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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

11
Jan10

Piqueniques

eva

qui está um bom sítio para ficarmos e comermos qualquer coisa.

Antigamente chamava-se a isto fazer um piquenique. Reuniam-se famílias e amigos com frequência, levavam algo para comer e depois sentavam-se todos, conforme podiam, partilhando da mesma mesa, que é como quem diz da mesma toalha no chão e da comida entre todos e as conversas lá se iam formando.
As crianças depois iam correr livremente e brincar. Os jovens começavam muitos namoros e outros refugiavam-se para namoriscar mais à vontade. Os mais velhos ficavam por ali, dividindo-se em grupos de homens e de mulheres.
Foram hábitos de reunião que se perderam com os tempos…
- Com os dias, porque isso não tem muitos anos…
- Talvez, mas para mim é quase uma vida. Só me lembro disto enquanto era miúda. Depois, não sei porquê, nunca mais aconteceram estes piqueniques.
- Agora, digo, presentemente também os há mas formalizados em passeios de empresas e coisas assim, de maior envergadura do que esses piqueniques familiares.
- E são apreciados?
- Alguns são, outros nem por isso. Também precisam de animadores culturais e afins, senão as pessoas não se descontraem nem relaxam nestes passeios.
- Esquisito isso…
- São novos hábitos de isolamento entre as pessoas e as tarefas, do seu modo de trabalhar. Enfim, novos hábitos sem dúvida, em que a natureza não faz parte integrante do ambiente.
- Pois… talvez…
 

 

06
Jan10

Dia de Reis

eva

 - oje é dia de Reis, o dia que deixaram de festejar como feriado no calendário e, por coincidência, precisamente o dia que refere os festejos de Reis que se sensibilizaram à chegada de Jesus, como ser iluminado e um ser humano, e ao significado dessa vida para a humanidade.

- A vida tem coisas… Olha, ali vai aquela…
- Quem? Qual?
- Aquela que anda sempre a contar a vida dos outros, e a sua também, a toda a gente.
- Se calhar é o seu modo de relaxar, assim, dos problemas.
- Pois, mas também arranja outros. Não que faça intrigas, mas ao contar a vida dos outros está a dar a conhecer o que é para ser íntimo.
- Íntimo no recesso do lar, é isso?
- Pois é isso mesmo. O que é de família é para ficar na família a que diz respeito, não é para se difundir pelo resto da família, nem pelos estranhos. Não estamos a referir os casos de violência, em qualquer tipo das suas manifestações, é claro. Porque nesses casos, a atitude benéfica é exactamente ao contrário – é dizer a toda a gente, a instituições, ao público em geral, etc.
- Mas nem toda a gente pensa assim, a maior parte gosta, e muito, de falar dos outros e de tudo o que sabe. Como falar de si, geralmente, é pouca coisa, fala então da vida dos outros porque é um tema que vai tendo sempre adeptos.
- Adeptos da bisbilhotice!
- Bem, às vezes o que acontece aos outros poderá já não acontecer connosco, se virmos os efeitos de determinadas atitudes e soubermos aprender com isso.
- Ora aí está algo de útil, além de que esses referidos talvez possam desanuviar enquanto contam a sua vida – tipo consulta a psicanalista, completamente grátis e sem esperar, exactamente na hora oportuna que lhes convém falar.
- Então, tudo pode ser útil se soubermos aprender…
- Por falar em aprender, já te disse que vou combinar uma explicação para as disciplinas que não entendo tão facilmente?
 
01
Jan10

Um Feliz 2010

eva

 

Retornar a casa! Sonhos, carinhos, recordações de criança e juventude…
Primeira metade de uma vida que irá sempre influenciar a vida restante, a nível de intimidade de sentimentos e de sentires pelo que vem, para ser vivido a cada dia.
Abraços e despedidas, um último olhar para trás, já na estrada…
Alguém me disse um dia algo assim: mesmo a dormir, quando se aproximava da terra natal o coração começava a bater mais depressa e acabava por acordar.
Felizes os que têm tão boa lembrança da infância e tão boas referências de refúgio.
Outros, pelo contrário, têm que construí-lo e é aí, na casa de família que formaram, que está o seu próprio refúgio.
Porque é disso mesmo que se trata – ter um refúgio, um posto de segurança para partilhar tristezas e alegrias.
E todos precisamos sentir, também, um refúgio terreno.
 
Desejamos a todos que o novo ano de 2010 possa trazer um bom refúgio de amor e paz!

