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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

13
Abr09

Que serei eu para Deus?

eva

Eu creio em Deus. E pergunto então: que serei eu para Deus?
Se Deus é tudo, é tão infinitamente tudo – piedoso, amoroso, caridoso, misericordioso, etc. – que serei eu para Deus?
Sendo Deus omnipotente – que serei eu para Deus?
É difícil para mim – na minha insignificância perante o cosmos ou perante a natureza que nos rodeia e que tem forças ainda não explicadas – perceber o que sou para Deus!
Tudo o que me dedico a construir para os outros, para mim e em mim, que significado tem isso para Deus?
As diferenças que se vêem um pouco por todo o lado – que significado têm para Deus e a sua criação?
Que sou eu nessa criação divina?
Olhando o céu, tão alto, e olhando para mim, que faço eu de mim?
Que faço da minha vivência aqui?
- Não sei, o modo de viver é responsabilidade tua.
- Pois é e não sei se está correcto.
- Está a ser como gostas, segundo os teus princípios?
- Talvez… O resto é dourado pela paciência e pela tolerância.

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Isabel Marques da Silva, Zabé da Loca
Zabé de Isabel, da loca por ter vivido 25 anos numa gruta (loca)
Imagem retirada da net

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Disse Teilhard de Chardin: Ninguém no Mundo pode salvar-nos ou perder-nos, contra a nossa vontade !

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15
Mar09

Karl-Heinz Ohlig # Religião (O tema do trabalho)

eva

Uma outra imagem assumida do mundo dos seres humanos e aplicada à obra da Criação dos deuses é a do seu trabalho.
Nós plantamos, regamos e cuidamos dos campos, cozemos tijolos e construímos cidades com eles, tal como criamos algo artístico no artesanato. Os deuses também trabalham.
Enki, o deus sumério, encheu os canais e os poços com água, criando, assim, terra arável (mito de Dilmun); Marduk, o deus criador da Babilónia, edificou ele próprio terraços, deslocou tijolos e construiu cidades, segundo um mito posterior; formou o ser humano a partir do sangue do deus Kingu, que cometeu uma falta, sendo, por isso, morto. Os restantes deuses construíram uma enorme torre num templo, para Marduk habitar, transportando e colocando os tijolos durante um ano.
Um hino dos tempos do Novo Reino diz que o deus egípcio Ptah «construiu ele próprio o seu corpo», tendo feito também tudo o resto:

«Tu formaste a Terra…
Tu, o teu próprio Chnum!» [o deus oleiro - nota do autor].
Um texto da cidade de Esna (Latopolis), no qual o deus da cidade, Chnum, se funde com o deus do Sol, Rá, louva o criador, dizendo:

«Ele estendeu a Terra a partir do seu fundamento…
Escultor dos escultores…
Chnum, que fez os deuses Chnum,
Com mão forte, incansavelmente,
De modo que não há trabalho que se faça sem ele.
Ele fez as cidades, separou as paisagens…
Criou os seres humanos no torno de oleiro…
Tu és o mestre do torno de oleiro, que gosta de Criar no torno.»

No segundo relato da Criação, no Antigo Testamento, Javé também trabalha como um oleiro e agricultor: «Então, o Senhor Deus formou o ser humano do pó da terra… Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, a oriente» (Génesis 2, 7-8).
Depois, providenciou a rega (Génesis 2,10-14) e formou a mulher a partir de uma costela de Adão (Génesis 2, 21-22).
Estes exemplos deveriam ser suficientes para mostrar que, de acordo com a compreensão das culturas superiores primitivas, a ordem só surgiu através do trabalho; sem este, tudo permanece e tudo regressa ao caos total.

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in "Religião"
de Karl-Heinz Ohlig
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Disse  Karl-Heinz Ohlig:   É bom que existam muitas religiões diferentes; ninguém quer substituir a diversidade das flores por uma única, mesmo que seja muito bela !
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24
Fev08

