06
Abr07
Ilusões mentais
eva
6 de abril de 2007
Uma parede com uma fiada de máscaras carnavalescas, em loiça, junto a um dos cantos da janela e na vertical.
Eu sei que são máscaras.
Mas, por vezes, parecem-se com caras de pessoas.
As fitas coloridas e as pinturas que lhes dão um ar alegre e até elegante, mudam também de cor e ora lhes dão um ar alegre, ou sério, ou triste.
Tenho a sensação que só eu as vejo de modos tão variados, porque os outros nem reparam na tal fila de máscaras.
Uma parede com uma fiada de máscaras carnavalescas, em loiça, junto a um dos cantos da janela e na vertical.
Eu sei que são máscaras.
Mas, por vezes, parecem-se com caras de pessoas.
As fitas coloridas e as pinturas que lhes dão um ar alegre e até elegante, mudam também de cor e ora lhes dão um ar alegre, ou sério, ou triste.
Tenho a sensação que só eu as vejo de modos tão variados, porque os outros nem reparam na tal fila de máscaras.
Acho que também é só para mim que a parede oscila para lá e para cá.
A janela às vezes está sempre fixa e parece então sempre igual.
A janela às vezes está sempre fixa e parece então sempre igual.
Mas a paisagem que vejo através dela já difere muito.
- Não, não! Não é a minha disposição, alegre ou triste, que influencia estas ilusões!
- Ilusões mentais… isso é um disparate! E comportamento desequilibrado ainda é disparate maior!
- Nem pensar! Sou pacífica, de bons hábitos e de rotinas equilibradas!
- Remédios?
- Não tomo habitualmente. Só quando preciso!
- Por exemplo?
- Olhe, tomo para dores de estômago, dores de cabeça ou de barriga, ou de garganta. Dessas coisas… ou gripe…
- Bebe, fuma? Dietas?
- Não! Não bebo nem fumo! Nem durmo nem acordo de modo diferente. Tenho horários vulgares; e não faço dietas!
- Vai ter que fazer uns exames!
- O quê? Posso fazer exames médicos mas lá fora! Não quero ser internada num hospital para os fazer só porque não sabe o que eu tenho.
- Não precisa ser violenta!
- Não sou violenta! Até sou passiva! Mas sei o que quero! Neste caso, o que não quero!
- Ah, sabe escolher?
- Sei escolher, sim! Chama-se a responsabilidade do livre arbítrio!
- Não, não! Não é a minha disposição, alegre ou triste, que influencia estas ilusões!
- Ilusões mentais… isso é um disparate! E comportamento desequilibrado ainda é disparate maior!
- Nem pensar! Sou pacífica, de bons hábitos e de rotinas equilibradas!
- Remédios?
- Não tomo habitualmente. Só quando preciso!
- Por exemplo?
- Olhe, tomo para dores de estômago, dores de cabeça ou de barriga, ou de garganta. Dessas coisas… ou gripe…
- Bebe, fuma? Dietas?
- Não! Não bebo nem fumo! Nem durmo nem acordo de modo diferente. Tenho horários vulgares; e não faço dietas!
- Vai ter que fazer uns exames!
- O quê? Posso fazer exames médicos mas lá fora! Não quero ser internada num hospital para os fazer só porque não sabe o que eu tenho.
- Não precisa ser violenta!
- Não sou violenta! Até sou passiva! Mas sei o que quero! Neste caso, o que não quero!
- Ah, sabe escolher?
- Sei escolher, sim! Chama-se a responsabilidade do livre arbítrio!