A sensatez
- ue é de nós sem sensatez?
- É loucura, é emoção à solta… é viver em toda a pujança que a vida tem e nos dá possibilidade de usufruir… é… sei lá!
- Sensatez tem só a ver com a idade, conforme vamos avançando pela vida fora?
- Sensatez tem a ver com a sabedoria, com a serenidade do ser. Quem a adquiriu não a quer perder por nada deste mundo…
- Mas quem vive muito ligado a emoções cansa-se e chega um dia que quer mudar e não sabe como…
- Geralmente assim é… Mas também há os que vão desenfreadamente pela vida fora, sem fazer caso dos que desgostam ou amarguram pelo caminho. Apenas apreciam os que lhe vão fazendo companhia, os adulam e os puxam até para o refinamento das loucuras. Porque essas loucuras só têm sentido enquanto lhes são admiradas e bazofiadas. Senão, atingem estados extremos, entre a tristeza ou a arrogância bruta.
- Então o estado a atingir é a serenidade, a pasmaceira de viver?
- A serenidade nunca foi pasmaceira de nada. Serenidade é saber muito mais do que se aparenta, é saber estar aqui e lá e sobretudo, saber onde é o lá e ter dignidade e permissão de estar ali.
- Então a serenidade pode considerar-se, digamos, um nível de vida?
- Digamos… que a serenidade é um estado próprio, apropriado a um nível evolutivo de vida que se atingiu.
- E consideramos a vida… a vida eterna que transcende esta vida.
- A vida que existe antes desta forma actual e a que prossegue esta mesma. A vida é eterna, como os seres são eternos… o que muda são os níveis de vida que cada ser vai atingindo conforme sua evolução individual e mental. Já Jesus o dizia – somos o que pensamos!