Despedidas
- deus, adeus!
- Oh! Mas chegaste agora mesmo!
- Por isso mesmo não custa nada dizer adeus. Adeus é uma palavra muito triste para mim.
- Então?
- Verdade, fico até de lágrimas nos olhos, o que para um homem da minha geração é quase pecado.
- Essa agora!
- É isso, sim. Fomos educados que só podemos mostrar lágrimas à mãe. A ela podemos dizer tudo e mostrar tudo, porque o seu amor ultrapassa tudo o que podemos pensar.
- Ahh, o amor de mãe!
- Sim, sim… Mas só as mães conseguem ser assim.
- Bem, há pais que são mais que mães. Tudo depende do grau evolutivo do indivíduo e, logo, da sua capacidade de amar.
- Pois sim!
- Mas voltando ao adeus que dizes à chegada, pode saber-se o que dizes na partida?
- Aí digo tão só até logo! Consola-me, que queres?!
- Que acho essa variante mais auspiciosa, sem dúvida.