- er digno disto ou daquilo – que achas? Fica bem aqui, no folheto?
- Nem pensar! Ninguém quer ser digno de nada a não ser da felicidade, da supra felicidade a que todos acham ter direito.
- Escrevo o quê, então?
- Quais são as fotos que pretendes juntar?
- Estas que aqui estão, já apartadas.
- Humm…
- Que foi, também não gostas destas?
- São coisas diferentes – o que nós achamos, na melhor das nossas intenções e sentires, e o que convém mostrar, ou declarar, num folheto de apresentação. Aí, temos que jogar com imagens do marketing, quer se queira quer não. Porque está em causa o ganha-pão de uma família, pelo menos.
- Não podem ser assim tão diferentes, ou podem?
- Oh, se podem! Vivemos em sociedade, numa sociedade de consumo e de princípios que, se calhar, são mais finalidades do que princípios.
- Não sei se quero ir por aí. Gosto das diferenças positivas e creio-me uma delas, por isso acho que vou pôr tudo como me apetecia fazer.
- Faz pois, tal qual achas que deves fazer. A questão é de não esperares lucros, apenas a reunião com outros semelhantes a ti.
- E não é isso o mais importante?
- Sei lá, existem mais semelhantes a ti?
- Hã?
- Às vezes pareces E.T.! E isto deveria parecer-te um elogio, já agora…