Estamos todos aqui
e estamos todos aqui é porque temos que resolver situações semelhantes, segundo condicionalismos em tudo semelhantes também, não é?
Pelo menos foi o que consegui perceber daquela conferência. Dizia o orador que há muitos lugares habitados no Universo, que será infinito e muito além do conhecimento humano.
E ainda dizia que o nosso desenvolvimento era como a cabeça de um alfinete do tempo da avó dele – porque os de agora têm cabeça de plástico colorido para se verem perfeitamente – perante o desenvolvimento dos seres no dito Universo.
Enfim… senti-me minúsculo com a minha vidinha e os meus pequeninos quereres de casa e rua.
- Então esse fulano acredita que a Terra não será o único planeta habitado?
- Ohhh! Isso e muito mais. Devias ter ido ouvi-lo. Ele descreveu outros seres que não humanos e as suas capacidades. Nós, perante esses que ele descreveu, nem chegamos a bebés na linha de evolução.
- E continua a luta entre uns e outros, como aqui?
- Se percebi bem essa luta dura e demora por alguns sítios, de modo até muito mais agravado que aqui. Mas outros há, por seu turno, sem lutas dessas, antes preservam a harmonia e a cura de quem vai de lugares mais lúgubres para melhor sítio.
- São lugares tipo hospitais?
- Pois isso não percebi tão bem, porque estava atordoado com tanta informação estilo banda desenhada de ficção. Mas creio que haverá ainda outros lugares, também em grande número de diversidade, consagrados somente ao bem – bem pensar e bem-fazer.
- Lugares de piedade?
- Sei lá… chama-lhe o que quiseres! A mim deu jeito saber que o modo de viver pode não ser apenas isto que observamos e que há outros mundos…
- E acreditaste nisso tudo?
- Ele foi eloquente e lógico no que dissertou e explicou. Nesta altura... isso chega para mim.