O exemplo das flores
lores
Flores que voam
Que caem, nascem e florescem
Deixa-te florescer
A exemplo das flores
Deixa tornares
O mais belo de ti
E serás o melhor
Para ti mesmo.
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lores
Flores que voam
Que caem, nascem e florescem
Deixa-te florescer
A exemplo das flores
Deixa tornares
O mais belo de ti
E serás o melhor
Para ti mesmo.
Véus que esvoaçam em redor
Véus que nos envolvem como um xaile
Véus que nos tapam a vista
Véus que nos enfeitam
Véus de beleza ilusória
Véus que caem envelhecidos
Véus - simplesmente
Véus que se erguem
Conduzindo e protegendo
Cheios de vida nova.
- abes a diferença entre lírios e coroas imperiais?
- Estás a falar de flores, certo?
- Certíssimo!
- Pois não, nem sei nem vejo nenhuma, se queres que te diga.
- Tens a certeza?
- É o que te digo – não vejo nenhuma.
- As flores comunicam agradabilidade, beleza, alguma alegria e paz. As flores tornam o dia…
- Mais florido! (risos)
- Bem… sim! Que sei eu? Se estamos tristes elas parecem ter o lenitivo que precisamos; se estamos felizes elas parecem complementar essa felicidade. As flores são algo bom na vida e observá-las, notá-las pelo menos, nos nossos dias, faz bem à mente. Por elas podemos até clarear os pensamentos e as preocupações ou aligeirar ainda mais a nossa alegria. As flores são uma dádiva da natureza.
- Mas afinal, qual é a diferença entre lírios e coroas imperiais?
- Ora!
osas de Outono!
Rosas em botão, rosas bem floridas.
Rosas! A flor bela que nasce no cimo de espinhos
A flor que para ser apanhada podemos aleijar-nos nos espinhos.
Perfume do mais doce que há
Perfume que não enjoa mesmo nos campos de rosas.
Rosinhas de Santa Maria
As que trepam os muros e depois vão-se debruçando sobre eles
Envolvendo-os com as suas cores
De tamanho por vezes tão minúsculo
Que mais parecem pontos coloridos a enfeitar
Ou a sorrir para nós
Tal a galhardia da sua mistura ao Sol.
Rosas em todo o ano
Rosas em nós
Rosas em nosso coração.
Têm sempre forças
Para florir no meio dos espinhos
Em qualquer estação
Com a beleza e o perfume da rosa!
Salões e gabinetes. Consultórios e aconselhamentos. Tudo por um fio de esperança.
Esperança em que alguém ensine a viver
Não a viver sem custo, sem gastura – não!
Ensinar a viver com qualidade de vida – não com luxos, nem sequer comodidades de relaxe – não!
Ensinar a viver bem – a bem viver – sim!
Ensinar a encontrar a alegria em pequenas e grandes coisas.
Em sorrisos e brisas. Em brisas e ventanias.
Em coisas apetitosas e na simples água para beber – um copo cheio.
Sem ficar aguado, sem ficar com soluços, nem com o estômago a chocalhar se der uma corrida.
Água bem saborosa, sem sabor. Água que dê sensação de limpar, sem esfregar o corpo por dentro.
Sensação de luz nos olhos que se tornam vivos de alegria sã, simples.
Simplicidade em viver. Amor puro de se sentir.
Juventude no sentir, no coração e na pureza de pensamentos.
Aprender a pureza de viver, de sentir a beleza que (ainda) nos rodeia.
A pureza da paz.
Da paz lá fora e da paz cá dentro.
Viver em paz – deve ser maravilhoso!
Um jacarandá com quatro passaritos no topo, nos últimos ramos.
E, mesmo sendo pequeninos, abanam os ramos com o seu peso.
E… são lindos!
Promovem uma beleza tão simples.
- É assim, não é? Para existir o belo, é necessária a simplicidade.
- Para mim também é assim. Creio que a beleza produzida, sendo beleza, não é tão bela quanto a natureza na sua beleza tranquila, por ser natural.
- É evidente que isto não quer dizer que não se tente o belo, mesmo fabricado. Porque todos somos sensíveis ao belo que, inclusive, nos faz sentir bem. Dispõe-nos bem, como os perfumes em frascos são agradáveis, excepto se forem excessivos porque, nesse caso, transformam a fragrância original. Enfim, o belo anima-nos, enleva-nos e o dia parece melhor.
- Não admira que haja tantos produtos de beleza e com tanta venda.
- É verdade e confesso que às vezes entro nessas casas de cosmética atraída pelas fragrâncias que emanam.
- Sem precisar de comprar?
- Pois, é verdade, mas são atraentes e por vezes necessito dessa cambiante durante o dia. Sabes… parece uma preciosidade o toque do belo em forma de perfume no ar, em alguns momentos. Há dias que não se escolhem, assim como há dias que se poderiam repetir… e repetir…
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Cabeleireiros, cortes de cabelo, penteados, pinturas e cabeleiras.
São termos sinónimos dos cuidados observados pela maioria das pessoas.
Actualmente há, um pouco por todo o lado, cabeleireiros que vão à nossa casa arranjar o pêlo dos cães.
Cortam o pêlo, escovam lindamente, etc. – um mimo para a vaidade… dos donos. Os problemas de emprego, além dos vários aspectos negativos que implicam, também geram ideias para bons negócios.
E este, além de render dinheiro com poucos custos, trata de beleza. Nós, com mais ou menos cuidados, lá vamos andando entre dias mais amargurados e outros mais felizes.
- Os pequenos barulhos que se ouvem são do quê?
- São as folhas grandes que caem ao chão, secas, e por isso estalam.
- Que engraçado, nunca tinha reparado.
- Isso é porque, cada dia, estás com a atenção mais disciplinada.
- Pois, parece que estou começando a perceber a vida das coisas à minha volta.
- Bem, e também é por estares mais quieta e aí à janela que dá para o jardim.
- Deves ter razão, antes andava tão apressada e atarefada que, agora, me parece que nem tinha tempo para sorrir. Acho que andava sempre séria, a tratar dos assuntos – ou a querer tratar dos assuntos.
- Olha, já está pronta e está linda! O pêlo ainda parece mais branco.
- Linda! Quanto é?... Até à próxima, obrigada.
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Disse Plínio: Todos os animais conhecem o que lhes é salutar, excepto o homem !
Rosa, rosa-salmão, branco, malva, brilho das cores – e tudo isto no ar... quero dizer, penduradas no céu.
E agora por todo o lado para onde olhe ou vá. Ou estão aqui... ou eu estou lá.
- Lá, onde?
- Não sei... só tem as cores – estas cores! Tão lindas, semelhantes às que conhecemos mas, ao mesmo tempo, incomuns. Parecem reais e não parecem; logo, não reais. Não sei a que correpondem estas cores.
- Estás a brincar, não estás? Então, são essas as cores daquele tule que vimos ontem e de que gostaste tanto.
- Ahh, pois é... era tão bonito.
- Pois era – era pintado à mão.
- Há pessoas que fazem ou produzem obras de arte simplesmente pelas suas mãos. Obras de uma beleza etérea. Mãos que muitos outros não conseguem utilizar nessa beleza de produção, mas, com certeza, úteis a cada um. Mas as outras...
- Isso até eu me pergunto se essas pessoas serão também deste mundo ou só estarão no mundo, sem ser dele...
- Mudando de planos, ou níveis da nossa realidade, quando querem...
- Algo assim... Sim, algo assim...
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