O que somos?
Onde estamos? Onde vivemos? O que somos? Afinal, o que é isto…?
Há uma força criadora que estabelece vida em inúmeras formas e composições e essas composições recompõem-se constantemente em renovadas formas de vida, e daí até ao infinito.
Até ao infinito, porque é o termo que usamos com o sentido de não fazer a mínima ideia do que este é, mas conceituamos que é enorme ou que significa uma enormidade que não conseguimos calcular.
O infinito representa, por isso, a nossa pequenez, a nossa incapacidade de prever além de determinados limites – em suma, representa as nossas limitações.
Somos finitos em nossas representações e cálculos, mas o suficiente para perceber que além de nós, assim existentes deste modo, deve existir uma força coordenadora, criadora e estabelecedora de todas as outras, porque no nosso imaginário tudo tem um centro, um cerne donde tudo expande e repercute em ondas sucessivas.
Somos também suficientemente finitos para perceber que conseguimos emanar alguma dessa força magnífica em nós, por nós e para o exterior de nós. Sendo esse exterior maior para uns que para outros.
E nessa finitude conseguimos perceber e projectar, por equações lógicas ou pensamentos elaborados, tudo o que poderia existir, tudo o que deveria existir.
O campo da projecção lógica permite ao Homem sonhar alto e projectar-se ele mesmo no modo infinito que criou.
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Disse Cesare Pavese: É preciso procurar uma só coisa, para encontrar muitas !
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