Teilhard de Chardin # O Meio Divino - Epílogo

eva
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Aviso prévio
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Os excertos aqui reproduzidos ao Domingo, em Fevereiro, foram retirados da obra «O Meio Divino» do padre jesuíta Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955), da edição da Editorial Presença, Lisboa, Colecção Síntese, s.d., e a selecção é da minha responsabilidade.
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Epílogo – A espera da Parusia
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SEGREGAÇÃO e agregação. Separação dos elementos maus do Mundo, e «coadunação» dos Mundos elementares que cada espírito fiel constrói à volta de si no trabalho e no sofrimento. Sob a influência deste duplo movimento, ainda quase totalmente escondido, o Universo transforma-se e amadurece à volta de nós.
Imaginamos às vezes que as coisas se repetem, indefinidas e monótonas, na história da criação. É que a estação é demasiado longa, em relação com a breve duração das nossas vidas individuais, - é que a transformação é vasta demais e demasiado íntima, relativamente às nossas vistas superficiais e limitadas, - para que nos dêmos conta dos progressos do que se faz incansàvelmente por obra e graça e através de toda a Matéria e de todo o Espírito. Acreditemos na Revelação, apoio fiel (aqui também) dos nossos pressentimentos mais humanos.
Debaixo do invólucro banal das coisas, de todos os nossos esforços purificados e autênticos é que se gera gradualmente a Terra nova.
Um dia, anuncia-nos o Evangelho, a tensão lentamente acumulada entre a Humanidade e Deus atingirá os limites fixados pelas possibilidades do Mundo. E então será o fim.
Como um relâmpago que vai de um pólo ao outro, a Presença, silenciosamente acrescida, de Cristo nas coisas revelar-se-á bruscamente. Rompendo todas as barragens onde aparentemente a continham os véus da Matéria e a compartimentação mútua das almas, ela invadirá a face da Terra. E sob a acção, finalmente libertada, das verdadeiras afinidades do ser, arrastados por uma força onde se manifestarão as potências de coesão, próprias do mesmo Universo, os átomos espirituais do Mundo virão ocupar dentro de Cristo ou fora de Cristo (mas sempre sob a influência de Cristo) o lugar, de felicidade ou de castigo, que a estrutura viva do Pleroma lhes designar. Como o raio, como um incêndio, como um dilúvio, a atracção do Filho do Homem arrebatará, para os reunir ou submeter ao seu Corpo, todos os elementos em rodopio do Universo.
Será assim a consumação do Meio Divino.
Sobre o momento e as modalidades deste acontecimento formidável, seria vão, como disso nos adverte o Evangelho, fazer especulações. Mas devemos
esperá-lo.
A espera, – a espera ansiosa, colectiva e actuante de um Fim do Mundo, isto é, de uma Saída ou desfecho airoso para o Mundo, – é a função cristã por excelência e o traço mais distintivo da nossa religião.
Aparecendo um momento entre nós, o Messias não se deixou ver nem tocar senão para se perder, ainda de novo, mais luminoso e mais inefável, nas profundezas do futuro. Ele veio. Mas agora devemos esperá-lo outra vez de novo, – não já só um grupinho escolhido, mas todos os homens – mais do que nunca. O Senhor Jesus só virá depressa quando o esperamos muito. É uma acumulação de desejos que fará eclodir a Parusia.
Sem dúvida, ainda, nós rezamos e agimos conscienciosamente para que «venha a nós o Reino de Deus».
Mas, na verdade, quantos há entre nós que se alegram realmente com a esperança entusiasta de uma refundição da Terra? Nós continuamos a dizer que vigiamos à espera do Senhor. Mas, na realidade, se quisermos ser sinceros, seremos obrigados a confessar que já
não esperamos nada.
É necessário, custe o que custar, reavivar a chama.
É necessário a todo o custo renovar em nós mesmos o desejo e a esperança da grande Vinda. Mas onde buscar a fonte desse rejuvenescimento? Da percepção de uma conexão mais íntima entre o triunfo de Cristo e o êxito da obra que o esforço humano tenta edificar neste mundo.
Esquecemo-nos constantemente disto. O sobrenatural é um fermento, uma alma, não um organismo completo. Ele vem transformar «a natureza»; mas não poderia prescindir da matéria que esta lhe apresente.
Olhemos para a Terra à nossa volta. Que se passa sob os nossos olhos na massa dos povos? Donde vêm estas desordem na Sociedade, esta agitação inquieta, estas ondas que incham, estas correntes que circulam e interferem umas nas outras, estas erupções confusas, formidáveis e inéditas? - A Humanidade atravessa visivelmente uma crise de crescimento. Ela toma obscuramente consciência do que lhe falta e do que pode. Perante ela, como lembrámos na primeira destas páginas, o Universo torna-se luminoso como o horizonte donde vai despontar o Sol. Ela pressente, pois, e ela espera.
Do que dissemos temos já bem assentes no nosso espírito as seguintes ideias: o progresso do Universo, e especialmente do Universo humano, não é uma concorrência feita a Deus, nem um esbanjar vão das energias que ele nos deu. Quanto mais o Homem for grande, tanto maior a Humanidade será unida, consciente e senhora da sua força, – quanto mais bela for a Criação, tanto mais a adoração será perfeita, tanto mais Cristo encontrará, para acrescentamentos místicos, um Corpo digno de ressurreição. Não poderia haver dois cumes no Mundo como não pode haver dois centros de uma circunferência. O Astro que o Mundo espera, sem saber ainda pronunciar o seu nome, sem poder apreciar exactamente a sua verdadeira transcendência, sem poder mesmo distinguir os mais espirituais, os mais divinos dos seus raios, é necessàriamente o Cristo mesmo que esperamos. Para desejar a Parusia, não temos senão que deixar pulsar em nós, cristianizando-o, o próprio coração da Terra.
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APONTAMENTO BIOGRÁFICO
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Pierre Teilhard de Chardin nasceu em França, em Orcines (perto de Clermont-Ferrand) a 1 de Maio de1881 e faleceu em Nova Iorque a 10 de Abril de 1955.
Padre jesuíta, teólogo, filósofo, paleontólogo, T. de Chardin é ordenado padre em 1911.
Em 1916 publica o seu primeiro ensaio, A Vida Cósmica. Em 1923 efectua a sua primeira viagem à China a solicitação do Museu de História Natural de Paris. Após um artigo sobre o pecado original mal recebido pela hierarquia, é convidado a prosseguir as suas pesquisas na China. Considerado um dos mais eminentes paleoantropologistas da sua época, integra a equipa que estuda o Homem de Pequim. Até à sua ida para Nova Iorque (uma espécie de exílio aconselhado pelas autoridades eclesiásticas), fará pesquisas científicas na Etiópia (1928), Estados Unidos (1930), Índia (1935), Java (1936), Birmânia (1937), Pequim (1936 a 1946) e África do Sul (1951 a 1953).
No entretanto, é-lhe concedido, em 1946, o título de Oficial da Legião de Honra em reconhecimento pelos seus trabalhos na China e, em 1950, é admitido na Academia das Ciências.
Em 1954, num jantar em Nova Iorque, confidencia a amigos que gostaria de morrer no dia da Ressurreição. Morre na Páscoa do ano seguinte, em 1955.
A maior parte da sua obra, de leitura desaconselhada pelo Vaticano, é publicada postumamente num total de 13 volumes.
Para um melhor conhecimento do pensamento de Teilhard de Chardin, permito-me referenciar um trabalho do Prof. Dr. Alfredo Dinis, nesta
ligação.
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Glossário:
Pleroma :  Universo consumado; Plenitude; o Todo
Parusia :  Segundo Advento; Manifestação definitiva de Deus
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Parte I nesta ligação

