Aventuras do dia-a-dia
Eles vêm trazendo as suas bandeiras.
São as bandeiras de países e a verdade é que sempre que estamos fora das fronteiras, as bandeiras e as simbologias nacionais adquirem valores mais fortes em nós e nas nossas recordações.
Esses símbolos passam a carregar também a soma das nossas emoções.
Então tudo se torna diferente, porque até o sítio mais desagradável se torna ameno, se nos mostra algo da nossa terra longínqua.
São identidades físicas e, como dizia alguém a quem o trabalho afastara da sua terra, as emoções eram muitas e o coração batia muito rápido sempre que se aproximava da sua terra ou se encontrava sequer nessa direcção.
A nossa casa paterna, como a nossa terra, recolhe e guarda igualmente muitas das nossas mais importantes emoções.
Conheci um casal que, ao ir habitar uma nova casa, encontrou escrito numa parede um resumo da vida dos anteriores habitantes e os desejos de felicidades para os habitantes seguintes.
Eles também se propunham escrever, na continuação do texto e na mesma parede, o resumo das suas vidas, ali, para o próximo habitante, tal fora o agrado da descoberta e da ideia. Era um fio de emoções que se seguia a cada frase que se lia.
A casa ficou mais acolhedora e trouxe uma espécie de amizade entre eles e os que escreveram as mensagens, mesmo sem nunca se terem realmente conhecido.
Partilharam, desse modo, numa parede, as suas aventuras e felicidades por intermédio de uma casa comum.
Enfim, aventuras do dia-a-dia.
Imagem retirada da net
Disse Madre Teresa de Calcutá: As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável !
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