- i! ´Tás bom?
- …
- Ei! Não ouves?
- …
- Mas que…!
- Aiiii!
- Ah! Agora já falas porque te doeu, mas antes para cumprimentar ´tá quieto!
- Estou só!
- Isso vejo eu! Mas porquê? ´Tás mal?
- Não, até estou muito bem. Estou a encontrar a verdade de mim e para isso explicaram-me que tenho que estar só comigo. Assim, sem qualquer interferência.
- Mas isso não é o que fazem nos conventos e eremitérios? Estão p’r’ali sozinhos!
- Pois a mim explicaram que devo encontrar a verdade de mim durante as minhas tarefas e rotinas que estabeleci para viver…
- Essa agora! P´ra quê?
- Porque assim posso analisar as minhas reações face à competitividade, ao trabalho, etc. E é dessa soma de emoções que me poderei encontrar.
- E p´ra que precisas de te encontrar, pode saber-se?
- Para me sentir bem comigo e não estar sempre a desejar ter feito doutro modo, ter sentido doutra maneira, ter calado ou falado assim ou sei lá como…
- Humm... Isso complicaria muito a minha vida. Estou feliz assim.
- Ótimo! Eu espero conseguir sê-lo…
- Hummm… mas essa felicidade que procuras acho que não tem nada a ver com esta que me satisfaz a mim…