- spere! Espeeereee por mim! Ora!

…

- Voltou atrás? Para mim, uma velha?!

- Voltei porque percebi que queria a minha ajuda, ou não queria?

- Queria e quero… porque preciso. Já não consigo atravessar sozinha, o movimento faz-me muita confusão…

- Pois, pois.

- Não pensei que voltasse atrás para mim.

- Eu voltei assim que percebi que se dirigia a mim.

- E a quem mais poderia ser, se só estava o senhor aqui?

- Sabe… estava embrenhado em pensamentos sobre as minhas preocupações e ouvi apenas uma voz ao longe. Depois, apercebi-me que a voz não estava tão longe assim e voltei-me… Foi quando a vi…

- E depreendeu que tinha sido eu a chamá-lo… Deixe estar, hoje são todos assim. Vivem as suas vidas e até têm receio de parar, porque podem ser assaltados – foi o que já me explicaram.

- Sim, sim, Até usam velhos, crianças e deficientes para fazer as suas jogadas com a boa vontade das pessoas…

- Pois é triste é, sobretudo quando é verdadeira a necessidade de ajuda. Bem, não o quero demorar mais, senhor. Obrigada e tenha um santo dia!

- Ohh! Obrigado, igualmente para a senhora.