Confiança
- enho confiança, oh, se tenho!
- Confiança em quê?
- Em que tudo pode ser melhor, que vou evoluir. Adeus!
- Adeus?
- Sim, vou para longe, vou trocar de vida, de profissão, vou recomeçar em nova casa, etc.
- E tens coragem?
- Pois claro que tenho – já estou indo!
- Tiraste todas as informações? Parece que há por aí muita aldrabice especial para os mais desprevenidos.
- Os de boa mente e honestos, não é?
- Pois, exactamente esses que não vêem mal em coisa alguma. Até porque lhes é impensado tanto desvio humano.
- Pois sim, já fui a consulados, etc., etc. Já está tudo tratado e acho que não podemos estar sempre a pensar no pior. O que acontece a cada um terá alguma razão de ser e espera-se que o melhor seja a resolução.
- Admiro a tua confiança!
- Também sinto medos e até terrores, não penses que não é assim, mas sei que tenho que os ultrapassar senão os medos ainda podem atrair mais horrores e criar-me uma barreira para a felicidade que poderia acontecer-me. Por isso sei que preciso relaxar e ter confiança em mim e esperança por mim e por tudo o que é o bem.
- Livra!
- Hã?!