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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

03
Dez12

Importa ser, sentir e viver

eva

egressar, voltar

Ao ninho familiar

Aos lugares de nossa infância

Ou do tempo

Em que sentimos…

E recordamos…

Infâncias são o que são

Transtornos e pesares

Horrores e penas

Ou beatitude e felicidade

Brincadeiras e risos.

Infância ou madureza

Idade não importa

Importa ser

Sentir e viver

Realidade

Sem prejuízos

Felicidade alargada

Simples

Em harmonia estelar

Unidade cósmica.

10
Abr11

Infância

eva

- om dia, hoje!

- Estás a dar o bom dia a quem? Não está aqui ninguém…

- Estou a dar o bom dia ao dia, ora!

- Só mesmo uma criança… Vê se cresces!

- Pois sou, mas se calhar vejo melhor que tu.

- Talvez… Mas vamos lá saber porque dizes isso.

- Digo porque quero cumprimentar o dia, dar-lhe abraço e beijinhos, mas não consigo. Por isso digo bom dia ao dia.

- Mas porque cumprimentas o dia?

- Porque posso acordar e perceber que acordei, porque posso lavar-me e ficar perfumado com aqueles cheirinhos que compraste, porque posso comer e ir brincar com os meus amigos.

- Mas isso fazes tu sempre!

- Pois… mas vi na têvê que há meninos nos hospitais todos ligados em panos brancos e cheios de sangue, e outros que moram em montanhas feitas de lixo, e não de terra e flores como estas que vejo da nossa casa. Eles gostariam de um banho como o meu, não gostariam?

- Humm…

- Vês aquele ali? Era como os outros que vi, coitadinhos. Alguns não viam, outros não tinham uma ou as duas pernas e tinham que ficar sempre sentados ou arrastando pelo chão como o meu camião. Foi muito, muito triste. Por isso quero dar beijinhos nos dias em que posso mexer-me. E quero pedir ao Jesus que cuide deles, como cuida de mim.

- Já agora pede também para que não haja mais guerras, pela paz e bom entendimento dos adultos.

- Achas? Está bem. Sabes… eu sei que ele me ouve.

- Sabes?

- Sei!

 

13
Abr10

Viver a vida

eva

m dia destes passei por uma escola primária e ouvi os gritinhos e risos das crianças nas suas brincadeiras de recreio, ou intervalo, como agora se diz.

Pareceu-me uma eternidade o relembrar o tempo em que também fui assim.

Nem me parecia ser da minha vida, a minha infância pareceu-me irreal – completamente.

Depois horrorizei-me, pois como podia suceder tal coisa, se minha infância foi feliz e tão cheia de boas recordações?!

Mas continuava longe… longe…

A vida dá tanta volta, parece que pode destruir tudo o que melhor existe de nós.

Por outro lado, também se pode colocar a hipótese de ter sido eu a relaxar as boas lembranças, dirigindo a minha atenção para os problemas que vão surgindo e suas possíveis soluções…

Olhando para trás, não foi apenas na infância que aconteceram alegrias. Pela vida fora houve muitas ocasiões de felicidade.

E, ainda hoje, a felicidade me rodeia, sobretudo se lhe der forças para tal.

Por isso, talvez a infância e os outros tempos de felicidade tenham ficado longe porque não lhes dei atenção suficiente para os ter sempre à mão nas minhas memórias mais frequentes…

Talvez ainda consiga inverter a posição das coisas e pensar mais no melhor e menos no pior, ou no mais problemático, de cada dia...

Talvez consiga ainda dar mais força à felicidade do que ao resto que vai aparecendo…

Talvez a minha família mais íntima e eu mereçamos mais oportunidades de desfrutar, com toda a energia que lhe possa dar, a vida que temos.

Talvez possamos todos sorrir mais, gritar, mesmo, de alegria genuína.

Ou seja, ser capaz de manter a alegria simples da infância nas coisas simples e que estão em nosso redor.

Ser capaz de ver e sentir todas essas pequeninas coisas boas que perfazem igualmente a nossa vida.

- Ora, mas isso é viver a vida!

