Mudar de atitude
Uma gaivota voava, voava… asas de…
E aqui, no areal, estão gaivotas, mas não estão a voar. Estão a debicar tudo o que encontram e o que as pessoas deixaram espalhado.
- Incluindo sacos plásticos.
- Todos os anos é a mesma coisa, talvez um pouco melhor, mas ainda há muito para aprender.
- Pois, enfim… mas o comestível sempre serve para as gaivotas. E… o céu está com um azul lindo e não vou estragar o meu dia por causa disso e desses tais.
- Talvez tenhas razão, não podemos tratar de tudo e, além disso, atirar a primeira pedra?
- Quer dizer que já deixaste lixo espalhado?
- Não! Não? Vendo bem, nestes meus anos de vida já devo ter deixado outra coisa qualquer, inadvertidamente ou por desleixo, e outros apanharam – que remédio.
- Sim, todos erramos aqui e ali, hoje ou ontem. Mas também vamos observando…
- Observar e dar o exemplo! Acusar não vale a pena e, ademais, o outro só percebe quando quiser perceber.
- Porquê?
- Porque só nessa altura é que estará mentalmente disponível para mudar de atitude.
- Não estamos sempre?
- Nem pensar! Alguns há que efectivamente estão atentos a si mesmos e aos outros de um modo constante – mas são uma minoria. A grande generalidade corre – para não dizer que foge – pela vida e por tudo o que lhe diz respeito, como se a vida fosse uma estrada para percorrer depressa e não repara em nada que não seja essencial para a sua sobrevivência.
- Não desfrutam os momentos! Mas quantos há que os momentos não são desfrutáveis, mas penosos e para serem olvidados.
- Sim, pois é…
- Chegamos sempre ao mesmo – ao meio-termo, ao caminho do meio, à sensatez.
- Sempre!
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Disse Dalai Lama: Faça o bem sempre que possível; se não puder fazer o bem, tente não fazer o mal !
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