Equilíbrios
Somos seres necessitados de sociabilização e, ao mesmo tempo, somos seres anti-sociais em recolhimento individual por opção própria.
Precisamos de encontrar o equilíbrio…
- Dos doces?
- Hã?
- Equilíbrio nos doces…
- Bem, podemos ir por aí… O equilíbrio dos doces ou da doçura nas nossas vidas. Somos todos criaturas de amor e doçura, das plantas aos animais, dos inanimados aos animados, aos indivíduos de todas as raças e culturas.
- E dos vingativos…
- A vingança antes do desejo de a ser, ou ter, é dor insuportável, consciente ou velada. Quantas vezes interpretamos, desejamos até o que não é mas o que nos parece que é, o que parece, com toda a certeza possível, e patente em todos os indícios que vamos encontrando. Tal como se esses indícios fossem semeados para nós os encontrarmos, ali mesmo à vista desarmada, para serem interpretados de modo igual ao que pensámos previamente e que nos objectivou essa mesma procura.
- A realidade muda assim?
- A interpretação que damos às coisas, geralmente, pré-existe nas nossas cabeças antes de as provarmos, ou confirmarmos por isto e por aquilo. Por isso cada um tem a realidade que merece, se interpretarmos esse merecimento em conformidade com os pré-requisitos dessa interpretação. Isto é, todos somos parciais nas interpretações a que somos levados, ou induzidos, pelo nosso carácter pessoal – por angústia, por orgulho, por distracção, ou afastamento ou isolamento ou por excessiva dedicação às coisas.
- Então somos o que escolhemos ser, conscientemente ou não?
- Somos o que podemos ser a cada instante e que podemos começar a alterar por nosso livre-arbítrio e, seguidamente, manter com a nossa força de vontade.
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Disse Louise Nevelson: O que chamamos realidade é o consenso a que chegámos para podermos viver melhor !
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