Somos luz
ós e os outros
Somos
Estamos
E quem somos?
Onde a individualidade?
Onde o grupo?
Nós e os outros
Quem somos?
Sempre que o quisermos
Por nós e pelos outros
Somos LUZ!
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ós e os outros
Somos
Estamos
E quem somos?
Onde a individualidade?
Onde o grupo?
Nós e os outros
Quem somos?
Sempre que o quisermos
Por nós e pelos outros
Somos LUZ!
al qual somos
Mais ninguém é
Somos únicos
Na individualidade do ser
Somos muitos
Em semelhança
Em diferenças
De pensares e atitudes
Somos muitos
E não somos nada
Nada do que seríamos
Se soubéssemos ser
Tudo o que poderíamos
Para isso há uma eternidade
Uma infinidade
Não apenas um momento
Se soubéssemos ser
Tudo o que poderíamos
Se soubéssemos ser
Tudo o que poderíamos ser.
- ais de férias?
- Vou, oh, se vou! Preciso descansar e o Inverno é o melhor tempo para mim. Não tem o bulício das gentes que em multidão se atropelam, ocupam tudo e geralmente de modo selvagem. No Inverno tenho o aconchego do calor da lareira e da manta, dos casacos e dos abrigos e… tenho a água cristalina que me encanta e faz tanto bem. Eu gosto!
- A cada um as suas preferências, porque eu gosto também de água, desde a da torneira à do mar e, ainda, dessas multidões que falas, mais do calor, das praias, dos sítios cheios de gente animada, convívio constante…
- Pois é isso mesmo, demasiado convívio e constantemente!
- Pois, pois. Bem vistas as coisas o afamado, e cantado, Abril em Portugal será o meio-termo entre as preferências.
- Mas eu não quero o meio-termo, estou muito bem com os meus gostos e nem os acho excessivos. Ora tu e as tuas coisas! Gosto assim, gosto! E nem vejo desequilíbrio nem exagero nestes gostos. Apenas isso – preferências alicerçadas ao longo de anos com a minha personalidade, adaptada ao correr de cada ano.
- E que disse eu que contrariasse isso?
- Estás sempre a questionar o ser individual de cada um!
- Não estou nada! Quando muito observo a personalidade de cada ser…
- Ora! E a vida vivida a gosto onde fica? Onde está esse espaço de acção?
- A vida pode ser aproveitada correctamente ou não?
- Aí tens! A cada um o seu modo de ver, interpretar e viver a vida. Adeus.
- Onde vais?
- Ai ai! Vou comprar as passagens para uma estância de banhos, que esta conversa já tem água a mais…
- Para quê? Para estares isolado, com calor e águas tens a tua casa sem pagares mais.
- Não, eu gosto de mudar de paisagem, conhecer novas terras, costumes e pessoas…
- Ahh!
osto tanto de poder viajar, ver, observar novos costumes, novas gentes, novos lugares, novas paisagens.
Parece que se abre outro horizonte de vida dentro de nós. É como se a vida se desdobrasse…
Percebo os que viajam sem parar em lugar algum, porque isso traz vida na vida e os dias passam com outro interesse, outra vivacidade.
- Mas não há construção.
- Construção? Pois se nem é preciso casa nem nada…
- Quero dizer que o indivíduo não constrói nada de si, não forma família, não faz trabalho nem configura relações interpessoais perenes. Tudo é passageiro.
- Exactamente, não há âncoras nem ligações, apenas a sensação de liberdade. Muito bom!
- Muito bom enquanto tudo corre bem e a saúde ajuda. Se há algum problema não há ligações de ajuda, a não ser as de ocasião e isso pode ser pouco, pouquíssimo.
- Então! Recebe conforme deu…
- Tal qual!
iz-me com quem andas e dir-te-ei quem és!
- É um ditado muito velho e verdadeiro até certo ponto. Ou seja, os grupos que acompanhamos, ou que nos acompanham, acabam por nos identificar perante uma sociedade instituída.
- Não é só isso. Mentalmente também há afinidades, ou seja, pensam todos de modo semelhante e fazem, ou têm, atitudes igualmente semelhantes.
