Vamos imaginar que estamos num exame oral, dos antigos.
Isto é, que temos, aproximadamente, 10 minutos para mostrar o que aprendemos no último ano, a bagagem da nossa cultura em termos globais, a capacidade do nosso entendimento e dialéctica, assim como a velocidade de raciocínio e de re-conjuntura estrutural dos nossos conhecimentos perante a resposta solicitada.
- Já agora, convém não esquecer que era isso tudo à frente de professores que, geralmente, nos amedrontavam e que não conhecíamos, à excepção de um – o nosso, do ano lectivo.
- Exactamente! E isso era uma prova exigentíssima para quem estudava ou por quem era responsável por si e pelo seu saber.
- Mas lembras isso porquê? Era uma prova simplesmente horrível pela sobrecarga de nervos que implicava, a ponto de muitos, sabendo perfeitamente a resposta, sofrerem de uma amnésia ou mudez imediata e compulsiva, que não lhes permitia qualquer hipótese de responder em tempo útil.
- Pois, pois… Era uma lástima ver bons e conscienciosos estudantes falharem, mas também era agradável ver e ouvir outros tão aproveitadores dos estudos feitos. Enfim, era uma prova de 10 minutos para decidir o futuro…
- Mas a que vem essa lembrança?
- Vem a propósito de me perguntares o que é para mim a vida. Pois, a vida é para mim um exame que decorre em minutos, se pensarmos na eternidade do espírito ou na existência infinita do ser. Nesses minutos, que para nós são 50 a 80 anos em média, estamos confinados a um determinado espaço e corpo físico. Além de milhares de condições e condicionalismos que nos são dados, temos que prestar prova de exame das nossas capacidades e conhecimentos a cada dificuldade e da nossa humildade a cada sucesso, tudo muito bem temperado com Amor.
- Achas? Parece uma história-base de ficção…
- Imagina então que estamos como num cenário, em que os adereços são os problemas e vicissitudes do nosso passado, que ali aparecem para provarmos que já não os resolvemos agora como anteriormente e que os resolvemos de melhor modo – para nós, para os outros intervenientes da situação e do processo, assim como respeitosamente para todo a ambiente natural que nos rodeia. Todos e tudo faz parte de uma criação magnífica, que tem leis muito próprias a regê-la. Leis essas que são para se cumprir e que o Amor ajuda e incita a resolver correctamente.
- Então o amor…?
- O amor não tanto, mas o Amor – esse é a maior força do universo, a mais poderosa lei cósmica que existe e que nos subsidia a evolução…
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Rafael - Pormenor de A Escola de Atenas
Imagem retirada da net
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Disse Heráclito de Éfeso: Não nos banhamos duas vezes na mesma corrente do rio !
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