 

 

19
Nov09

Hum hummm…

eva

- Olha! estou a voar, vês?
- Hum hummm…
- Olha! viste? Dei uma volta ali por cima da relva…
- Hum hummm…
- Então, não olhaste? Agora mesmo, fui a correr e daquele monte atirei-me a voar.
- Hum, bem, vamos embora!
- Embora, mas ainda agora chegamos…
- Pois, mas quero ir ali ao café.
- Oh! É sempre a mesma coisa! Mas tu prometeste que hoje à tarde ias ver-me só a mim e ver o que já tinha aprendido!
- Disse?
- Só mais uma voltinha, vá lá…
- Só mais uma e vamos embora. Também, já vai escurecer e tu não consegues ver onde pisas.
- Vejo sim, ora! Então agora vê lá com atenção. Olhaaa!
- Já tinhas feito isso?
- Já!
- Quando?
- Toda a tarde, então não viste nada?
- Vi, vi… mas não vi assim…
- Oh!
- Faz outra vez, então… dali, daquela ravina. Faz outra vez para ver melhor.
- Oh!
- Não fiques assim, gostei muito de te ver, não fazia ideia do que eras capaz!
- Pois, tu nunca te interessas pelo que os outros fazem, só e apenas por aquilo que tu fazes!
- Hum…
- Lá estás tu outra vez com o hum!
- Olha, vamos fazer de hoje um dia diferente. Vamos jantar fora!
- Não quero! Quero simplesmente estar contigo e mostrar-te o que sei fazer. Quero que te orgulhes de mim.
- Mas eu tenho orgulho em ti.
- Não! Quero que percebas que também já sou gente, que sinto a tua falta e que quero partilhar contigo as minhas coisas. Para que formaste uma família se não queres conviver com ela e preferes sempre os teus amigos? Eles não vão estar contigo quando precisares!
- Quando precisar?
- Sim!
- Agora adivinhas as coisas?
- Sempre as adivinhei e tu ainda nem deste por isso!
- Acho que o tempo está a passar muito depressa para mim…

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Marc Chagall - O passeio
Imagem retirada da net
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Disse  Cesare Pavese:  A imaginação humana é imensamente mais pobre do que a realidade !
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14
Fev09

Dicotomia

eva

Roma – cidade bela e monumental – é, como a maioria das capitais, um lugar de grande mistura de raças, políticas, religiões e interesses.
São tantos os locais onde poderíamos viver e, no entanto, o cantinho onde está a nossa família mais chegada, as nossas coisinhas é o lugar que escolhemos para ficar.
Quando podemos escolher – claro!
Todas as cidades têm os seus lugares miseráveis e os sítios bonitos.
O contraste é cada vez maior e nos países em guerra essa dicotomia é notória, a raiar o inaceitável.
Mas, a seguir, reconhecemos que ainda é assim e que a cada um cabe uma parcela de tarefas e virtudes – soterradas ou florescentes.
Observando as notícias do dia, entre os desaparecidos e o desespero que cada vez parece maior, continuamos a pensar nas semelhanças e diferenças entre as gentes.
- Será que vale a pena?
- O quê?
- Toda a acção do homem que provoque dano.
- Pois… devemos seguir o nosso caminho do modo mais digno – humanamente falando – o mais digno e simples que nos for possível. E tudo se reduz, sempre, a uma fórmula encantadora de simplicidade – é só reconhecê-la!

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Roma - Ponte Vecchia
Imagem retirada da net

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Disse  Honoré de Balzac:  Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado) !
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31
Jan09

O amor é também

eva

No filme apareciam estrelas luminosas, e de várias cores, a formar um rasto entre o céu e os namorados que, finalmente, entenderam a dimensão do amor que sentiam um pelo outro.
Porque o amor é também a capacidade de perdoar os erros e os problemas do outro. Inclui a capacidade de compreender, com toda a benevolência, as diferenças.
Evidentemente que não estamos a falar de maus-tratos, físicos ou psicológicos, ou outras situações dramáticas. Apenas referimos as diferenças de opinião e de estar na vida social e privada de cada um.
Os grupos de amigos são situações a considerar sempre que firam a dignidade de algum deles.
Às vezes essa sensibilidade é razoável, outras vezes é apenas desajuste.
- De qualquer modo é preciso cuidado para gerir as susceptibilidades.
- Bem, de qualquer modo o que interessa é viver bem o casamento, porque os amigos vão e vêm mas a família que se forma, fica e conserva as marcas do seu desenvolvimento por muitas gerações.
- A vida tem dessas inconsciências, não tem?
- Se tem!

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Fotograma de "A Dama e o Vagabundo"
Imagem retirada da net

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Disse  Benjamim Franklin:  O falso amigo e a sombra só se fazem presentes enquanto o sol brilha !
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19
Jun08

O primeiro portal

eva

A família que formamos é o nosso suporte, é o nosso descanso e bem-estar que retomamos ao fim do dia. Torna-se sinónimo de segurança e funciona como um escudo em relação ao mundo exterior.
Por isso, quando se desmorona por quebra de valores ou porque se divide pela doença, por vícios ou até pela morte, é um caos.
No nosso íntimo estabelece-se o desequilíbrio e o esforço de querer ultrapassar as dificuldades e conseguir voltar à normalidade agradável do que já foi.
Às vezes é o desmoronar do que construímos quando aparecem os problemas que provocam despesas de dinheiros que não temos.
Outras vezes é o desmoronar de valores morais quando nem sequer percebemos como se defraudaram tanto assim.
Somos, quase sempre, apanhados de surpresa pelo mal imprevisto e a defesa é sempre tentar remediar rodeando o problema, antes de o enfrentar.
Com lucidez ou instintivamente geramos sucessivas tentativas de solução, tentando a preservação do que, ou quem, nos é mais querido – porque a família é parte integrante de nós.
O núcleo familiar que constituímos e a que pertencemos, seja esposo(a) e filhos ou seja sozinhos com plantas, gato, cão ou aquário e sofá – é o nosso portal seguro e o nosso retomar de forças – como tal é defendido intimamente.
A família mais chegada é, ainda, o nosso primeiro portal com o mundo.