- Isso não é bem assim, porque em grupo pensam e agem de um modo que, sozinhos, nem tentam e muitas vezes nem sequer tal lhes ocorre.
- Parece que há como que uma nuvem de comportamento que os envolve quando se juntam e que se desfaz quando não estão juntos.
- Talvez seja por isso que tentam estar juntos a maior parte do tempo.
- Talvez. Na realidade os outros acabam por formar uma ideia igual de todos eles, estejam junto ou separados.
- De qualquer modo, todos se inter-influenciam. Mas, muitos estão lá por terem medo de estar sozinhos.
- Medo? Ou por não gostarem, simplesmente?
- Tanto faz, porque a razão é a mesma – o desconforto de estar só.
- Que pena, porque na solidão crescemos em nós mesmos e é em solidão que alcançamos, primeiramente, a paz íntima!
- No entanto, nos grupos há sempre quem mal e quem bem influencie os outros. É necessário estar muito atento para não pensar, ou fazer, em conformidade com o grupo, aquilo que não temos afinidade para fazer quando estamos sozinhos, como indivíduos.
- Evidente que o grupo não pode ser a desculpa, mas falar é muito mais fácil que conseguir chegar aí.
E se a vida fosse uma miragem?
E se tudo o que víssemos, ouvíssemos e sentíssemos fossem oportunidades para refazer algo que devesse ser refeito porque, algures no tempo, algo semelhante ficou mal feito?
- E se a vida fosse uma ilusão? Já agora!
- Precisamente!
- Hã? Isso é para levar a sério ou estás a brincar?
- Estou a colocar-te uma hipótese. Supõe que todos os problemas que tens são problemas, sim, mas para serem resolvidos exemplarmente e não para te sentires atormentada, menos ainda tolhida de aflição.
- Mas isso é inevitável, senão em vez de problemas eram ocasiões de relaxe e prazer.
- Sim e não. Os problemas são para resolver, com certeza. Mas são para resolver tentando, o melhor possível com o melhor de nós, para a sua solução. Mesmo que isso signifique o caminho mais longo ou penoso.
- Que queres dizer, exactamente? Eu tenho sido honesta e resolvido tudo da melhor maneira que sei.
- Sem dúvida, mas o quero dizer é que devemos ser honestos, honestíssimos e, mais ainda, devemos lembrar-nos com benevolência de quem, por vezes, provoca os nossos problemas e das suas razões…
- Mesmo que essas razões sejam obtusas?
- Mesmo que sejam obtusas, porque isso quer dizer que estão condicionados, de algum modo, a não perceberem a realidade das situações e engendram outras situações que não existem. Ou porque desejariam que assim fosse ou porque pretendem ter poderes para mudarem o que julgam errado, no seu pobre entendimento das coisas.
- Há desses?
- São os que se acham acima dos outros em conhecimentos, sejam estes a dar-lhes superioridade entre a família, no grupo social em que se inserem, na política ou em comunidades ligadas ao desenvolvimento moral-espiritual.
- E não são?
- Quando são verdadeiramente superiores são humildes e essa superioridade expande-se no seu exemplo de comportamento pessoal, sem alarido nem publicidade.
- E até lá?
- Até lá, nada! Todos temos consciência que nos dá sinal quando vamos por caminhos errados e todos nos interligamos, influenciando-nos mutuamente. Há que ter cuidado com a nossa individualidade e seguir bons exemplos. E evitar seguir pessoas ou pretender afirmar a nossa vontade nos outros, nas suas vidas e opções.
- Mesmo que essas opções nos pareçam erradas ou perigosas?
- Aí podemos falar, e até insistir uma ou outra vez, para termos a certeza que fomos entendidos em notar outro ponto de vista na análise da situação. Mas a decisão cabe sempre ao interessado.
- Isso se o interessado estiver lúcido, se não for criança, nem demente, nem viciado, naquela altura dos acontecimentos e decisões!
- Evidentemente que há os casos excepcionais, mas não transformemos todos os que não têm a nossa opinião em incapazes.
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