Ligações
Ligações disto e daquilo. Ligações entre as pessoas, entre famílias. Ligações de interesses…
Ligações em si mesmo, com o próprio ser.
Todas carregam emoções e libertam emoções.
Esta última traz e dá paz.
A diferença está, precisamente, no objecto da ligação.
Se a ligação é com algo exterior ou fora de nós. Ou se a ligação é com connosco mesmo, com o íntimo de nós.
Ela processa-se no estabelecer de uma relação directa entre a cabeça-mente-pensamento, o coração-sentimentos e o estômago-centro interno.
Processa-se, também, com a coragem que desenvolvemos para nos enfrentarmos – no pior e no melhor que somos.
Se decidirmos tentar conhecer e interligar o nosso íntimo devemos fazer que os pensamentos, antes de se declararem feitos para serem transmitidos em palavras e acções, se organizem melhor.
E, para tal, levá-los a descer à influência do amor e carinho do coração, e daí descer, mais ainda, até chegarem ao silêncio do nosso centro interno e se preencham com o entendimento do que ainda somos e com a benevolência que podemos partilhar.
Depois, os pensamentos deverão fazer o trajecto de regresso e enriquecidos deste modo poderão, enfim, ser traduzidos em palavras e acções mais de acordo connosco do que com o exterior de nós.
Ou então, silenciar a opinião que não deve ser concretizada.
O silêncio pode ser esquecido, dourado ou de ouro…
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Disse Abu Shakur: O fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou !
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