 

01
Jan10

Um Feliz 2010

eva

 

Retornar a casa! Sonhos, carinhos, recordações de criança e juventude…
Primeira metade de uma vida que irá sempre influenciar a vida restante, a nível de intimidade de sentimentos e de sentires pelo que vem, para ser vivido a cada dia.
Abraços e despedidas, um último olhar para trás, já na estrada…
Alguém me disse um dia algo assim: mesmo a dormir, quando se aproximava da terra natal o coração começava a bater mais depressa e acabava por acordar.
Felizes os que têm tão boa lembrança da infância e tão boas referências de refúgio.
Outros, pelo contrário, têm que construí-lo e é aí, na casa de família que formaram, que está o seu próprio refúgio.
Porque é disso mesmo que se trata – ter um refúgio, um posto de segurança para partilhar tristezas e alegrias.
E todos precisamos sentir, também, um refúgio terreno.
 
Desejamos a todos que o novo ano de 2010 possa trazer um bom refúgio de amor e paz!

 

 

29
Jul09

Brincadeiras

eva

- Se todos nos entreajudarmos vamos conseguir com certeza…
E todos deram as mãozitas e fizeram a rodinha do costume, cantarolando esta e outras canções, mais que sabidas e decoradas.
Decoradas a ponto de acordarem a cantar sozinhos.
Muitos, assim que acordavam, já davam pulos na cama enquanto os pais os iam vestindo, entre os pulos e os escorregas instantâneos pelo colchão e pela roupa da cama.
Viviam uma época feliz de suas vidas, da sua infância privilegiada.
Era Verão e o bom tempo reclamava brincadeiras ao ar livre.
- Ao ar livre? Hoje em dia essas brincadeiras não existem! Hoje são os jogos de consola e outros electrónicos do género – individuais e de jogar fechados em casa.
- É verdade, mas estes tinham outra sorte e outra iniciativa.
- Faziam desportos radicais para manter os valores de adrenalina?
- Não, brincavam simplesmente, como nós em criança.
- Na rua? Formando grupo nos becos sem saída?
- Que ideia! Pensa com simplicidade que, concordo, é mais difícil descortinar. Mas ainda existe e existirá sempre quem consiga passar entre os pingos da chuva sem se molhar.
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Imagem retirada da net
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Disse  Khalil Gibran:  Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças !
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03
Mar09

Dia de aniversário

eva

Hoje é um dia especial – é um dia de aniversário de pessoa querida.
Os dias de aniversário englobam nos parabéns, pelo menos, duas pessoas – a criança e a mãe.
Nas famílias mais felizes e organizadas englobam três, considerando o pai.
Noutras famílias, o pai pode nem sequer ser conhecido ou ele próprio pode não querer dar-se a conhecer.
Os primeiros dois estão sempre presentes e bem juntos um com o outro até esse momento de separação – o nascimento.
Depois, seguem-se os anos e os tais aniversários, com mais, ou menos festas e alegrias.
Muitos adultos, por opção, deixam de festejar o seu aniversário e alguns até conseguem passar o dia esquecidos do significado de tal data.
Porém, a data poderia ser recordada, mais que não fosse, por ser uma data agendada – o começo desta vida.
Uma data para parar e olhar regularmente para o percurso percorrido.
Afinal, o que foi feito na nossa vida?
Desde a infância e desde os nossos sonhos mais veementemente sonhados… Dos nossos desejos e ambições… Do que fizemos com sacrifício ou com toda a facilidade… Em que pessoa nos tornámos?
- Raramente no que gostaríamos…
- Seja sempre no melhor que soubemos ser a cada momento!

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Imagem retirada da net

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Disse  Fernando Pessoa:  Os sonhos são como a tradução para uma língua de coisas intraduzíveis de outra !

