Outono
Estamos no fim do mês de Setembro.
Mais um mês passado a cumprir com os compromissos possíveis e a adiar os menos possíveis de resolver.
Mais um Outono que se aproxima. O Outono é a minha estação preferida pela sua calma, pelos céus rosa-alaranjados, pelas tardes cálidas e de ténues brisas, pelos frutos e por todo o ambiente de aconchego que vai proporcionando à vista do próximo Inverno.
Enfim, manias e gostos que ficam da infância e que vão perfazendo o quotidiano pessoal.
Setembro é também o mês de regresso ao trabalho, às escolas, colégios e estudos.
Bem vistas as coisas nós estudamos todo o ano, com ou sem livros porque a vida é isso mesmo – um estudo dela e de nós, viventes-vivendo.
A nossa memória tudo capta, recolhe como uma máquina fotográfica todas as imagens e como um gravador regista todos os sons, todas as impressões que vamos tendo e sentindo com menor ou maior amplitude.
A memória é um computador-mãe gigantesco e precioso e, como tal, é passível de ter ou grandes alterações ou alterações muito sensíveis.
O facto de reproduzir de modo perceptível o que regista é, ainda, outra questão porque, por exemplo, muitos dos que sofrem de perturbações mentais padecem de distúrbios na organização final dos pensamentos com a tradução destes nas realidades ambientais e sociais.
Contudo, o indivíduo pode viver a sua realidade com forte alheamento da vulgar realidade social onde se insere o seu dia-a-dia sem problemas de maior para ele próprio.
- É um ET na comunidade!- É simplesmente diferente da maioria e, sem dúvida, que pode causar muita alteração em todos os que o rodeiam, sobretudo se não conseguir suprir os meios para a sua subsistência. De qualquer modo, estamos a referir tanto os que dão mostras de menor como de maior capacidade intelectual e de inter-relacionamento social com a comunidade onde vive. Ambas as situações primam pela diferença com a generalidade.
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Disse Albert Camus: O Outono é outra Primavera, cada folha uma flor !
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