Parte II nesta ligação
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Parte III nesta ligação
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Disse Teilhard de Chardin : Deus não está longe de nós, fora da esfera tangível, mas espera-nos a cada instante na acção, na obra da ocasião !
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04
Set07

Bela é a criação

eva
- Sabes que há, pelo menos, dois modos de entender todas as coisas: a interpretação masculina e a feminina.
- Ahahan! É um ponto de vista! Reconheço que ainda não tinha visto as coisas por esse prisma.
Mas faz sentido, faz… Aliás, deve ser por isso que, lá em casa, há sempre diferenças.
- Ou melhor, todos somos úteis mesmo nas diferenças que, se forem respeitadas, podem levar a melhores soluções.
O mesmo acontece na natureza e no seu equilíbrio. Isto porque o Homem não ajuda muito. Contudo ultimamente assiste-se a um esforço para respeitar a natureza e as suas obras.
- Se calhar porque ela mostra agora a força bruta para se reequilibrar. Por isso assistimos a estas alterações de clima que provoca tanta desgraça para as populações.
- Sim, ver um noticiário, hoje em dia, faz impressão. Às vezes parece que está tudo louco ou desvairado.
- De qualquer modo também se vêem reportagens com imagens lindíssimas ou divulgando situações que ilustram sentimentos elevados.
- E são essas que nos iluminam os dias de esperança na humanidade.
- Sobretudo com a tal dicotomia do feminino-masculino. Os dois têm características úteis e belas, mesmo quando parecem opostas.
- Bela é a criação!

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Modelo quadridimensional do Universo em expansão

retirado de Wikipédia

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