No fim
anto sacrifício. Tanto divertimento.
Tantas dores. Tanto riso.
Tantas privações. Tanta prodigalidade.
No fim sobra o quê?
Sobra a unidade disto tudo.
Sobra reconhecer que os erros têm que ser corrigidos.
Que não vale prejudicar ninguém para conseguir isto ou aquilo.
Que o isto ou aquilo que se conseguiu, afinal não é nada assim tão importante que valha o reverso.
No fim sobra a serenidade de um caminho, seja entre pedregulhos seja em areia fina.
No fim fluímos simplesmente em bondade e também em tolerância pelos que ainda não chegaram a essa situação.
No fim entendemos que há espaço para todos porque os níveis são infinitos como infinitas são as predisposições.
No fim entendemos que o que parecia injusto e injustificado mais não era que melindre recompensado.
No fim entendemos que tudo é ilusão, por mais real que pareça e que somos como artistas em palco organizado para nós por nós mesmos.
No fim cumprimos sempre os nossos deveres e tornamo-nos aptos para uma Luz maior e íntima em nós.