16
Fev10
Carnaval
eva
empos certos. Relógios acertados.
Chegadas e partidas cronometradas e a dividir o espaço aéreo.
Tudo se move.
Todos se movimentam em colunas de sentido contrário – ora porque chegam, ora porque partem.
Qualquer um deles mal tem tempo para falar, quanto mais conversar.
Ruídos característicos e sons, musicais ou de avisos ao microfone, ouvem-se por todo lado.
Em cada um reina o silêncio.
Não o silêncio íntimo e salutar, mas o silêncio da mudez interior, do isolamento e do mutismo.
O dia e a noite sucedem-se sem qualquer alteração, que não sejam as naturais.
Afinal, não é mais que um mundo inserido noutro mundo, girando desencontradamente.
- E ninguém dá por isso?