Fé e Esperança
- vida poderia ser um eterno romance, poderia ser um eterno bem-estar de paz e harmonia…
- Mas não é, e nem é nada que se assemelhe. Geralmente é uma vivência média de 80 anos em que acontece um turbilhão de acontecimentos, sentidos de modo mais dramático que feliz.
- Mas… a esperança persiste.
- Com certeza! Em boa dosagem a esperança pode sustentar-nos.
- Esperança e fé podem ser o mesmo, ter o mesmo efeito em nós.
- Ter o mesmo efeito, talvez, porém não são o mesmo. Esperança consiste em esperar, desejar que tudo seja conforme gostaríamos que fosse. A fé, sempre que é raciocinada, ou interpretada racionalmente, tem uma força enorme porque nos indica leis maiores, que tudo regem acima da mediania a que estamos expostos, e contém a explicação do que somos, do que sofremos e gozamos, tem a explicação do como e do porquê de tudo o que queremos saber, assim como tem a explicação do que deverá seguir-se a cada momento do presente.
- A fé – isso tudo? Acho que a confundi sempre.
- Com teimosia ou capricho?
- Não direi tão pouco, mas algo assim, efectivamente.
- A fé ajuda-nos, dá-nos alento a seguir em frente na certeza que tudo muda, tudo serve para promover o ser e a sua felicidade, que todas as culpas, todos os problemas e alegrias fazem parte do caminho individual, daquele caminho que cada caminhante faz no seu andar.