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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

26
Nov11

Amizade

eva

i, ‘tou aqui!

Sempre que precisares

Não esqueças o que é

Amizade

Uma forma de amar

De sustentar o outro na adversidade

Um ombro para encostar

Ouvidos para ouvir o que não se diz a mais ninguém

Uma fala que se torna conversa instrutiva

Um pensar que se partilha

Uma acção que se confia

Um estar junto sem distância nem tempo

Um viver acompanhado

Confiadamente.

Amor é isso tudo igual

Com mais intensidade ainda.

Feliz quem ama!

04
Jan11

Confiança

eva

- enho confiança, oh, se tenho!

- Confiança em quê?

- Em que tudo pode ser melhor, que vou evoluir. Adeus!

- Adeus?

- Sim, vou para longe, vou trocar de vida, de profissão, vou recomeçar em nova casa, etc.

- E tens coragem?

- Pois claro que tenho – já estou indo!

- Tiraste todas as informações? Parece que há por aí muita aldrabice especial para os mais desprevenidos.

- Os de boa mente e honestos, não é?

- Pois, exactamente esses que não vêem mal em coisa alguma. Até porque lhes é impensado tanto desvio humano.

- Pois sim, já fui a consulados, etc., etc. Já está tudo tratado e acho que não podemos estar sempre a pensar no pior. O que acontece a cada um terá alguma razão de ser e espera-se que o melhor seja a resolução.

- Admiro a tua confiança!

- Também sinto medos e até terrores, não penses que não é assim, mas sei que tenho que os ultrapassar senão os medos ainda podem atrair mais horrores e criar-me uma barreira para a felicidade que poderia acontecer-me. Por isso sei que preciso relaxar e ter confiança em mim e esperança por mim e por tudo o que é o bem.

- Livra!

- Hã?!

 

17
Dez10

Confiar no Pai

eva

ai é um condutor, é um chefe;

Alguém de confiança em quem confiamos a nossa direcção;

Por anos a fio confiamos no seu discernimento;

No seu sacrifício de chefe;

Confiamos na sua força;

Na sua lealdade para com os princípios morais e convenientes;

Em família e sociedade;

Confiamos na sua defesa para connosco;

Confiamos que nosso pai seja um verdadeiro Pai;

Desejamos que nosso pai seja um pai assim;

Desejamos ser um pai assim!

Confiamos!

 

12
Set09

Humildade e confiança

eva

Quantas vezes queremos, e sabemos muito bem como as coisas se devem elaborar e fazer a nível profissional?
E quantas vezes tal não é possível porque não há condições práticas ou quando não há independência de opiniões e alguém superior manda outra?
E não haverá outras tantas vezes que já nem tentamos explicar e assumimos as ordens dadas com tentativas – pior ou melhor conseguidas – de relaxe para com as nossas deduções?
Seguidamente vêm depressões em catadupa!
A humildade, que muitos confundem mas não tem nada a ver com humilhação, é uma preciosa ajuda para enfrentar tanto a ignorância e a arrogância, como as razões individuais e conjunturais de outros.
A humildade é um nível de dignidade adquirido pelo indivíduo. Apenas alguns podem ser humildes e essa humildade permite colher ensinamentos em qualquer circunstância, sem que tal abale a sua dignidade ou a sua compreensão dos factos ou das qualidades dos outros.
A confiança deriva da credibilidade que os outros nos dão pela sabedoria que adquiriram.
A serenidade com que alguns transmitem a sua sabedoria denota o quanto esta se alia à sua personalidade e dignidade.
Tudo serve para nosso conhecimento, mesmo que de modo passivo…
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Fotograma de "O diabo veste Prada"
Imagem retirada da net
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Disse Allan Kardec: Estude-se a si mesmo, pois o auto-conhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz !
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20
Abr09

O imediatismo

eva

Confiança e desconfiança – as duas faces da mesma moeda.
Todos as sentimos em relação a quase tudo.
Quase tudo porque, às vezes, o imediatismo é tal que não sentimos mas reagimos no instante necessário.
Só depois, mais tarde, conseguimos reunir os sentimentos com lucidez.
Nessa altura, se o indivíduo não é disciplinado, emocional e mentalmente, ocorre um diferencial entre o que foi e o que gostaria de ter sido naquela, tal, ocasião.
Aliás, podem encontrar-se diferenças, ou não, entre a emoção e a mente.
Ou seja, termos acertado no que gostaríamos de ter sentido.
- Porque dizes que depende da disciplina do indivíduo? Porque não somos todos iguais?
- Porque o indivíduo mentalmente disciplinado educou as suas variadas emoções e a mente em moderado equilíbrio entre elas e portanto reage em serenidade, em paz consigo – instantaneamente ou atempadamente.

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Imagem retirada da net

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Disse  Fernando Pessoa:  Disciplina é um princípio regrador da vida e da obra, que a inteligência aceita como verdadeira, e a sensibilidade aceita por boa !

