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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

04
Jun09

Oportunidade de vida

eva

- Se a vida é uma oportunidade de progresso individual, as palavras de Jesus, na cruz, dirigidas a Deus – está consumado! – têm outra amplitude, não têm?
- Que queres dizer com outra amplitude? Têm o significado que cada um lhe quiser dar. É como esses seres ali, atarefados nos seus trabalhos, irradiando brancura e paz e movimentando-se tão levemente que parece que nem pisam o chão. Têm também o significado que cada um lhe quiser ou puder dar, assim que os visualizam ou percebem. Tudo é assim na nossa vida. Uma percepção, uma interpretação e um significado em conformidade com as nossas possibilidades e quereres. E também em conformidade com os nossos tempos e espaço.
- Contudo, se olharmos em volta, somos todos muito diferentes uns dos outros.
- Diferentes em quê? Na aparência ou no entendimento?
- Pois, nisso e mais ainda com certeza.
- Somos como as plantas dum jardim. Podem crescer selvagens ou de modo equilibrado, direitas e com mais ou menos falhas e ramagens. Podem ter picos, nenhuma floração, uma flor ou muitas flores. Tudo depende do jardineiro que somos connosco. Se apararmos os excessos crescemos sempre para os céus.
- Há plantas, até trepadeiras que, em vez de se elevarem, se debruçam sobre si mesmas.
- Esses serão os ensimesmados, os depressivos em constante pena e remorso de si mesmos. São os que, na sua angústia, ainda não conseguem entender que todos podemos errar, contudo é o estado de permanecer no erro que é o erro. Se utilizarmos os erros como avisos de não voltar a ter esta ou aquela atitude, eles transferem-se rapidamente para qualidades.
- Oh!
- Oh?

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Imagem retirada da net
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Disse  Thomas Moore:  Num jardim, a alma encontra a sua necessária fuga da vida e a sua porta de entrada num espaço onde a eternidade é mais evidente do que o tempo !
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04
Fev08

Os problemas

eva
Todos temos problemas, sejam os vulgares do dia-a-dia, sejam os mais ou menos graves, implicando maiores ou menores sacrifícios.
As questões que podem colocar-se são também variadas.
Mas, regra geral, os nossos problemas são menos ou mais difíceis de superar conforme a nossa capacidade para os resolver ou para conseguir ultrapassá-los.
A capacidade para simplesmente os resolver é mais fácil. Sobretudo se envolvem dinheiros e prazos pois é evidente que ter o dinheiro para pagar no momento certo é bom e recomenda-se.
Mas neste, como em todos os casos, é a nossa capacidade de os enfrentar que os torna incomensuráveis ou ténues.
Quantas vezes, geralmente depois de conseguirmos ultrapassar as situações, vemos pormenores que antes não tínhamos sequer suspeitado. Nem da sua importância nem da sua existência sequer.
E esses pormenores poderiam ter feito a diferença da solução.
Muitas vezes nem sequer teríamos de os ter suportado sózinhos.
Quantas vezes nos admiramos de ver portas que se nos fecham na cara quando mais precisamos ou, pelo contrário, mãos inesperadas de boa vontade que se nos estendem.
E quantas vezes foram essas mesmas pessoas esquecidas por nós.
Passado o tempo ajustado para ver com discernimento aquilo que nos emocionou, ou exaltou ou preocupou excessivamente, percebemos que poderíamos ter resolvido tudo de outro modo, mais pacífico e confiante.
Confiante de que cada um tem o peso das dificuldades que pode suportar.
Porque o excesso de peso somos nós que o criamos.
Paciência em suportar o menos bom e serenidade para dourar a esperança em dias melhores, são os melhores remédios e antídotos.
Mas o sofrimento sente-se sempre.
Só não atinge o desespero.
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Edvard  Munch

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Disse George Moore : há sempre um modo correcto e um modo errado. O modo errado parece sempre mais razoável ! 
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20
Jan08

