Schubert e o seu Impromptu
Schubert e o seu Impromptu.
Quando acontece ter dificuldade em acabar qualquer coisa lembro-me dele e desta peça. A seguir não consigo evitar pensar que se ele achou que esse título era o nome mais apropriado, que diria destes meus pequenos trabalhos…
Procurar a perfeição e fazer sempre o melhor pode ser um bom lema, se não o deixarmos tornar-se exasperante no dia-a-dia.
Trabalhar com qualidade significa dedicarmo-nos carinhosamente às tarefas que temos de modo a querermos deixá-las aprimoradas.
E se, às vezes, nem tempo nos resta para as observar depois de feitas, ficamos com a paz e o descanso do trabalho cumprido.
Hoje é dia de pinturas caseiras e, sem ser propriamente uma necessidade, é um modo de manter paredes e tectos limpos e perfumados (?).
Mas à hora do Sol vem a dúvida e uma vontade de ir à praia, ao jardim, a… qualquer lado.
Olhando o céu, da janela, abre-se outra janela e um filme, ou dois, e mais filmes começam a passar e as visões são diferentes nos acontecimentos, nos parâmetros e nas épocas.
Surge música italiana, agora, em tom baixo.
Pronto! O intervalo acabou e é tempo de recomeçar o trabalho.
.
.
Disse Paul Ariès: O culto da perfeição leva sempre a preferir o engano à autenticidade !
.
.