Alguém para conversar ao nosso jeito
- ra, muito bom dia!
- Ora viva, bons olhos o vejam!
- Ah ah! Ao tempo que não ouvia essa expressão!
- É engraçada, não é?
- Pois é e de bom presságio, pois não só é boa para o outro que é visto, como para quem pode ver.
- Lá está vossemecê a complicar tudo. Mas já tinha saudades desse seu modo de explicar tudo, do mais vulgar ao mais difícil. Devia ter sido professor… olhe, em comparação com o que se vê por aí?!
- Ora ora. Se voltássemos atrás poderíamos refazer muita coisa, mas olhe que a maioria ficava na mesma. E quanto à profissão, há sempre os que se dedicam mais e com mais gosto pelo trabalho que implica. Olhe é como tudo – em todo o lado há defeitos e o mais perfeito.
- Sim, sim, e digo que é precisamente a diferença que nos permite avaliar melhor a perfeição e a correção das coisas.
- Agora, quem está a desenvolver assuntos simples é a senhora. Pois não se resume tudo ao virtuosismo da vida durante a mesma vida?
- Humm… talvez seja só isso. E vai ficar por aqui?
- Uns dias, até o meu neto resolver uns papéis.
- Ótimo, vamos conversar à vontade, então!
- Pois, pois. Nem sempre se encontra alguém para conversar ao nosso jeito.
- Tem razão, ó se tem!