Pressentir o ser
emos instinto e intuição que permitem o pressentir do ser.
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emos instinto e intuição que permitem o pressentir do ser.
Pensamentos correctos, atitudes correctas, palavras correctas, viver de modo correcto, etc., etc.
São vulgarmente chamados pontos de ética, ou seja, comportamentos correctos para o próprio indivíduo, para a sociedade em que se insere, para o meio e ambiente natural que o rodeia.
Ainda dizendo de outro modo – um modo de estar do indivíduo que lhe permite progredir na elaboração das suas ideias e concepções, assim como a sua vida deve promover o progresso de tudo em que interfere.
- Essa interferência é de modo amplo, não é?
- Pois é! Desde as energias que concentra no seu interior como as que expande em seu redor, a todos os instantes e em todas as ocasiões.
- Mas é impossível alguém sentir e promover sensações boas de si para si e para os outros! Porque é este o significado, não é?
- Mas é possível tentar, tentar sempre. Assim como é possível desfalecer destas tentativas, esmorecer na vontade e falhar nas forças. E tudo isso são vicissitudes do percurso de cada um. E tudo isso são aceitações das fraquezas e forças próprias e da vontade de melhorar.
- E porquê ter vontade em melhorar, sobretudo quando se acha que se vive bem, confortavelmente e estimando-se a si próprio?
- Porque quem se estima a si próprio sente que consegue ser melhor daquilo que é, e que pode progredir. Quem se estima também estima o melhor de si e então a vontade de melhorar não só é instintiva como intuitiva.
- Então a vida é sempre uma luta que só acaba na morte.
- A vida pode ser vivida evoluindo em harmonia, como o ritmo das estações no ano – ora frio, ora calor, ora vento, ora brisa – tudo se equilibrando ao fim do ano, tudo com a utilidade de cada dia fruindo de hora a hora, de ano em décadas. E quanto à morte, que dizer se pensarmos na ideia que ela é só uma passagem desta vida mais física para a vida eterna, mais espiritual? Tantos falam convictamente disso – será só esperança…?
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- Será que somos agradecidos?
- Hã?
- Às vezes temos ajudas de quem não esperamos. Às vezes não percebemos as ajudas que temos para resolver isto ou aquilo. Às vezes, em situações críticas, sentimos calma e discernimento quanto à atitude a tomar. Outras vezes, por uma ninharia, estamos ansiosos e enervadíssimos, com tremuras, etc
Nuns casos, somos auxiliados para ultrapassar essas situações. Noutros, deixamo-nos levar pelo pânico, desgosto ou outro desequilíbrio.
- Mas, como sabemos disso?
- Todos temos conhecimentos e sensibilidades que nem suspeitamos e que aparecem, ou se manifestam, em alturas próprias. Ou por nossas próprias capacidades de épocas mais recuadas, ou por capacidades actuais, em face de situações em que nos é útil o seu surgimento, e elas fazem-se sentir.
- E como funciona isso?
- Do modo mais simples – o intuitivo. Sentimos que devemos fazer assim ou doutro modo e vamos realizando o que nos diz respeito.
- Então, ninguém sabe por que age assim ou assado?
- Ohh! Alguns sabem perfeitamente. Outros, não! Uns querem saber mais; outros, não. Uns usam de sabedoria na sua vivência, outros vão vivendo.
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Confiança em nós próprios e em algo divino superior a nós, um símbolo de perfeição eterna, faz com que se encare a vida com sentimentos de esperança.
Essa esperança ultrapassa o presente e projecta-se no futuro ainda desconhecido.
Ultrapassa até a morte, porque essa perfeição divina a que os católicos chamam Deus simboliza também a vida além da morte.
Daí decorre, de modo claro, a responsabilidade das nossas opções nesta vida.
Por isso, quem tem a felicidade desta confiança, muitas vezes resolve entregar a Deus os problemas que não consegue solucionar.
Com essa atitude pretende lhe seja enviada alguma luz para discernir as melhores opções a tomar, incluindo o nada fazer e esperar fielmente pela ajuda divina.
Os mais convictos consagram-se a Deus e seus desígnios sem delongas nem preferências materiais, muito menos exigências ou pedidos de qualquer espécie.
Ora está aí um ano inteirinho para a execução dos propósitos de cada um.
- Então e os tais que se entregam a Deus? De quem são os propósitos – deles ou de Deus?
- São deles em nome de Deus.
- Então são deles!
- São, mas guiados por Deus.
- Por isso não erram…
- Não deveriam, se forem suficientemente honestos, pois deveriam aperfeiçoar-se dia-a-dia.
- Isso pode ser considerado preguiça, não pode?
- Pode. Mas, essencialmente, a intenção é cumprir as leis divinas acima da sua vontade.
- Ou seja, mesmo contrariando a sua vontade instintiva, deve fazer o que a sua intuição manda, bem cumprindo as leis de Deus.
- Exactamente.
- Então, não é fácil não.
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Imagem retirada da net
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Disse Gerd Gigerenzer : No meu trabalho científico, tenho os meus pressentimentos. Nem sempre posso explicar porque acredito que um certo caminho é o certo, mas preciso confiar e seguir adiante !
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