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05
Nov08

A persistência da memória

eva

Ursinhos e desenhos infantis. São assim as coisas para bebés.
Cheias de bonecos alegres, sorridentes, às vezes com músicas suaves ou engraçadas e com toadas, ao mesmo tempo, dinâmicas.
Também se usam muito os sons de xilofone ou de harpa e essas melodias são lindas!
- Posso saber porque estás tão saudosa dessas coisas todas de bebés?
- Porque não entendo o que acontece a seguir?
- Então… a seguir crescem.
- Oh! Pois, isso é evidente. Quero dizer que não sei porque depois se usam, por exemplo, roupas tão escuras – os jovens até usam regularmente o preto. E a maioria das pessoas parece usar, a cada ano, roupas mais pesadas e escuras.
Quanto às músicas, passam para versos sem rima e, por vezes, sem música que se perceba mais que um ritmo.
E ouvem-se ritmos fortes que parecem batuques tribais e que podem ser misturados com sonoridades computorizadas.
- Resta então o jazz e melodias mais clássicas, temas de filmes, etc.
- Sim, mas desaparecem da vida quotidiana esses sininhos do xilofone e os toques alegres dessas músicas, tão saudosas.
- No Natal, algo lembra novamente essas musicalidades e tons alegres, agora para as festas.
- Sabes que mais? Gostaria que fosse sempre assim – cores alegres, rostos risonhos e a graça do carinho no ar. Nem percebo porque não pode ser assim.
- Hábitos, culturas e… lapsos de memória dessas doçuras.

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Imagem retirada da net

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Disse  Santo Agostinho:  Encerro também na memória os afectos da minha alma !
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23
Jan07

O tempo

eva
23 de janeiro de 2007

- Mamã, sonhei com fadas cor-de-rosa e muitas flores...
- Agora não tenho tempo. Temos que sair já, já!
- Mas agora é que me lembro. Depois esqueço, mãezinha!
- Já te disse que agora não dá! Vamos depressa. Olha a chuva. Corre!
- Não quero correr mais!
- Ainda falta muito. Anda então mais devagar.
- Não quero ir! Quero voltar para casa e ficar quentinha na cama!
- Isso é o que todos queremos. Mas eu tenho de ir trabalhar e tu tens que ir para a escola. Pronto, diz lá o teu sonho!
- Não me lembro!
- Era de fadas... Olha, já chegámos. Então contas logo!
- Mas já me lembro, mamã!
- Mas agora já não dá outra vez. Bom dia! Aqui está ela! Até logo, querida!
- Porque choras?
- Queria só contar um sonho lindo que tive. A minha mãe era uma fada e queria fazer a surpresa de lhe dizer no fim. Mas nem me deixou começar...
- Talvez logo...
- Posso contar-te a ti?
- Não, agora vamos começar com um jogo. Já estão todos?
...
(Afinal que tempo tem o tempo, ou o tempo não tem tempo? Para que verdadeiramente importa o tempo, se o tempo é para nós - todos nós?)
07
Out06

O Norte

eva
7 de outubro de 2006

Futebol, guerras, vacinas, finanças e investimentos, publicidade a despropósito e mais notícias do país e do mundo.
No mesmo teor de desgraças de todo o tipo, mais as de origem natural: tufões, fogos, degelos, tempestades...
Estes são os resumos, cuidadosamente preparados, da nossa cultura, 2000 anos depois de Cristo.
Parece que a cada desafio de bem-estar se processa uma contra-resposta guerreira.
Pergunto-me se as pessoas perderam assim o norte das suas vidas, do seu rumo à felicidade.
Não será uma questão de religião, nem sequer de não-religião.
Será antes um menosprezar do respeito e dignidade do outro quanto a si próprio.
Quem não é digno de si não pode ser digno dos outros.
Quando se valorizam as violências, quaisquer que elas sejam, não se valorizam as possibilidades de felicidade e bem estar.
Tudo o que nos rodeia mostra poderes de renascer e de qualidades boas.
Desde os ciclos da natureza às crianças - tudo renasce e se desenvolve em plenitude.
Porque se esforça tanto o Homem por destruir o que tem de bom?
Todos somos potencialmente bons. Porque se esforçam tanto os adultos em renegar as suas responsabilidades? Pior ainda, em complicar e até denegrir, as suas vidas e as dos outros.
Talvez seja altura de envidar esforços para produzir o melhor de nós próprios e mostrarmos do que somos efectivamente capazes de fazer.
Das nossas vidas - para começar.
Deve haver algures uma criança naturalmente boa dentro de todos os adultos.
Só temos que a deixar falar e seguir as suas opções de simplicidade.
Gozar o dia à espera do próximo, sem ilusões nem planos difíceis a não ser a simplicidade de viver, digna de si mesma e harmonizando-se com os outros.
Cumprindo os seus deveres e sendo útil, pelos seus esforços e sorrisos, à comunidade onde se integra.
Isto tudo porque, ainda hoje, "o melhor do mundo são as crianças".

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