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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

18
Mai09

Exemplos

eva

Uma serrania de cumes altos e longínquos. Um prado verdejante e animais em liberdade um pouco por todo o lado, ora correndo, ora quietos.
Nem uma brisa sopra nesta altura do dia em que o Sol vai alto.
Assomaram devagar para ver aquilo tudo – a maravilha da natureza ao vivo. Essa grandiosidade e beleza que é a vida expressa nas mais pequenas coisas e que só um bom observador vê.
- Será uma autêntica prisão a que sente cada um pelos seus deveres?
- Muitos desses deveres são criados por nós.
- Outros são-no por educação tradicional.
- Sim mas, na maioria dos casos, são supérfluos e tanto mais difíceis de deixar conforme os caprichos que cada um quer satisfazer.
- Mas o bem-estar não é comodismo. Este é o excesso de bem-estar, certo?
- Efectivamente, a comunicação e as exigências sociais clamam tributos. As compras de carro, casa com decoração moderna e tecnologias de ponta para o trabalho. Sem essas aparências até o melhor profissionalismo parece afundar-se.
- Pois, muitas famílias, actualmente, dividem-se por discussões sem amor, mas com plafonds de comparação com os amigos.
- Tudo se pode tornar um círculo vicioso para o indivíduo mais incauto.
- Talvez se possa alcançar a humildade de querer apenas o necessário e trabalhar com o melhor, com perfeição.
- E investir tanto em si como no auxílio ao bem-estar dos outros mais atrasados.
- Servindo de exemplo, talvez…
- Só serve de exemplo para quem quer ver exemplos.
.
.
.

Albert Schweitzer (Prémio Nobel da Paz em 1952) e esposa, Helene Bresslau, no Rio Ogoval, Lambaréné
Imagem retirada da net



Disse  Pe. Manuel Bernardes:  Não há modo de mandar, ou ensinar, mais forte e suave do que o exemplo. Fazer uma coisa, e mandar, ou aconselhar outra, é querer endireitar a sombra da vara torcida !

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05
Abr09

José Manuel Mendes # Poemas

eva
.
.

- Pai
este frio gela

- Filho
vem soltar as estrelas
do teu sonho




(página arrancada a um velho bloco de notas)

 

 despertar é um fruto breve


basta carregar de sentido
o que virá depois.





apontamento


conjuguemos o tempo
.................................no futuro
o condicional não terá projectos
quando o presente é de termos mãos
..........................................e sermos nós
vamos conjugar a história do homem
no plural
...................empurrar estes minutos
..........................................que param
e crescer
...............entre a sombra e para a frente 
 

 


.
de José Manuel Mendes 
in "A Esperança Agredida"
.

 

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Disse José Manuel Mendes: Tão íntima a certeza das coisas que os homens romperam sombras e cantaram !
.

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25
Nov07

Anónimo Séc XVII # Arte de Furtar

eva
Dos que furtam com unhas mimosas
.
Assim como há unhas fartas, também as há mimosas, que são suas filhas e por isso piores, por mal disciplinadas, porque para regalarem a seus donos furtam mais do necessário. Furtar o necessário, quando a necessidade é extrema, dizem os teólogos que não é pecado, porque, então, tudo é comum e não há nem meu nem teu, quando se trata da conservação das vidas, que perecem por falta do que hão mister, para se sustentarem; mas furtar o supérfluo, para amimar o corpo e regalar a alma, é caso digno de repreensão e ainda mal que sucede muitas vezes. Como agora: ponhamos exemplos, porque exemplos declaram muito.
É certo que a qualquer ministro de el-rei basta o ordenado que tem, com as gages lícitas do ofício, para passar honestamente, conforme a seu estado. Pois se lhe basta um vestido de baeta, para que o faz de veludo? Se lhe sobeja um gibão de tafetá, para que o faz de tela, quando el-rei o traz de holandilha? Para que come galinhas e perdizes e tem viveiro de rolas, se pode passar com vaca e carneiro? Para que despende em doces e conservas o que bastava para casar muitas orfãs, bastando passas e queijo, para assentar o estômago, sem lhe causar as azias que padece pelos muitos guisados que não pode digerir? Para que são tantas mostras do reino e de Canárias, bastando uma de Caparica ou de mais perto? Por verdade afirmo que vi, em casa de um nesta corte, mais de quinze frasqueiras e não era flamengo; e outro que mandava borrifar o ar com água de flor para aliviar a cabeça, que melhor se aliviaria não lhe dando tanta carga de licores.
Muitos mimos são estes e que não podem estar sem empolgar as unhas na fazenda que lhes corre pela mão, e por isso lhes chamo unhas mimosas. Quien cabras nò tiene y cabritos veinde, donde le vienen? Meu irmão, ministro, oficial ou quem quer que sols, se vossa casa, ontem, era de esgrimidor, como a vemos hoje à guisa de príncipe? E até vossa mulher brilha diamantes, rubis e pérolas, sobre estrados broslados? Que cadeiras são estas que vos vemos de brocado, contadores da China, catres de tartaruga, lâminas de Roma, quadros de Turpino, brincos de Veneza, etc.? Eu não sou bruxo nem adivinho; mas atrevo-me, sem lançar peneira, afirmar que vossas unhas vos granjearam todos esses regalos, para vosso corpo, sem vos lembrarem as tiçoadas com que se hão-de recambiar no outro mundo. Porque é certo que vós os não lavrastes, nem os roçastes, nem vos nasceram em casa como pepinos na horta. 
.

.

.in "Arte de Furtar"

.de anónimo séc. XVII

.(actualmente atribuído a Padre Manuel da Costa)

.

08
Abr07

Manuel Maria Barbosa du Bocage # À Paixão de Jesus Cristo

eva
8 de abril de 2007

O filho do grão rei, que a monarquia
tem lá nos céus e que de si procede,
hoje mudo e submisso à fúria cede
de um povo, que foi seu, que à morte o guia.

De trevas, de pavor se veste o dia,
inchado o mar o seu limite excede,
convulsa a terra por mil bocas pede
vingança de tão nova tirania.

Sacrílego mortal, que espanto ordenas,
que ignoto horror, que lúgubre aparato!...
tu julgas teu juiz!... Teu Deus condenas!

Ah! Castigai, Senhor, o mundo ingrato;
caiam-lhe as maldições, chovam-lhe as penas,
também eu morra, que também vos mato.
.

“Poesias”; ed. Inocêncio da Silva
In “ A Paixão de Cristo na Poesia Portuguesa”
de António Salvado

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