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02
Jan09

Confiança em nós próprios

eva

Confiança em nós próprios e em algo divino superior a nós, um símbolo de perfeição eterna, faz com que se encare a vida com sentimentos de esperança.
Essa esperança ultrapassa o presente e projecta-se no futuro ainda desconhecido.
Ultrapassa até a morte, porque essa perfeição divina a que os católicos chamam Deus simboliza também a vida além da morte.
Daí decorre, de modo claro, a responsabilidade das nossas opções nesta vida.
Por isso, quem tem a felicidade desta confiança, muitas vezes resolve entregar a Deus os problemas que não consegue solucionar.
Com essa atitude pretende lhe seja enviada alguma luz para discernir as melhores opções a tomar, incluindo o nada fazer e esperar fielmente pela ajuda divina.
Os mais convictos consagram-se a Deus e seus desígnios sem delongas nem preferências materiais, muito menos exigências ou pedidos de qualquer espécie.
Ora está aí um ano inteirinho para a execução dos propósitos de cada um.
- Então e os tais que se entregam a Deus? De quem são os propósitos – deles ou de Deus?
- São deles em nome de Deus.
- Então são deles!
- São, mas guiados por Deus.
- Por isso não erram…
- Não deveriam, se forem suficientemente honestos, pois deveriam aperfeiçoar-se dia-a-dia.
- Isso pode ser considerado preguiça, não pode?
- Pode. Mas, essencialmente, a intenção é cumprir as leis divinas acima da sua vontade.
- Ou seja, mesmo contrariando a sua vontade instintiva, deve fazer o que a sua intuição manda, bem cumprindo as leis de Deus.
- Exactamente.
- Então, não é fácil não.

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de Gregory Colbert
Imagem retirada da net


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Disse  Alfred Montapert:  O seu instinto leva-o mais longe que o seu intelecto !
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13
Jun08

A confiança

eva
Confiança – um elo que se estabelece entre as pessoas. Às vezes pouco merecida mas, na maioria dos casos, é uma correspondência de fraternidade muito forte.
A confiança permite ultrapassar o isolamento e partilhar tristezas, dúvidas e alegrias.
Na troca de ideias, entre uns e outros, torna-se mais fácil chegar a conclusões úteis.
Também acontece que essas conclusões são apenas do próprio que só as confirmou ao discutir com outros.
Por vezes as dúvidas apenas existem pela falta de confronto.
Após a sua análise surge o clareio da certeza (a possível).
Algumas vezes, a confiança – a certeza – as relações interpessoais são como imagens de um caleidoscópio.
São imagens que aparecem entrecortadas de luz, cor e segmentos que as transformam em constantes figuras geométricas.
Com elas estão também símbolos, com significados ainda desconhecidos ou sem significado aparente...
E as luzes conseguem sobrepor-se com mestria em corredores de luz verde e rosa, azul, branco e amarelo.
Tudo tão belo e lindo – às vezes parece um mundo de flores e pétalas, outras vezes um mundo de recordações diferentes...
O seu brilho não deixa enganar – não são daqui…
São de lá longe, onde o finito se cruza com o infinito.
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Guilherme Tell
Imagem retirada da net
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Disse  Lao-Tsé:  Aquele que não tem confiança nos outros, não lhes pode ganhar a confiança !
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02
Nov06

Amigos

eva
2 de novembro de 2006

Um amigo de outro. Aquela amizade de confiança simples.
Daquelas coisas de oportunidade. Tudo é bom até prova em contrário.
Da parte do primeiro, a facilidade da conversa de quem não tem nada a esconder.

Tanto fala do tempo como da família.
Sempre na confiança do dia-a-dia, da compreensão por semelhança.
Na semelhança de culturas, sociabilidades, princípios, etc.
O outro, menos falador das suas coisas e tentando sempre observar o primeiro, em todos os pormenores.

Horários, referências de emprego, da família, da morada, do telefone, dos hábitos de todos lá de casa.
Enfim, conversa sãs e malsãs. Conversas sem finalidade e conversas com interesse.
Chegam as férias e, nessa altura, afastam-se por força das circunstâncias e as conversas deixam de existir.
O povo diz, com toda a sabedoria, que a verdade vem sempre ao de cima.
Qual não é a surpresa do primeiro, ver o amigo a revistar-lhe a casa. A revistar-lhe as coisas.

De espanto em espanto, acaba por perceber e confirmar os modos familiares do amigo serem tão diferentes do que parecia e dizia.
Afinal, quão diferentes são. Quase extremos.

O mal-estar instala-se com a desconfiança crescente.
Os budistas falam das egrégoras e das suas energias, bem ou mal administradas.
Muito razoável essa ideia e, na nossa companhia, devem estar pessoas bem conhecidas.

Os piores encontros são os que melhor parecem se não forem analisados com paciência e prudência.
Famílias podem ficar em risco. Não há idade para seleccionar.

Os amigos são-no na prova das situações felizes e das infelizes.
No rodar dos tempos, anos até.
A amizade é um bem precioso a preservar.
22
Jul06

Um encontro

eva
22 de julho de 2006

Voando a rasar os prédios e árvores de uma cidade.
Está tudo a preto e branco ou, melhor dizendo, a cidade está cinzenta e matizada de preto e branco.
Descendo, vêem-se as ruas e algumas pessoas que passam de carro ou caminham de um lado para o outro.
Parece que está ali um homem, já velho, que lembra alguém conhecido. Está parado no meio do passeio e parece algo indeciso.
Uma bola de luz ergue-se no céu. É o amanhecer e, então, a luz vem pintar tudo o que alcança.
Aproximando-nos do velhote, percebe-se que está mesmo perdido pois não se lembra de chegar ali.
E também não sabe onde é o "ali".
Mas lembra-se de, em novo, ter vivido numa cidade parecida. Maios ou menos por ali era o prédio.
Notando a nossa presença, semelhante à dele e alheios aos outros todos que passam por nós indiferentes, resolve perguntar se podemos guiá-lo de volta.
De volta, não podemos.
Mais para além sim, é possível se ele quiser e desejar. A confiança fez lugar no encontro.
Seguimos então com mais um convidado.
O dia estava radioso de tolerância e luz.

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