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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

24
Mai12

Alguém para conversar ao nosso jeito

eva

- ra, muito bom dia!

- Ora viva, bons olhos o vejam!

- Ah ah! Ao tempo que não ouvia essa expressão!

- É engraçada, não é?

- Pois é e de bom presságio, pois não só é boa para o outro que é visto, como para quem pode ver.

- Lá está vossemecê a complicar tudo. Mas já tinha saudades desse seu modo de explicar tudo, do mais vulgar ao mais difícil. Devia ter sido professor… olhe, em comparação com o que se vê por aí?!

- Ora ora. Se voltássemos atrás poderíamos refazer muita coisa, mas olhe que a maioria ficava na mesma. E quanto à profissão, há sempre os que se dedicam mais e com mais gosto pelo trabalho que implica. Olhe é como tudo – em todo o lado há defeitos e o mais perfeito.

- Sim, sim, e digo que é precisamente a diferença que nos permite avaliar melhor a perfeição e a correção das coisas.

- Agora, quem está a desenvolver assuntos simples é a senhora. Pois não se resume tudo ao virtuosismo da vida durante a mesma vida?

- Humm… talvez seja só isso. E vai ficar por aqui?

- Uns dias, até o meu neto resolver uns papéis.

- Ótimo, vamos conversar à vontade, então!

- Pois, pois. Nem sempre se encontra alguém para conversar ao nosso jeito.

- Tem razão, ó se tem!

17
Fev12

Interrupções

eva

- ra, bom dia!

- Hum…

- Hum? Que fazes?

- Jogo, não vês? E se falo, perco!... E pronto, já perdi!

- Hum… Então podemos conversar?

- Conversar?! Nem pensar! Quando muito falar do que estás aqui a fazer, além de me interromper.

- Mas um jogo não é para distrair?

- Evidentemente que é! Mas eu estava a ganhar…

- Mas não é só entretenimento, uma distração para a mente? Um descansar do trabalho variando de atividade?

- Pois é!

- Então porque te aborrece interrompê-lo se nem jogas com mais ninguém a não ser tu mesmo?

- Porque gosto de estar sozinho, sem ninguém a interromper o que estou a fazer…

- Ah, não queres é a interrupção e não o parar do jogo?

- Ó senhores! É tudo o mesmo!

- Hum… bem, só passei para te desejar um bom dia de vacinação.

- Ai ai! Não podias ter começado por isso? Tenho que ir embora já. Jáááááá…

- Ok!

25
Fev11

Somos tão diferentes?

eva

- osto muito dos meus sonhos!

- Eu também.

- Mas dizias que só te lembravas de pesadelos, nada de sonhos bons.

- Pois era e ainda é assim.

- Mau!

- O que foi?

- Então como é que dizes que gostas dos teus sonhos?

- Eu disse isso? Não!

- Eu disse que gostava dos meus sonhos e tu respondeste que também.

- Exactamente!

- Mau!

- Estás toldada ou quê?

- Não consigo é entender o que dizes, ou respondes.

- Pois não tem dificuldade nenhuma. Eu disse que gostava dos teus sonhos.

- Ah, é isso! Mas… como é que sabes dos meus sonhos?

- Ora! Tu vens logo contá-los a toda a gente que vais encontrando, como um livro aberto.

- Eu não falo assim tanto de mim mesma… ou falo?

- Acho que sim!

- Isso é porque, comparativamente, tu não dizes nada de ti.

- Mas o de mim a mim diz respeito.

- Então e os diálogos, a boa sociabilização do indivíduo?

- Falando de si ou dos outros? Prefiro a sociabilização de assuntos comuns, mais que da vida de cada um.

- Isso tem maior interesse?

- Bem, a não ser que seja para prestar ajuda, não vejo qualquer interesse em falar uns dos outros pois mais parece coscuvilhice que conversa agradável.

- Somos tão diferentes!

- Somos?!

 

08
Jan11

Musicalidade da vida

eva

- á ouviste?

- Está silencioso!!! Tudo estava completamente em silêncio até falares.

- Isso mesmo, e não gostas da melodia da minha fala?

- Nem por isso, não. Preferia o silêncio, se queres que te diga!

- Oh! Toma atenção, vê se percebes a melodia que tem o timbre particular de cada indivíduo.

- Estou a tomar atenção e já disse, não acho piada, não gosto, não quero perder tempo com essas tuas manias e observações. Adeus!

- Adeus?

- Ainda aqui? Já passou uma manhã, que fazes ainda aqui?

- Nada!

- Ah! Não tenho a tua vida, não…

- Mas nem trabalhas fora, nem nada!

- Então?!

- Porque não experimentas sentar-te e sentir os sons, agora até há os cheiros de comida a pairar no ar…

- Esses dão-me fome, mesmo fome e vou tentar comer já alguma coisa…

- Olha, finalmente foi embora! Sem ela isto fica mais sossegado, oh, se fica! Mas? Devo estar vendo coisas, alucinações! É ou não é a velhinha de há bocado ali em cima, para lá daquela nuvem, o senhor não vê?

