Que sonhas tu?
- ue sonhas tu?
- Os meus anseios, o que gostaria que fosse tudo à minha volta, e também para toda a gente.
- Sem excepções?
- Sim, sem excepções. Tal como desejava quando era ainda criança.
- E de que se trata?
- Oh! Trata-se de desejar paz, desejar que não sejam apenas os interesses mais comezinhos a…
- Egoístas?
- Pois… a liderar as amizades, as movimentações das pessoas…
- Sabes que até as felicitações e amabilidades são dadas conforme o estatuto social da pessoa e não na razão de quem nos é mais querido? Por esses, geralmente, assim como pela saúde ou pelo bem-estar alcançado, cremos que tudo está seguro e sem mudança.
- Pois… e por vezes sobrecarregamos de modo tolo os que mais amamos e respeitamos, desprezando-os até de nossas atenções e carinhos no quotidiano, como se fossem molduras sem sentimentos…
- Às vezes dou por mim a detestar tudo o que ainda sou, do que não sou capaz de melhorar. Outras, fico até orgulhosa de mim por toda a atenção que tento dar a quem mais amo… e, no entanto, sei que poderia dar muito mais…
- Então?
- Então, simplesmente, não sou capaz de gerir as minhas forças apenas nesse sentido e fica algum deficit entre o que posso e consigo e o que gostaria de conseguir.
- Ficas no querer ser, em vez de ser…
- Apenas com mais um pormenor, o que fica por conseguir é porque, de momento, não consigo mesmo. Não é por falha de intenção e isso talvez seja, então, o mais importante.
- Consegues sentir que o farias sem sombra de dúvida?
- Sim. Mentalmente é como se já lhes desse toda a atenção e amor que gostaria de dar a quem quero bem, a quem admiro. E há tantas pessoas maravilhosas que vale sempre a pena acordar e ir ao seu encontro.
- Que bom pensar assim!