Silêncio
ritos, confusão, barafunda
Zangas, violência, raiva
Movimentos desordenados
A desculpa é o desespero.
Mas quem desespera
Tem movimentos lentos e maquinais
Ou paralisa
Sofre silenciosamente
Porque já não tem voz
Para emitir um som sequer…
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ritos, confusão, barafunda
Zangas, violência, raiva
Movimentos desordenados
A desculpa é o desespero.
Mas quem desespera
Tem movimentos lentos e maquinais
Ou paralisa
Sofre silenciosamente
Porque já não tem voz
Para emitir um som sequer…
eclarações, finanças e financeiros, advogados e tácticas, enfim, técnicas administrativas.
Quem vive em sociedade tem que sobreviver nesse mundo burocrático sob pena de nem isso conseguir – a sobrevivência.
Muitos, cada vez mais, votam pelo isolamento do que não conseguem compreender, do que não conseguem tratar, do desespero que, de repente, assola suas vidas.
A par disto tudo há pessoas caridosas que dão horas do seu saber burocrático em consultas gratuitas em gabinetes públicos regionais ou locais, juntas de freguesia, aqui e além. Também há linhas de acesso público, mas aí não é possível a consulta, apenas a descrição dos documentos que, precisamente, são a causa da perturbação pessoal e individual.
Resumindo a questão, apesar das ajudas, a ignorância dos problemas e da burocracia inerente é tal para o cidadão comum que este nem consegue entender o que está errado.
Outros casos há de indivíduos com pouca instrução, mas vivaços nestes assuntos, que conseguem passar entre os pingos da chuva da pesada máquina administrativa e parecem ir gozando com a honestidade de todos os que cruzam o seu caminho.
Por estes modos se regem as democracias, ou coisas do povo…
Não se desamparem, nem obscureçam ou desesperem, os indivíduos e famílias pois tudo pode ser entendível e a cada dia nasce novamente o Sol, a cada dia aporta uma oportunidade propícia a cada resolução.
A cada dia surge um novo entendimento, a cada dia renascem as consciências sociais e de si mesmo.
O amanhã é sempre um novo dia – em toda a acepção da palavra.
Os medos, os pavores e horrores que temos tolhem as nossas acções e pensares.
A nossa forma de pensar, de elaborar os pensamentos, transforma-se a pouco e pouco minando a estrutura mental sub-repticiamente.
Os pensamentos formulados com este substrato negativo por base, começam a tolher a personalidade que passa a ser medrosa e fugidia em vez de corajosa e cheia de esperança de que há sempre um futuro luminoso à nossa espera.
Esperança estruturada e movida pela fé que impele o ser na sua evolução, como uma ventania que o arrebata para o elevar, mesmo que já não tenha forças para isso.
A fé move montanhas e move tudo o que estiver a impedir o caminho da evolução a cada indivíduo.
O impossível é perfeitamente possível e até pode tornar-se uma banalidade.
Em contrapartida, as mentes transtornadas vêem montanhas de pesadelos que não os deixam mover, quanto mais sair das suas dificuldades.
As mentes acabrunhadas pelo medo têm tendência para acumular cada vez mais medos, gerados a partir do primeiro, a uma velocidade incontrolável e o indivíduo, geralmente, já não consegue aliviar essa carga por si.
Por vezes, nessa necessidade de alívio e de ar novo, o ser alheia-se da realidade, do seu dia e das noites, das suas responsabilidades, enfim.
Por fim alheia-se de tudo o que gosta e faz sentido na sua vida, de todos os que ama, e vive então como num satélite sem estar em lugar nenhum, nem com pessoa alguma que verdadeiramente lhe importe.
O desespero pode tomar conta dessa mente já adoentada e então dá-se o desgaste maior.
Deixar-se levar pela confiança que os problemas são para ser ultrapassados, com paciência e benevolência, e não são montanhas de desgaste nervoso ou permitir-se pensar que tudo tem uma boa solução e se, por acaso, não está ainda à vista, poderá ver-se a solução adequado no tempo justo da resolução.
E saber, sentindo bem dentro de si, do seu coração e da sua mente, que tudo tem um modo certo e um tempo justo para se resolver de modo positivo. Isto é, tudo pode servir para ampliar e favorecer o progresso e elevação do ser se, em vez do medo, dedicar o amor que tem dentro de si à benevolência por tudo e todos que ainda não conseguem ser melhores do que são.
O amor afugenta o medo e acarinha o ser que o sente, ampliando as suas qualidades e potencialidades até ao infinito de si próprio.
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Kandinsky
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