A clareza no falar
- ue dizes?
- Era o que eu mesmo ia perguntar...
- Mas… não ouviram nada?
- Pouco, distraí-me…
- Lamento, tive que atender o telefone.
- Bom, vou repetir…
- Não entendi! Se calhar até ouvi antes, mas como não entendi também não me apercebi que não tinha ouvido tudo.
- Se quer que diga, também não percebi bem qual é a ideia geral nem tampouco os objectivos que pretende atingir.
- Mas falamos a mesma língua!
- Com certeza, a questão é a clareza que põe nas frases e no tema que expõe. Se não lhe deu uma forma entendível, se não o organizou com índice de temas não pode esperar que compreendamos tudo conforme lhe interessa.
- Ok, vou dizer de outro modo…
- Ah! Agora entendi perfeitamente!
- Igual.
- Ora, pensei que em conversa ligeira os assuntos ficavam mais claros.
- Às vezes é um engano. Os índices, o desenrolar metódico dos temas são o melhor meio de expor as ideias.
- Então… e a conversa amiga, onde fica?
- Fica nos cochichos e na consolação de aflições. São fraternidades, não são exposição de assuntos de trabalho.
- Mas olhe que há situações que uma conversazinha resolve muito!
- Isso depende do interlocutor que tem e da ética dele.
- Hum… hum…