- Eu? Nem o conheço, porque me dirige a palavra? Sei lá se é de confiança para lhe responder? Mas não vejo nada, não, nadinha, nada! Adeus!

- Adeus?

 

21
Nov10

Brisas

eva

- osto muito de brisas!

- Eu não, prefiro a calma de um dia de Sol.

- Pois eu acho que dão outro tom, outra qualidade ao dia.

- Eu continuo a preferir um dia de Sol bem quente.

- Bem, a cada um as suas preferências, sem dúvida!

- Pois, eu também acho!

- Ah! E gosto muito dos pacotinhos onde vêm…

- Chamas pacotinhos a cada dia ou a cada vez que a brisa se sente?

- Sente? Pois sim, sem dúvida que são bem sentidas por quem gosta.

- Eu continuo a preferir um dia de Sol bem quente.

- De qualquer modo as brisas não são incompatíveis com um dia de Sol quente.

- Pois não são, mas o calor é amenizado por elas.

- Sem dúvida, as brisas amenizam tudo, os pensamentos, o corpo, o paladar, a boca e até a pele parece mais macia com o seu doce. Ah! São tão relaxantes! Fazem os momentos se tornarem inesquecíveis…

- Bem, tanto não direi, aliás, nem sequer pensei nunca assim a respeito das brisas. E preferes as Primaveris ou as Outonais? As primeiras são mais bruscas e as Outonais são mais serenas, não é?

- As brisas que eu digo comem-se em qualquer estação!

- Hã?

- Eu estava a referir as brisas doces da pastelaria.

- Então? E eu também! As de Outono são as minhas preferidas, não percebeste isso?

- Eu não estou é a perceber como esta conversa existe. Estamos a conversar. Não estamos?

- Como sempre!

 

20
Nov06

Tantos anos...

eva
20 de novembro de 2006

Sentado no seu cadeirão habitual falava-lhe de tudo o que se conseguia lembrar.

Ela ouvia e comentava. Conversavam finalmente.
Durante anos, ele fingia que não ouvia e ela fingia que se calava.
Estavam desencontrados na acção, mas no pensamento estavam sempre de acordo e completavam-se.
Tantos anos juntos. Parecia mentira como o tempo passava tão depressa.

Fizeram muitas coisas juntos. E outras ficaram por fazer.
O tempo de conversa fácil foi uma delas. Finalmente é tempo de poderem falar um com o outro.
Ele conta-lhe agora imagens que lhe acodem à mente. Umas até nem são boas, outras são disparatadas. Parecem um limpar de imagens de filmes ou sonhos ou qualquer outra coisa.

Parece que uma vassoura vai limpando as poeiras e lixos da sua cabeça. Lá dentro da sua cabeça, sim...
Ela lembra uns versos que lera um dia e gostara tanto que ainda não esquecera.

Eram assim: "A vida é o clarão do pirilampo na noite; é a sombra que se perde no sol".
- Então a vida pode ser sempre luminosa. É isso, não é?
- Foi o que eu entendi e por isso to digo agora. Porque, para mim, tu também foste uma luz na minha vida.
- Dizes coisas tão boas sobre a nossa vida. Ainda bem que fomos úteis um ao outro.
- Ainda bem que existimos um para o outro. E que essa existência seja um exemplo para os dias em família dos nossos filhos.
- Ainda bem que consegues limpar as poeiras da vida. Vou ver se consigo fazer o mesmo, para poder ir indo mais leve.
- Quando quiseres, porque todos os dias são bons para ir, se já se cumpriu o dever de estar aqui.
- Deixamos uma boa recordação, não deixamos?
- Acho que sim!
10
Jun06

Oiço-as falar

eva
10 de junho de 2006

Oiço-as falar e respondo como posso.
A conversa é agradável até. Mas ao mesmo tempo não consigo deixar de pensar que são pequenos assuntos e grandes dramas dos nossos dias. Do dia-a-dia.
Os signos, os destinos traçados e sei lá que mais, garantem que as nossas vidas estão previstas.
Eu devo ser diferente. Porque nem sempre penso nem reajo do mesmo modo em situações semelhantes.
E nem precisa mudar o calendário.
Em breve tempo, a opinião e a necessidade podem diferir.
Refiro-me a decisões lúcidas, não a leviandades.
Então, onde fica o pré-definido da nossa vida?
No caminho das estrelas e, talvez por isso, inatingíveis para alguns?
De qualquer modo, às vezes, tenho a impressão que já ouvi a conversa do presente - algures.
Às vezes, tenho a impressão que as nossas preocupações são apenas temas de conversa.
Outras realidades deveriam ser meditadas. Alimentadas na nossa mente.
Pensamentos felizes, dias maiores.
Paz, cultura e uma qualidade de vida melhor para todos os povos.
Todas as crianças e desvalidos. Todos os trabalhadores de vontade.
Um mundo feliz.

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