Thomas Moore # A Emoção de Viver a Cada Dia

eva
A terapia contém, por vezes, um moralismo subtil, um peso mesmo para aqueles que apreciam a sua eficácia. No mínimo, podemos acrescentar a meta do encantamento a todos os tipos de terapia, observando o que a alma deseja, o que a estimula e lhe dá ânimo para prosseguir.
Como vários poetas já lamentaram, os deuses partiram e nós vivemos uma época em que Deus e Adão já não caminham juntos no frescor do anoitecer. Ou, como afirmou Jung, os deuses agora surgem na forma das nossas doenças. Quando uma percepção do sagrado abandona um povo, o encantamento também desaparece, pois na verdade ele é a canção das ninfas na nossa música, a voz das fadas nos nossos discursos, os duendes e gnomos labutando no nosso trabalho. Quando nos deixamos convencer por especialistas a levar a vida com excessiva seriedade e literalidade, perdendo a fantasia e o sonho para o pragmatismo e o obsessivo empenho pelo «crescimento pessoal», então as próprias forças que podem concretizar as nossas metas desaparecem. A nossa medicina mata-nos e as nossas filosofias de mudança evitam que sejamos transformados.
O sagrado dá a tudo o que fazemos uma ressonância poderosa e expressiva. Sem essa reverberação sagrada, sofremos uma vida triste, carente, unidimensional. Vivemos esta falta de dimensão como problemas pessoais e desordem social e respondemos com programas pessoais e sociais. Mas o que é mesmo necessário é uma genuína terapia socrática de serviço àqueles elementos, facilmente reconhecíveis, que promovem o encantamento. Eles prometem um retorno da alma e a restauração de um estilo de vida sagrado - no fundo, a única terapia que funciona. 
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in “A Emoção De Viver A Cada Dia”
de Thomas Moore

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Disse John Updike : os sonhos tornam-se realidade. Se assim não fosse, a natureza não nos incitaria a sonhar !
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25
Mar07

Thomas Moore # A Emoção de Viver a Cada Dia

eva
25 de março de 2007

«Ecologia» é composta por duas importantes palavras gregas, cada uma delas uma porta para os mistérios que se encontram na própria base da vida humana. A sua etimologia desvia a atenção da ciência e concentra-a na emoção e no mistério, na religião e no coração. Se pudéssemos pensar na ecologia como um desenvolvimento tanto da vida interna quanto da externa, poderíamos aprofundar e humanizar o nosso relacionamento com a natureza.
«Eco», uma forma abreviada do grego oikos, significa lar, quer seja uma casa humana, um templo, o lar dos deuses, e até mesmo a «casa» astrológica ou domicílio de um planeta. Uma palavra sagrada cobrindo várias e profundas áreas da vida, oikos abrange a nossa busca emocional de um lar, a construção e o zelo dispensados a igrejas e templos e a procura astrológica das combinações mais férteis de tempo e lugar. A um nível mais profundo, a ecologia envolve a prática espiritual de construir um lar para o homem e, mais misteriosamente, de encontrar um lar para a alma.
Logos, a outra parte de «ecologia», é outra palavra cheia de mistérios. Embora seja comummente explicada como «o estudo de», como em psicologia e geologia, a palavra tem muitas implicações sagradas. No Evangelho Segundo S. João, Jesus é chamado Verbo (Logos): «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.» Na antiga Sabedoria de Salomão, está escrito que a «palavra [logos] todo-poderosa desceu dos céus e do trono real» (18:15). No início do Corpus Hermeticum, encontramos: «O Verbo iluminador, que vem da mente, é o filho de Deus» (1:6). Esses textos importantes mostram que logos contém tanto mistério que é usado para denotar a própria divindade.
Junte-se esta abrangente noção de logos à misteriosa palavra oikos e tem-se «ecologia», uma ideia de lar infinitamente profunda e misteriosa. Vendo a ecologia por esta perspectiva, ultrapassamos o literalismo e o materialismo da habitual imagem que temos da natureza e aproximamo-nos de um dos grandes mistérios que motivam o dia-a-dia das nossas vidas: estamos sempre a criar um lar para o coração e em busca da casa da divindade.
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in “A Emoção De Viver A Cada Dia”
de Thomas Moore

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