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Pablo Picasso

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Disse  Jane Howard :  Chamemos-lhe clã, ou rede, ou tribo, ou família: O que quer que lhe chamemos, onde quer que estejamos, precisamos de uma !
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09
Mai08

Relações

eva

Um homem num gabinete, a trabalhar.
A seguir à porta está um corredor cheio de movimento de pessoas que entram e saem de outros gabinetes.
Ao lado do primeiro gabinete está um balcão de atendimento onde tocam, quase constantemente, os telefones.
O ruído chega a ser ensurdecedor, sobretudo quando se junta a este bulício, o ruído dos carrinhos metálicos, para usos variados.
O corredor dá para uma porta de vaivém.
E o homem continua sentado a trabalhar.
Uma das empregadas vai ter com ele e saem juntos, com alguma cumplicidade de olhares e gestos.
Ela é solteira e está em princípio de carreira.
Ele é o chefe, casado, e a esposa trabalha logo a dois passos dali, noutra secção.
É completamente diferente dele, muito ligada ao trabalho mas também à família.
É muito considerada por todos e o seu trabalho é também muito apreciado.
São vidas entrecortadas de interesses – são famílias entrecortadas.
A empregada vai ser, proximamente, chefia, ainda de baixa responsabilidade mas parece sentir-se superior aos colegas, que, afinal, poderiam ser seus amigos e amigas.
Conforme os interesses sobem, a felicidade familiar do casal desce.
A esposa vai lá visitar o marido, que nunca está, nem a empregada.
Às vezes é melhor esperar que a crise passe. Outras, é necessário colocar o ponto final.
Quem puder que decida.
E que possam ser todos felizes!

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Imagem retirada da net
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Disse  Alex Haley :  A família é a ligação ao nosso passado e a ponte para o nosso futuro !
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17
Jul07

Gerações

eva
17 de julho de 2007

Matrículas, escolas, professores e alunos, médias escolares e exames – tudo se resolve nestas semanas.
Empregados mais ou menos simpáticos forçam, sem qualquer intenção, as opções entre uma escola e outra.
Porque as simpatias são primeiramente instintivas e só depois podem, com algum esforço, ser racionais.
São tempos de azáfama em Secretarias e Conselhos Directivos, um verdadeiro corre-corre entre dias e semanas. E, claro está, os mais emocionados são… os pais!
Esses são os que esperam pacientemente, os que dialogam até sobre o que não entendem para que os filhos vão melhorando o seu futuro e sejam melhores do que eles.
É assim de geração em geração. Faz parte das funções e das rotinas familiares.
É engraçado este rodar de funções e situações nas famílias, repetindo cíclicamente, de geração em geração, as mesmas preocupações.
Faz parte dos atributos de pais e dos filhos, que serão pais um dia.
Geralmente só se compreende bem uma situação quando se vive outra situação semelhante.
Resta desejar que seja possível sermos dignos da passagem do testemunho e de manter a tocha acesa até ser a nossa vez de os passarmos ao seguinte.
Famílias felizes... serão, talvez, essas que mantêm os laços tradicionais.
................................................
28
Mai07

Ingratidão?

eva

28 de maio de 2007

- Hoje estou pasmada em mim, ou seja, estou deprimida!
- Essa é boa. E porquê?
- Ora, se eu soubesse, se calhar já não estava! Estou naqueles dias em que acho que ninguém se lembra que eu existo, que todos me prejudicam porque não ligam ao que eu sinto, etc. etc.
- Hum… e já pensaste que, se calhar – é até o mais provável – é seres tu a que não está a pensar em mais ninguém senão em ti própria, nos teus sentimentos?
- Eu? Então eu tento fazer sempre o que os outros precisam, e mesmo cansada não paro nem descanso, até que esteja tudo bem!
- Vamos lá ver isto outra vez! Preparas o que tu achas que eles precisam. Tens a certeza que o que tu fazes é o que eles querem, o que eles necessitam? Se calhar até é um aborrecimento ter as coisas feitas ao teu modo e não ao deles.
- Isso parece-me um disparate! Estou a referir-me à família, à casa, aos colegas de trabalho, pessoas com quem lido todos os dias. E não achas que já os conheço bem?
- Depende! Podes estar a preencher nelas o que tu achas que lhes faz falta. Ou já as ouviste referir essas necessidades que consideras ser as mais importantes?
-?!? Bem…
- Também me queria parecer! Experimenta deixá-las com as suas “faltas que tu achas” e desfrutar em conjunto os tempos em que podem estar juntos. E sobretudo, tenta viver os teus tempos no teu espaço. Dá espaço aos outros para livremente se juntarem, ou não, ao teu exemplo. Assim! Simplesmente! Vivendo!
- Olha… pelo menos, a depressão passou!

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