Amor por nós mesmos
ovemos terra e céu para conseguir o que pretendemos por amor. Por amor aos outros, às coisas, às situações…
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ovemos terra e céu para conseguir o que pretendemos por amor. Por amor aos outros, às coisas, às situações…
izem que o nosso olhar é, ou pode ser visto, como o reflexo da nossa alma.
- abias que anima e alma são a mesma palavra, uma em latim, outra em português?
Caros amigos (e permitam-me a dispensa do tique politiqueiro do "e amigas") iniciei os “Escritos de Eva” a 21 de Março de 2006. Ao longo deste tempo fui experimentando algumas alterações e o formato actual é, sem dúvida, o que mais me agradou. No entanto, o tempo disponível não me permite manter a actual estrutura de um texto acompanhado de imagem e uma citação. Vou manter o texto diário de “produção própria” com descanso ao Domingo. Mas como há textos, imagens, sons de diferentes autores que me agrada inserir no blog, fá-lo-ei no Caminhos. Sem calendário. Se puder ser semanalmente, será; se não puder ser, não será.
Estes “Escritos” começaram por ser uma espécie de diário que me ajudasse a olhar para a minha própria evolução. Continuam a ter essa função. Mas, com o tempo, transformaram-se também numa agradável partilha de ideias e de firmes amizades que não suspeitava sequer pudessem ser geradas, com esta intensidade, na blogosfera. A todos quero agradecer o apoio e o carinho com que sempre me trataram, ao que escrevo e aos textos que fui seleccionando no espaço de Domingo.
Espero acrescentar, nos links, os índices – leia-se descritores – de 2008 e 2009 mas ainda vai demorar algum tempo.
A todos desejo um 2010 pleno de felicidades.
Uma vez mais, o meu Muito Obrigada por tudo o que me têm dado!
Bem-hajam!
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NOTA: Sobre este tema há aqui um poema semelhante do mesmo autor
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Nada é mais certo, dogmàticamente, do que a santificação possível da acção humana. «Tudo o que fizerdes, diz S. Paulo, fazei-o em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo». E a mais cara das tradições cristãs foi sempre ouvir esta expressão: «em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo» no sentido de: em união íntima com Nosso Senhor Jesus Cristo.
As acções da vida de que se trata aqui não devem ser entendidas, como se sabe, só das obras de religião ou de piedade (orações, jejuns, esmolas, etc.) Trata-se realmente da vida humana toda, mesmo nas zonas chamadas mais «naturais». Toda a vida humana é declarada pela Igreja santificável. «Quer comais, quer bebais…» – diz S. Paulo.
Mas o que contará lá no Céu, o que sempre permanecerá é que o meu amigo tenha agido em todas as coisas, em conformidade com a vontade de Deus. Deus, é claro, não tem nenhuma necessidade da sua industriosa actividade, visto que ele poderia ter tudo sem essa sua actividade. Aquilo que ele está exclusivamente interessado, o que ele deseja intensamente, é o uso fiel da sua liberdade e a preferência que lhe der a ele com relação aos objectos que o rodeiam.
Compreenda bem isto: na Terra as coisas foram-lhe dadas só como matéria de exercício para formar o espírito e o coração «a suo», isto é, sem o substracto da acção real perfeita. O meu amigo está num lugar de prova onde Deus possa julgar se é capaz de ser levado à sua presença no Céu. Está em experiência. Pouco importa portanto o que valem e em que se transformam os frutos da Terra. Toda a questão consiste em saber se deles se serviu para aprender a obedecer e a amar.
Onde estão as raízes do nosso ser? Que mistério o das primeiras células que um dia foram animadas pelo espírito vital da nossa alma. É em parte a história toda do Mundo que se representa em cada um de nós através da matéria. Por mais autónoma que seja a nossa alma, ela é a herança de uma existência prodigiosamente trabalhada, antes dela, pelo conjunto de todas as energias terrestres: ela encontra-se com a Vida e junta-se a ela num momento determinado.
Não há em nós um corpo que se alimente com independência da alma. Tudo o que o corpo admitiu e começou a transformar, a alma tem por sua vez de o sublimar. Ela faz isso à sua maneira e segundo a sua dignidade, sem dúvida. Mas não pode fugir a este contacto universal nem a este labor de todos os instantes. E assim se vai aperfeiçoando nela, para sua felicidade e correndo riscos, a capacidade particular de compreender e de amar, que constituirá a sua mais imaterial individualidade.
Não esqueçamos que a alma humana por mais criada à parte que a nossa filosofia a imagina, é inseparável, no seu nascimento e na sua maturação, do Universo onde nasceu. Em cada alma Deus ama e salva parcialmente o Mundo inteiro, resumido nesta alma dum modo particular e incomunicável.
O Mundo, pelos nossos esforços de espiritualização individual, acumula lentamente, a partir de toda a matéria, o que fará dele a Jerusalém celeste ou a Terra nova.
Pela nossa colaboração que ele suscita, Cristo consuma-se, atinge a sua plenitude, a partir de toda a criatura. É S. Paulo que no-lo diz. Imaginávamos talvez que a Criação acabara já há muito. Erro. Ela continua cada vez mais activa, e nas zonas mais elevadas do Mundo. E é para o acabar que nós servimos, mesmo por meio do trabalho mais humilde das nossas mãos. É este, em suma, o sentido e o valor dos nossos actos. Em virtude da interligação Matéria-Alma-Cristo, façamos o que fizermos, nós levamos a Deus uma porção do ser que ele deseja. Mediante cada uma das nossas obras, nós trabalhamos muito parcelarmente mas realmente na construção do Pleroma, isto é, contribuímos um pouco para o acabamento de Cristo.
Cada uma das nossas obras, pela repercussão mais ou menos distante e directa que tem sobre o Mundo espiritual, concorre para perfazer Cristo na sua totalidade mística.
Oxalá chegue o tempo em que os Homens, bem conscientes da estreita ligação que associa todos os movimentos deste Mundo no único trabalho da Encarnação, não possam entregar-se a nenhuma das suas tarefas sem as iluminar com esta ideia distinta, a saber, que o seu trabalho, por mais elementar que seja, é recebido e utilizado por um Centro divino do Universo !
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