- h! Cá vamos nós outra vez à mesma hora fazer o mesmo de sempre.
- Feliz de ti que tens trabalho!
- Não! Isto é, sim! Mas não estava a falar do trabalho, estava a referir-me ao trabalho voluntário, sem receber um tostão, mas cansando tanto como o outro.
- Então para que vais lá? E já agora onde é o «lá»?
- Vou porque, como o nome indica, é voluntário, ou seja de vontade, e vou fazer o que gosto. Além do mais sinto-me útil.
- Útil? Ah! Pois deves ser!... E assim é menos um trabalhador assalariado…
- Não, não! São situações em que nem havia trabalhador algum, são trabalhos de solidariedade em que se junta um grupo de pessoas de boa-vontade para o fazer.
- São os chamados trabalhos de sapa?
- Talvez, mas o que quero dizer é que não estava ninguém para o fazer. São visitas de agradabilidade e companhia a doentes que não têm ninguém. Ou são ajudas de sopa e sandes directamente a sem-abrigo que não têm outro consolo, ou são ajudas de arrumação e divisão de pacotes de comida por zonas, etc.
- Mas há instituições que tratam disso por objectivo, ou não há?
- Há, mas não chegam a todos e há sempre os que nem percebem a informação útil e vão ficando nas ruas, por aí…
- E esse trabalho é individual?
- Não! Geralmente é de grupo, e pode ser de grandes grupos ou pequenos. Individualmente é mais difícil e talvez nem seja tão eficaz.
- Humm!!??
- Além disso acaba por gerar-se um certo companheirismo e conversação alegre.
- São atitudes maternais sem ser de mães para filhos biológicos…
- Amor maternal é um amor grandioso de dádiva e há quem o tenha e há quem não seja ainda capaz de o sentir, seja mulher, seja homem, seja filho. Amor maternal é uma designação para um amor maravilhoso de partilha e abnegação, de benevolência e…
- Já percebi! Adeus - Bom dia!
- Bom dia para ti também.