A verdade é um estandarte para a integridade de si próprio, em si mesmo, nesta vida, no quotidiano, nas relações com o mundo que rodeia cada um de nós – seja este visível e perceptível, ou invisível e transcendente.
Sempre que agimos em verdade, ou com a verdade, estamos a gerar e a vivificar a integridade em nós, de nós para com os outros.
- Então se eu pensar uma coisa mas, por delicadeza, disser outra para não magoar ou ser agradável a outrem deixo de ser íntegra?
- Nessa altura porque não calar em vez de falar o que não é?
- Ora, por força das circunstâncias, por hábitos sociais, sei lá!
- Pois, realmente deve ser mais por hábito adquirido do que por razão raciocinada. A não ser que haja aí interesse em ser especialmente agradável para alguém?
- Também parece exagero ser sempre cortante em vez de agradável…
- Ora ai está uma questão importante. Não é necessário, de modo algum, ser cortante; pelo contrário, o que se deve promover é precisamente a elaboração de pensamentos agradáveis ou passivos, em vez de desagradáveis ou indiferentes. A partir daí começa outra construção do edifício mental – um edifício de benevolência e carinho por todos – e a paz instala-se no coração sem mais percalços.
- Isso quer dizer que acabam os sobressaltos e os medos?
- Quer dizer que é um meio seguro de viver a vida de modo mais tranquilo e feliz, um modo construtivo em si.
- E todos merecemos isso?
- Todos merecemos o melhor de nós mesmos, sem interferências, para sermos cada vez melhores.
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Imagem retirada da net
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Disse Florbela Espanca: Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade !
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