em esquecer-se de vez
Ou reassumir de tudo
A claridade – chorou ;
E foi assim que talvez,
Querendo falar, ficou mudo
E, procurando, não achou
Uma lágrima... outrora...
Ao toco do seu dedo
Chegara um filtro de chuva,
Seria no mundo uma hora.
.
Chovia muito. Os outros mortos tinham medo
De resfriar – e chovia.
Por dentro da janela, na vida, estava a viúva
Do Defunto Poeta.
E chovia.
Cada defunto abriu o seu guarda-sol, como uma seta…
E lá ficaram todos, debaixo de chuva e de poesia.
.

in “O Bicho Harmonioso”, Coimbra, 1938
.
..
Disse  Paul Valéry :  Nem sempre sou da minha opinião !
.
.
Há já outro poema de Nemésio anteriormente publicado neste blog
.
.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Simpatias recebidas

@@@@@@@@@@@@@@@ Campanha da Amizade, amizade de Aida Nuno @@@@@@@@@@@@@@@ É um blog muito bom, sim senhora! , amizade de Coffee Cup @@@@@@@@@@@@@@@ Prémio Dardos, amizade de Lady Magenta, poetaporkedeusker, Velucia @@@@@@@@@@@@@@@ Blog de Ouro, amizade de poetaporkedeusker, Maria José Rijo, Velucia @@@@@@@@@@@@@@@ Prémio Magic Blog, amizade de Maria José Rijo @@@@@@@@@@@@@@@ Prémio Seu Blog tem Néctar, amizade de poetaporkedeusker @@@@@@@@@@@@@@@ Prémio Mimo Samoga, amizade de poetaporkedeusker @@@@@@@@@@@@@@@ Prémio Medalha de Ouro, amizade de poetaporkedeusker @@@@@@@@@@@@@@@ Selo Best Blog, amizade de Alice Alfazema

ESCRITOS de EVA

Bem vindos! Namastê!

Reflexão

Aquilo que pensas ser o cume é apenas mais um degrau - Séneca

Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2008
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2007
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2006
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D